domingo, 30 de junho de 2013

sábado, 29 de junho de 2013

Dia de São Pedro



As relíquias das correntes que, segundo a tradição, prenderam a São Pedro. Elas são veneradas como tais na Basílica São Pedro "ad Vincula", hoje também título cardinalício.

São Pedro Apóstolo, rogai por nós.


Fonte: Direto da Sacristia

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Basílica de Guadalupe surpreende com espetáculo de luz e som

MEXICO D.F.(ACI/EWTN Noticias).

Do dia 13 de dezembro até o 5 de janeiro de 2013, os peregrinos que visitem durante a noite o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe em Ciudad de México poderão desfrutar de um surpreendente espetáculo de luz e som.

O espetáculo foi inaugurado pelo Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, segundo assinala o Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME).

O show tem início quando são apagadas as luzes do sistema de iluminação e se ilumina o Templo Expiatório a Cristo Rei e o Convento das Capuchinhas com estrelas projetadas por oito aparelhos.

Enquanto vê-se luzes coloridas, pode-se escutar o diálogo, em língua náhuatl, entre a Virgem de Guadalupe e São Juan Diego.

O Cardeal Rivera Carrera agradeceu aos produtores deste espetáculo que escolheram este sagrado recinto para apresentá-lo, de maneira gratuita, ao público assistente.

Com uma duração aproximada de 15 minutos os projetores mostraram a imagem da Padroeira da América refletida na fachada exterior do Templo Expiatório a Cristo Rei, e os organizadores ofereceram também aos presentes no primeiro dia um show de fogos artificiais que saíram da cúpula da Basílica.

Os presentes ficaram gratamente surpresos, como Marcelo, que afirmou que o espetáculo "é muito bonito, muito lindo, e certamente será muito apreciado para divulgar ao mundo o que se faz aqui, e que mais pessoas pensem e acreditem na Virgem de Guadalupe".

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Música clássica é "momento de pausa e elevação para a alma", diz o Papa Francisco

VATICANO,  (ACI/EWTN Noticias).

O Papa Francisco considerou que a música clássica é "um momento de pausa e elevação para a alma, que também suscita sentimentos e emoções que estimulam à reflexão", informou o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano.

Assim o expressou em sua saudação aos organizadores do concerto com motivo do Ano da Fé celebrado no último dia 22 de junho pela tarde na Sala Paulo VI do Vaticano. O texto foi lido em seu nome pelo Presidente do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, responsável pelo Ano da Fé e organizador do evento.

"O Santo Padre me encarregou trazer sua mais cordial saudação, junto ao seu pesar por não poder compartilhar conosco esta tarde por uma inconveniência urgente e inadiável que deve enfrentar neste momento. Mas posso assegurar que todos os compromissos previstos para amanhã estão confirmados".

No domingo 23 de junho, Francisco celebrou a Missa na Casa Santa Marta com os Núncios Apostólicos do mundo, recebeu a Associação dos Santos Pedro e Paulo, e se reuniu com milhares de peregrinos para a oração Mariana do Ângelus.

"O Santo Padre agradece a todos os que organizaram e fizeram possível este concerto dentro do âmbito do Ano da Fé", continuou o Prelado.

De maneira especial, o Papa se dirigiu ao Coro da Academia Nacional de Santa Cecilia, dirigido pelo maestro Ciro Visco, e conformado pelos solistas, a soprano Sabina von Walther, a mezzo soprano Julia Gertseva, o tenor Jörg Schneider e o baixo Josef Wagner.

Também saudou a Orquestra Sinfônica Nacional da Radio Televisão da Itália (RAI), e ao maestro diretor Juraj Valuha "pela valiosa execução desta monumental sinfonia", a número 9 em ré menor de Ludwig van Beethoven, universalmente conhecida pelo último movimento que inclui parte do Hino da Alegria de Friedrich Schiller.

Ao apresentar o concerto, Dom Fisichella recordou que a fé "suscita vários sentimentos no homem para render glória ao Criador. A música é um destes. Esta acompanhou a oração e permitiu dar voz à beleza do encontro com Deus".

No Ano da Fé, acrescentou, "é importante recordar quão importante está sendo o cristianismo como promotor da cultura ao longo dos séculos. Se não houvesse fé em Jesus Cristo, toneladas de partituras musicais teriam ficado em branco e, em troca, a simplicidade do nascimento de Belém, os momentos mais dramáticos da paixão e da morte, assim como a glória da ressurreição, em resumo, o mistério da vida de Jesus, o Filho de Deus, assim como a oração da Igreja estimularam as mentes de homens e mulheres geniais que deu lugar a uma milenária e fecunda história de música sagrada e clássica que se converteu em patrimônio da humanidade".

Finalmente o Prelado sublinhou que "pode-se sustentar que esta música junto com outras expressões da arte sagrada são verdadeiros preâmbulos à fé, dos quais, muitos de nossos contemporâneos continuam em sua busca e constituem um eficaz instrumento de Nova Evangelização".

