Inepac cataloga obras de arte sacra de três regiões e pretende mapear todo o estado até 2014
Por Fabíola Gerbase
Explorar todo o território fluminense até 2014 é a meta ambiciosa do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), que planeja catalogar todas as obras de arte sacra do estado do Rio. A tarefa começou a se concretizar no último dia 29, quando foram lançados os dois primeiros volumes do catálogo do inventário, com o acervo de três regiões fluminenses: Norte, Noroeste e Baixadas Litorâneas. Pelo caminho, entre igrejas, capelas e antigas fazendas de 28 municípios, os pesquisadores do Inepac resgataram mais do que a memória de cerca de mil objetos e bens produzidos para a prática religiosa. Eles jogaram também luz sobre a presença de franciscanos, jesuítas e beneditinos no Estado do Rio.
- Começamos pelas regiões cujas coleções estavam mais desprotegidas. Uma surpresa foi o tamanho do acervo de Campos. Catalogamos cerca de 300 objetos lá. Também não esperávamos achar peças tão requintadas no Noroeste, em cidades como Lage do Muriaé e Itaocara, fundadas pelos capuchinhos - conta o museólogo Rafael Azevedo, coordenador do projeto e diretor do Departamento de Bens Móveis e Integrados do Inepac.
Com a conclusão dessa primeira parte do inventário, feita em sete meses de trabalho de campo, ele estima que 80% do acervo do interior do estado estejam catalogados. Regiões que ainda serão visitadas pela equipe, como a Costa Verde e a Serrana, possuem mais da metade das obras inventariadas em iniciativas anteriores. No momento, o instituto atua na área de Petrópolis.
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