Ao concerto assistiram milhares de fiéis e 23 cardeais, entre eles se encontrava o Secretário de Estado Vaticano, Tarcisio Bertone, e o Decano do Colégio Cardenalício, Angelo Sodano. Também assistiram ao concerto o Substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu; o Secretário para as Relações Internacionais, Dom Dominique Mamberti; e o Prefeito da Casa Pontifícia, Dom Georg Gänswein.

"A Guerra dos Cristeros", livro conta a história da perseguição vivida pela Igreja no México



BRASILIA,  (ACI).

O livro "A Guerra dos Cristeros", segundo título das Edições Cristo Rei, conta a história do episódio ocorrido no México, entre os anos de 1926 e 1929, também conhecido como Cristiada, em que os católicos foram perseguidos pelo Estado.
Foi nessa época que o governo do general Plutarco Elías Calles decidiu aplicar à risca a Constituição de 1917, que previa a eliminação da Igreja Católica, dando início a uma perseguição que resultava em fuzilações nos paredões de execução e é, também, de onde vem o termo "cristeros", pois antes de serem mortos os combatentes gritavam "Viva Cristo Rei".
Os católicos tentaram resolver o problema de modo pacífico (por meio de boicotes, abaixo-assinado e negociação), porém o governo não cedeu em ponto algum e os católicos se viram obrigados a pegar em armas para defender a Fé.
A Cristiada deu à Igreja milhares de mártires, alguns dos quais já foram beatificados ou canonizados.
O livro dá a conhecer aos católicos brasileiros um episódio da história da Igreja que remete a uma realidade ainda presente no mundo de hoje: a perseguição à verdadeira fé. Além do relato da Cristiada, a edição conta com artigos (inéditos em português) escritos por um dos mártires cristeros, o beato Anacleto González Flores e com fotos raras do episódio.
"A Guerra dos Cristeros" pode ser adquirido exclusivamente por meio de compra direta com a editora. Para isso, os interessados devem enviar um e-mail para contato@edicoescristorei.com.br.

As Edições Cristo Rei surgiram em novembro de 2011, com o objetivo de oferecer aos católicos brasileiros publicações de qualidade no campo da doutrina, espiritualidade, Doutrina Social, entre outros.
Foi nessa época que o governo do general Plutarco Elías Calles decidiu aplicar à risca a Constituição de 1917, que previa a eliminação da Igreja Católica, dando início a uma perseguição que resultava em fuzilações nos paredões de execução e é, também, de onde vem o termo "cristeros", pois antes de serem mortos os combatentes gritavam "Viva Cristo Rei".
Os católicos tentaram resolver o problema de modo pacífico (por meio de boicotes, abaixo-assinado e negociação), porém o governo não cedeu em ponto algum e os católicos se viram obrigados a pegar em armas para defender a Fé.

A Cristiada deu à Igreja milhares de mártires, alguns dos quais já foram beatificados ou canonizados.
O livro dá a conhecer aos católicos brasileiros um episódio da história da Igreja que remete a uma realidade ainda presente no mundo de hoje: a perseguição à verdadeira fé. Além do relato da Cristiada, a edição conta com artigos (inéditos em português) escritos por um dos mártires cristeros, o beato Anacleto González Flores e com fotos raras do episódio.
"A Guerra dos Cristeros" pode ser adquirido exclusivamente por meio de compra direta com a editora. Para isso, os interessados devem enviar um e-mail para contato@edicoescristorei.com.br.

As Edições Cristo Rei surgiram em novembro de 2011, com o objetivo de oferecer aos católicos brasileiros publicações de qualidade no campo da doutrina, espiritualidade, Doutrina Social, entre outros.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Roma/Itália – Restauração do Coliseu pode começar em julho

Turistas observam o Coliseu, em Roma. Gregorio Borgia – Associated Press
Os trabalhos de restauração do Coliseu em Roma devem começar no próximo mês, informou o órgão especial para os Bens Arqueológicos da capital italiana.
As obras já foram aprovadas e os documentos para o início das reformas também foram assinadas há duas semanas pelo órgão responsável, porém há recursos no Conselho de Estado.
O primeiro recurso foi apresentado pela Codacons, entidade italiana que reúne associados de defesa dos direitos do consumidor, por supostas irregularidades no contrato assinado com a empresa de Diego Della Valle, o empresário italiano do ramo de calçados que irá financiar a reforma.
O outro recurso leva a assinatura da empresa que ficou em segundo lugar na licitação para os trabalhos de restauração.
As intervenções no monumento italiano devem custar por volta de R$ 70 milhões (25 milhões de euros) e durarão até 2017. A última reforma no Coliseu foi em 1939. Da ANSA

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Igreja em Ribeirão (SP) foi demolida para dar espaço à imponência de outra

A economia em alta pelo ciclo cafeeiro permitiu excessos em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). Um dos maiores foi a demolição, em 1905, da primeira Igreja Matriz construída na então Vila do Ribeirão Preto, na praça 15 de Novembro.

O argumento era que o então teatro Carlos Gomes era maior que a velha matriz. As lideranças da época consideraram a igreja inadequada à importância que a cidade exercia na região.
Resolveram, então, construir a atual Catedral Metropolitana em um ponto mais alto.
À época, o padre Joaquim Antônio de Siqueira afirmou que a antiga matriz, “com quanto passasse por algumas reformas”, estaria “bem longe de ser o templo que reclama esta importante, rica e esperançosa localidade”.
Houve uma concorrência para erguer o prédio. O projeto escolhido foi o do arquiteto Carlos Ekman, e as obras começaram em 1902.
Segundo a pesquisadora Valéria Valadão, o projeto era o mais exequível e o que mais se aproximava dos termos do edital. “O primeiro, de Victor Dubrugas, foi escolhido como o mais belo, mas venceu o de menor valor”, disse, em seu mestrado sobre a memória arquitetônica de Ribeirão.
Antiga igreja Matriz de Ribeirão Preto, que foi demolida em 1905 e substituída pela atual catedral, mais “imponente”. Reprodução.
A catedral, no estilo gótico, acabou sendo inaugurada em 1917, ainda sem torre.
Outras perdas
Já desativado desde a época do Estado Novo (1937-45), o prédio do antigo Hospital de Isolamento, ou Lazaretto, foi demolido em 1964.
Com projeto do engenheiro Joaquim Mariano de Amorim Carrão e concluída em 1897, a unidade foi construída como parte da política de higienização e saneamento básico das cidades brasileiras, empreendidas pelo Estado.
O objetivo da época era controlar as frequentes epidemias do final do século 19.
Havia recomendações especiais quanto a hospitais de isolamento: a planta apresentava a forma de cruz. O bloco principal tinha varanda destinada aos leitos e blocos secundários (transversais) reservados aos serviços.
Ele era isolado do chão por meio de porões não habitáveis com a finalidade de torná-lo mais salubre. Os únicos registros do hospital –fotos e documentos– estão disponíveis no Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto.
Antes, em 1883, com a chegada da linha férrea, instalou-se na cidade a Companhia Mogiana. O objetivo era escoar a produção de café de toda a região para o porto de Santos. A estação se tornou a de maior faturamento entre todas as da empresa.
O mercado municipal, construído em frente à estação, foi inaugurado em 1900. A exploração do espaço foi feita durante nove anos pela mesma empresa que o construiu. Após o período, a prefeitura incorporou o imóvel ao patrimônio público e passou a responder pela gestão.
O edifício, de planta quadrangular, era composto de um pavimento térreo com acesso pelos quatro lados. Porém, tudo foi destruído por um incêndio em 7 de outubro de 1942. Após o acidente, a prefeitura construiu o prédio atual, localizado em frente à rodoviária.
Uma das atrações do espaço é o painel de mosaico do artista plástico italiano Bassano Vaccarini (1914-2002), uma das referências da época.
Conheça a Ribeirão Preto “que não existe mais”
Palacete Innecchi (à esq.), na rua Duque de Caxias, onde hoje existe uma agência bancária; ao lado, o atual prédio do Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto). Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
O teatro Carlos Gomes, na praça de mesmo nome, que foi demolido na década de 1940. Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
Prédio do antigo Hospital de Isolamento ou Lazareto, demolido em 1964, quase 30 anos depois da sua desativação pelo Estado Novo. Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
Antiga estação ferroviária de Ribeirão Preto, onde atualmente funciona a UBDS Central. Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto
A economia do café proporcionou riqueza e desenvolvimento para Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) a partir do final do século 19. Mas bastou a crise desencadeada pela quebra da Bolsa de Nova York e o início da grande depressão global, em 1929, para que símbolos do período –teatros, casarões e igreja– fossem ao chão nas décadas seguintes.
Um dos casos mais simbólicos foi a demolição, em setembro de 1946, do teatro Carlos Gomes, onde hoje está a praça de mesmo nome. A ele somam-se o palacete Paschoal Innecchi e a estação ferroviária da Companhia Mogiana, entre outros.
Construído pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o teatro foi financiado por grandes fazendeiros da época. A inauguração, em dezembro de 1897, foi com a ópera “O Guarany”, de Carlos Gomes.
Na história cultural brasileira, o teatro ganhou importância por ter sido erguido dez anos antes do Municipal de São Paulo, também projetado por Ramos de Azevedo.
A construção seguiu o estilo neoclássico de influência italiana. Segundo os jornais da época, as escadarias eram em mármore Carrara; os candelabros, de bronze alemão; e os vitrais tinham cristais de Murano. O espaço interno, inspirado nos modelos europeus, tinha plateia oval com capacidade para 400 pessoas e cadeiras no estilo Luís 15.
“Porém, a crise o tornou velho e decadente, sendo demolido para dar espaço ao comércio”, afirma a pesquisadora Liamar Tuon, professora e coordenadora do curso de história da Faculdade São Luís, de Jaboticabal.
De acordo com o arquiteto Onésimo Lima, o Carlos Gomes foi o edifício mais importante do ciclo cafeeiro. “Após a crise, foi substituído pelo Theatro Pedro 2º, acabado às pressas, com material de segunda”, disse.
Até a quebra da Bolsa de Nova York, Ribeirão viu sua fase de glamour com o funcionamento de cassinos como o El Dorado e o Antarctica. Nessa época, surgiu o palacete do imigrante italiano e industrial Paschoal Innecchi, na esquina das ruas Duque de Caxias e Barão do Amazonas, onde hoje está o Itaú.
Disputa
A construção eclética, formada por fragmentos de estilos arquitetônicos diferentes, teria sido uma resposta de Innecchi à elite ribeirão-pretana por não ter sido aceito nos eventos sociais.
Suas festas competiam com eventos da Recra, que ficava ao lado, numa tentativa de demonstrar poder. Foi demolido após sua morte, em 1961.
Para Lima, o que persiste da época é a falta de preservação da história de Ribeirão. Por Venceslau Borlina Filho

sexta-feira, 21 de junho de 2013

"Que a Igreja seja não apenas compreendida, mas amada" - Parte 2


Brasília,  (Zenit.org) Thácio Lincon Soares de Siqueira | 

"A Igreja é viva e jovem", é o nome do livro de autoria do Prof. Hermes Rodrigues Nery, Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida da Diocese de Taubaté.
Prof. Hermes R. Nery

***
ZENIT - Para refutar os ateus, você apresenta em seu livro Deus como o protagonista da História...
Prof. Hermes Rodrigues Nery - Exato. E não somente com exemplos bíblicos, mas também com os da atualidade, comprovando o mistério da presença de Deus em nosso meio, hoje, e através da Igreja, como esta presença é viva e atuante. 
Os ateus falam de Deus como uma idéia-força ou uma grande projeção do desejo humano. Mas o relato bíblico o apresenta como Pessoa, alguém que toma iniciativa, que não é indiferente com a nossa sorte, que interpela e intervém.  Desde o início, como explica Bento XVI em seu livro Jesus de Nazaré, “o núcleo de toda a tentação (...) é colocar Deus de lado, o qual, junto às questões urgentes da nossa vida, aparece como algo secundário, se não mesmo supérfluo e incômodo”.
A brevidade dos fatos como estão contados no Gênesis fala do essencial, da coerência dos acontecimentos: colocado Deus de lado, o desterro foi inevitável. Mas não foi um ponto final. É justamente aqui que começa a história da salvação. E Deus será o primeiro a agir.
“Quem quiser entender a Escritura dentro do espírito no qual ela foi escrita terá de considerar o conteúdo e a unidade de toda a Escritura”, explica Ratzinger. Não compreendendo a pedagogia de Deus, os ateus partem para as generalizações e reducionismos.
Saramago questiona o porquê da predileção de Deus por Abel e mesmo depois de Caim ter matado o irmão, ficou sem entender o motivo pelo qual Deus lhe fez um sinal na testa para garantir proteção a ele, afirmando que com aquele sinal ninguém lhe tiraria a vida. Mais uma vez, a narrativa é concisa e confirma a máxima de S. Irineu: “a glória de Deus é o homem vivo!" 
A Sagrada Escritura mostra o modo de Deus se relacionar conosco. Com Noé, foi imperativo: “Faça a arca!, porque ele era justo e íntegro e estava com Deus. Para Noé, Deus não era secundário, por isso foi estabelecido com ele a aliança como um sinal de vida para todos. E novamente mantém a marca de Deus como presença, d’Aquele que É, sempre, o protagonista da História.
ZENIT - Você também constata que os jovens anseiam por Deus. A JMJ corresponde a este anseio? 
Prof. Hermes Rodrigues Nery - Sim. A Jornada Mundial da Juventude foi um dos grandes feitos do beato João Paulo II. Os jovens precisam deste momento de encontro, deste acontecimento. Pertenço a uma geração que foi tocada pela magnanimidade de João Paulo II, com quem comunguei na Missa de Natal, na basílica de São Pedro, na missa de Natal de 1993.
Na viagem de volta ao Brasil, li quase toda a encíclica Veritatis Splendor, que ganhei de presente. A partir de então fui um de tantos milhões de jovens que se consideraram filhos espirituais de João Paulo II. Ele foi para nós a referência do pai que precisávamos, numa época de ataques à família, como tão bem ele diagnosticou em sua lúcida encíclica Evangelium Vitae.
Cada Jornada Mundial da Juventude é um tributo de gratidão a este grande papa, a este homem santo que nos fixou no seio da Igreja, como uma agulha de imantação.  Eu mesmo não fui mais o mesmo depois do encontro pessoal com João Paulo II, que me levou a ter o encontro pessoal e definitivo com Jesus Cristo. Em 1993, eu tinha acabado de me formar na PUC-SP, e estava - como muitos jovens da minha geração - sem saber ao que me ater. E então João Paulo II mostrou-nos o caminho, verdade e vida que é Jesus Cristo. E hoje procuro seguir este caminho. 
Em conversa com muitos jovens no dia-a-dia, nas mais variadas situações, é evidente o fato de quantos andam à procura de presença de Deus no nosso tempo. Mesmo em meio a tantos apelos do imediatismo e do consumismo, os jovens têm percepção e aderem com entusiasmo àquilo que dá a eles um sentido de vida verdadeiramente humano.
Quando param para prestar atenção e não embarcam na primeira proposta que aparece, e quando conseguem fazer o discernimento, então compreendem o sentido de Deus, e não há mais portanto nenhum outro verdadeiro conhecimento que lhes dê um sentido à existência.
No meu livro, procuro fazer um percurso  deste histórico, de Deus como presença viva na história. E todos que tiveram o encontro pessoal com Deus e buscaram responder ao seu chamado, descobriram o verdadeiro sentido da vida. Abraão foi o primeiro a dar esta resposta e a conhecer “Aquele que tudo transcende e a tudo dá vida”. Ele deu consentimento ao chamado e tudo então aconteceu. Houve uma aliança e uma promessa, que até hoje se cumpre, o que comprova que a história da salvação permanece uma história em curso, ainda acontecendo em nossos dias, e cada um de nós somos chamados a participar desta história magna em que Deus é sempre protagonista.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Que a Igreja seja não apenas compreendida, mas amada" - parte 1

Entrevista com Prof. Hermes Rodrigues Nery, autor do livro "A Igreja é viva e jovem"

"A Igreja é viva e jovem", é o nome do livro de autoria do Prof. Hermes Rodrigues Nery, Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida da Diocese de Taubaté.

Prof. Hermes R. Nery
O novo livro, que será lançado na JMJRio 2013, é prefaciado por Dom Antonio Augusto Dias Duarte, bispo-auxiliar do Rio de Janeiro, com a apresentação de Dom Carmo João Rhoden, bispo da Diocese de Taubaté.
A obra, publicada pela editora Linotipo Digital, traz como subtítulo: "uma carta aos jovens do século 21 sobre a Igreja e a presença de Deus na história".
A um mundo repleto de “Forças hostis, cada vez mais sofisticadas e com amplo poder tecnológico”, que buscam “uma revolução cultural global que visa desconstruir a própria identidade do ser humano como pessoa” este livro procura mostrar “a necessidade de voltarmos a compreender o significado de ser cristão, para que a Igreja seja não apenas compreendida, mas amada”, disse em entrevista a ZENIT o Prof. Hermes.
Publicamos a seguir a íntegra da primeira parte da entrevista. A segunda parte será publicada amanhã, terça-feira, 18 de Junho.
ZENIT  - Qual a mensagem de seu livro para o jovem que participará da Jornada mundial da juventude? Qual o foco da sua obra? 
Prof. Hermes Rodrigues Nery - Dirijo-me de modo especial a cada jovem participante da Jornada Mundial da Juventude, vindo de tantos países, para participar de um evento celebrativo, e ouvir a palavra do Papa: “o mundo precisa de pessoas que descubram o bem, que se alegrem por causa dele e que, desse modo, encontrem a energia e a coragem para o bem”, ressaltou Bento XVI que convocou-os para esta Jornada e está em oração por eles.
Esperamos então que o papa Francisco venha reforçar o que Bento XVI anunciara, com emoção: “A Igreja é viva. E a Igreja é jovem (...) porque Cristo é vivo!"
Está viva, mas sofre ataques em um nível agudo, sem precedentes na história.  Hoje, de modo mais intenso, emergem como movimentos organizados, forças hostis à fé cristã, dentre elas um ateísmo militante e muitas vezes agressivo. O fato é que já não há mais um ambiente geral cristão.
Forças hostis, cada vez mais sofisticadas e com amplo poder tecnológico, influem por uma revolução cultural global que visa desconstruir a própria identidade do ser humano como pessoa, e joga seus dardos contra a Igreja, porque é a instituição que historicamente mais se comprometeu com a defesa e o bem integral da pessoa humana.  
Como Dentre muitos desafios é como ser Igreja nesta sociedade cada vez mais descristianizada, daí a necessidade de voltarmos a compreender o significado de ser cristão, para que a Igreja seja não apenas compreendida, mas amada. 
ZENIT - O que esperar do jovem nesse contexto desafiante, no "Ano da Fé"?
Prof. Hermes Rodrigues Nery - Os jovens hoje atraídos por Jesus Cristo devem saber que não há glória sem cruz, e de que o seguimento a Jesus implica em sacrifícios, dores e dissabores, humilhações e perseguições, etc.
Mas sobretudo as alegrias da fidelidade Àquele que é o Senhor da vida verdadeira. Os que esperam somente sucesso material, status, ou qualquer outro tipo de proveito temporal, poderão se desiludir facilmente, mas se o amor a Jesus for autêntico e se forem capazes da perseverança, descobrirão a alegria daquilo que o apoiam, verdadeiramente, que é uma força que vem do Alto.
Digo isto por experiência própria, pois a fé é provada, é atravessada pelo fogo, e é pela fé que somos curados de todas as enfermidades (especialmente as psíquicas) e salvos. 
A fé tem exigências. Muitos ateus dizem que é mais fácil ter fé do que não ter fé, pois a fé dá segurança, certezas para quem crê. E é mais difícil viver na angústia da dúvida, do que não saber ao que se ater, da aceitação do acaso e da falta de sentido de vida etc. Em conversa com muitos ateus, vários deles inteligências brilhantes, eles me disseram: “eu queria ter a fé que você tem, mas sou realista. Não posso mentir para você e dizer que tive um encontro pessoal com Jesus Cristo, pois eu não tive. Falo sério. Jesus foi um mito construído e eu não posso crer numa falácia. Ainda mais numa instituição que em nome dele cometeu tanta violência!”
Era o que eu mais ouvia dos ateus, o mesmo discurso, e muitas vezes, por mais que eu dissesse que aquilo se tratava de uma generalização, batia-se na tecla a mesma história: “sofro mais por não ter fé, mas é uma questão de realismo, ninguém provou nada até hoje. Fico com Stephen Hawking. É tudo obra do acaso. O quanta aparece do nada e pronto.”
“Mas o universo teve um início, o próprio Hawking reconhece isso. E os ateus refutam, endossando Hawking: “mas o quanta aparece do nada e pronto”. 
Respondo aos ateus, em conversas pessoais ou debates públicos, de que não é mais fácil ter fé, pelo contrário, é muito mais difícil. Por dois motivos: 1º) a fé tem exigências; e 2º): a fé é provada. Nesse sentido, é muito mais cômodo viver a vida, “carpem diem”, pois “quem é que sabe?”, e cada um faça o melhor que puder.
 É a lógica do darwinismo social. Sejamos realistas!  Os ateus afirmam que “a fé não é necessária em absoluto para dar sentido à própria existência”. E desconsideram a realidade última, sequer levam em conta a aposta de Pascal. Argumentam também que o que temem é o “risco de intolerância, quando a fé pretende justamente ser não apenas fé, mas também culminância da razão”.
Mais do que a soberba da razão, que arrastou muitos a estados agudos de perdição, sabemos que é preciso uma “purificação da razão”. Só assim as razões da fé prevalecerão sobre modos inapropriados de expressões da própria fé.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Exposição: Santos Barrocos em São José dos Campos - SP

Peças em terracota estão expostas no Museu de Arte Sacra
A exposição “Santos Barrocos”, do artista plástico Renato Gobbi, está aberta à visitação no Museu de Arte Sacra de São José dos Campos, mantido pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR). As esculturas ficarão expostas até o fim de junho e podem ser visitadas de terça a sexta-feira, das 9h às 17h.


Entre as 20 peças da mostra estão: São Francisco, Santa Clara, Santa Rita, Arcanjo São Rafael, Imaculada Conceição, Santo Expedito, São José, Menino Jesus. Todas confeccionadas em terracota, técnica que utiliza argila cozida no forno. 

Natural de Jundiaí, Renato Gobbi começou a produzir presépios e “santinhos” na infância, quando brincava com barro na olaria do avô. Aos 15 anos, ingressou em um seminário para se dedicar ao sacerdócio. Após desistir de ser padre, aos 25 anos, começou a modelar o barro e fazer as esculturas. 

Acervo 


O Museu de Arte Sacra de São José dos Campos, inaugurado no dia 17 de dezembro de 2007, pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, está instalado na Capela Nossa Senhora Aparecida (Travessa Chico Luiz, 67), no Centro. O espaço possui um acervo com imagens, paramentos, objetos litúrgicos, oratórios, livros religiosos, bandeiras de procissão, entre outras peças. 

International Catholic Film Festival: o cinema que evangeliza

Entrevista com Liana Marabini, presidente do evento que acontece em Roma de 24 a 26 de junho, este ano dedicado a Kateri Tekakwitha, primeira santa pele vermelha americana

Um festival de cinema único, independente, internacional, cujo objetivo é "utilizar o cinema como um poderoso meio de evangelização", para citar as palavras de Liana Marabini, fundadora da Mirabile Dictu - International Catholic Film Festival.
Acontece de 24 a26 de junho no Auditório da Conciliação, em Roma, o festival que este ano é dedicado a Kateri Tekakwitha, a primeira de Santa ‘pele vermelha’ declarada venerável pelo Papa Pio XII em 1943 e beatificada por João Paulo II em 1980 e, finalmente, canonizada por Bento XVI em 21 de outubro de 2012. Será premiado o filme de Matt Gallagher sobre sua vida (In Her footsteps: The story of Kateri Tekakwitha) e está previsto para novembro um evento paralelo ao Festival, intitulado Os Santos e seus milagres: Kateri Tekakwitha.
Por que dedicar o evento a esta figura importante do catolicismo norte-americano? "A escolha é devido a minha devoção pessoal ao Santo", disse à ZENIT Liana Marabini, presidente do Festival. "Eu a conheci quando foi canonizada e comecei a ler a história. Quanto mais eu lia, mais me fascinava".
Na verdade, a história de sua vida é muito particular. Orfã com apenas quatro anos, Kateri foi marcada desde pequena pela mesma doença que levou à morte toda a sua família: catapora, da qual apresenta sinais visíveis e que quase a levou a cegueira. Chegando a idade de se casar, expressa o desejo de preservar a sua virgindade, porque sente uma vocação diferente do matrimonio, mesmo ainda não sabendo do que se trata. "Os padres jesuítas", diz Marabini "tinham uma missão não muito longe de sua tribo e perceberam o potencial espiritual dessa criança".
Padre Jacques de Lamberville a batiza após seis meses de catequese e no ano seguinte, em 1676, torna-se religiosa e vai para a missão jesuíta de São Francisco Xavier, La Prairie. Morre com apenas 24 anos e sua face, após a morte, se enche de luz. A ela foi atribuída a cura, em 2006, de uma criança que sofria de necrose da face, uma doença muito rara. "Eu gosto muito das figuras dos santos que curam, como Hildegard Von Bingen, cujos livros sobre o poder médico de certas plantas é extremamente atual".
Voltando ao Festival, o tema dos filmes selecionados este ano é a fé, quase uma homenagem ao Ano da Fé, mas, como confirmado pela fundadora, "foi uma coincidência. Na penúltima seleção ficam 20-25 filmes por categoria e já nessa fase percebeu-se que quase todos os trabalhos falavam de fé. Incrível".

terça-feira, 18 de junho de 2013

EXPOSIÇÃO DE ARTE SACRA E OFICINAS DE PINTURA NA CASA DO PROFESSOR

de Ei! - Entretenimento e Informação

Teresinha, presidente da UPPES, entre Kelver e Thatiane Crispim
A União dos Professores Públicos no Estado-Sindicato (UPPES) está promovendo a 8ª Exposição de Arte Sacra com obras da galeria Caravaggio, de Belo Horizonte (MG). Os quadros expostos este ano são uma releitura dos grandes mestres do barroco, que pintaram os 12 apóstolos como: o italiano Caravaggio; o alemão Rubens; o holandês Rembrandt e o espanhol Murillo”. Na abertura da mostra, ocorrida em 13 de junho, a presidente da UPPES falou: “A arte não pode ser retirada da escola porque ela ajuda a criança a aprender melhor e ser mais feliz”. Segundo a professora, a inclusão das várias modalidades artísticas nas escolas produz uma mudança na prática educativa que enriquece o ensino e reduz a evasão escolar”. O evento também conta com Oficinas de Arte coordenadas pelos professores que acompanham Kelver e Thatiane Crispim, responsáveis pela exposição: Primavera Zollini (estilo floral), Gisele Pedroza (pintura abstrata) além de Roberto Mello e Giovani Santarelli (que assumem os alunos do tema paisagem). A exposição e as oficinas vão até sábado, 15 de junho.

Informe-se

Casa do Professor 
Estrada Caetano Monteiro, 4550 Pendotiba -Niterói
Tel: 2617-6316
Fonte: jornal EI!
Imagens: Rafael Sardenberg






domingo, 16 de junho de 2013

Restauro da primeira igreja de Vera Cruz (RS) inicia na próxima semana

Imaculada Conceição, construída 1868, será restaurada com recursos de emenda do deputado Mendes Ribeiro Filho.

Foto: Vera Cruz/Lucas Dalfrancis
A prefeita Rosane Petry (PP) assinou nesta quinta-feira, 13, o contrato que chancela o início do restauro da primeira igreja construída em Vera Cruz. O templo religioso denominado de Imaculada Conceição foi erguido em 1868 por recém-chegados imigrantes alemães e recebeu o tombamento municipal em 2007. A obra de R$ 104.567,42 é oriunda de emenda parlamentar do deputado federal Mendes Ribeiro Filho (PMDB), através do Programa de Finalidades Turísticas, e inicia na próxima semana.
A estrutura de 220,67 metros quadrados fica na localidade de Linha Dona Josefa, ao lado do cemitério católico onde está o túmulo do primeiro imigrante alemão da antiga Vila Theresa, Philip Limberger. O investimento será empregado na melhoria do forro, do piso, das aberturas e da fiação elétrica. A vencedora da licitação foi à empresa Leo Arend e CIA. LTDA e a obra deve ser entregue em até seis meses. O projeto foi desenvolvido de forma voluntária pelo arquiteto Mário Dummer em parceria com o setor de Engenharia da municipalidade.
Para a prefeita Rosane Petry (PP) a destinação da verba representa a valorização da história através da arquitetura, das raízes do povo alemão e impulsiona o turismo. “Temos motivado empreendedores rurais e turísticos para investirem em suas propriedades, mas enquanto gestores públicos temos de dar o exemplo de quem cuida e preserva suas heranças do tempo”, exalta a líder do Executivo. Embora a igreja católica esteja deteriorada pelo tempo, cerca de 290 pessoas se reúnem no espaço para celebrações e missas uma vez por mês.
Fonte: GAZ / Defender

Louvre recebe crucifixo que pode ser de Michelangelo

Pirâmide do Louvre, em Paris. Foto: Joel Saget/Arquivo/AFP Photo
O colecionador canadense Peter Silverman doou ao museu do Louvre, em Paris, um belo crucifixo do Renascimento italiano, considerando que poderia ter sido esculpido por Michelangelo, anunciou nesta quinta-feira o museu à AFP.
A escultura em madeira de 44 centímetros é “notável pela delicadeza dos detalhes anatômicos do corpo de Cristo, particularmente visível no tratamento do torso”, ressaltou o museu. Este é, provavelmente, um crucifixo de devoção privada.
Após testes de laboratório e a consulta de cinco especialistas, o Louvre concordou que essa escultura, “obra de um artista florentino de grande talento criada por volta de 1500″, entrará em suas coleções, embora reconheça que a sua origem ainda “é debatida”.
“Todos os especialistas disseram que era uma obra de grande qualidade. Alguns veem a mão de Michelangelo, mas outros não”, explicou Marc Bormand, curador-chefe do Departamento de Escultura do Louvre.
“Minha opinião é que é impossível saber com certeza. Michelangelo é uma possibilidade, mas há outros”, acrescentou Bormand.
O Departamento de Escultura do Louvre apresentará a obra como sendo de um “artista florentino por volta de 1500, Michelangelo?”.
Após uma leve restauração, o Cristo na cruz passará a integrar dentro de alguns meses a Galeria Michelangelo, onde estão expostas esculturas desse período.
O Louvre, que não possuí uma obra comparável, “saúda a sua entrada nas coleções nacionais e expressa sua gratidão a Peter Silverman e a sua esposa Kathleen Onorato por sua grande generosidade”. AFP – Agence France-Presse

sábado, 15 de junho de 2013

Órgão da Sé comemora 2.500 apresentações com concerto especial




Organista uruguaia Cristina Garcia Banegas é a convidada do concerto comemorativo

Desde a conclusão do restauro em 1984, o Órgão da Sé de Mariana é um dos principais atores da vida cultural da cidade primaz de Minas. Durante esses 28 anos, 2.500 concertos já foram apresentados regularmente nesse belo instrumento, contando sempre com a participação de organistas internacionais.
Para comemorar esse número expressivo de concertos, o Órgão da Sé receberá a renomada organista uruguaia Cristina Garcia Banegas, que já se apresentou outras vezes ao Arp Schnitger e gravou um CD no instrumento de Mariana. O concerto será no dia 23 de junho, domingo, às 12h15, na Catedral da Sé em Mariana/MG. Ingressos a partir de R$28,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

A musicista
Cristina García Banegas (Uruguai), que é professora de Órgão na Escuela Universitaria de Música de Montevideo desde 1985, foi aluna de René Bonnet e de Renné Pietrafesa, estudou órgão, cravo e regência no Conservatório de Genebra e foi aluna de Marie Claire Alain em Paris. É regente  da Ensemble Vocal e Instrumental De Profundis, grupo que atua desde 1987 na pesquisa e recriação de música barroca latino-americana. Criou e é diretora artística do Festival Internacional de Órgãos do Uruguai. A organista recebeu várias premiações internacionais (Suíça, França, Espanha, Estados Unidos, Polônia) e excursiona regularmente pela Europa, Estados Unidos, Ásia e América Latina como solista e com o grupo De Profundis. Seu projeto mais recente, Piazzolla ao encontro de Bach, foi selecionado para a premiação do Fundo para a Cultura do Ministério da Cultura do Uruguai (2011/2012). 

Mais sobre o Órgão da Sé
Foi construído na primeira década do século XVIII, em Hamburgo (Alemanha), por Arp Schnitger (1648-1719), um dos maiores construtores de órgãos de todos os tempos. O instrumento foi enviado inicialmente a uma Igreja Franciscana em Portugal e chegou ao Brasil em 1753, como presente da coroa portuguesa ao primeiro Bispo de Mariana.

Reinaugurado em 1984, o Órgão Arp Schnitger acompanha missas e celebrações litúrgicas, além de ser apresentado em concertos regulares e internacionais, que trazem ao Brasil organistas de renome mundial.


Os Concertos Regulares do Órgão Arp Schnitger acontecem às sextas-feiras, às 11h30, e aos domingos, às 12h15, na Catedral da Sé em Mariana/MG. Para agendar grupos e ter mais informações, entre em contato pelo telefone (31) 3558-2785 ou pelo e-mailorgaodase@uai.com. O site do projeto de concertos é www.orgaodase.com.br.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Passagens secretas são achadas em convento centenário do ES

Sete entradas foram descobertas entre as paredes do local. Convento de São Francisco passa por obras de restauração.

De pé desde 1591, o convento de São Francisco, na Cidade Alta, em Vitória, passa por um processo de restauração iniciado em 4 de outubro de 2012, dia do santo. A fachada do patrimônio guarda séculos de história, que foram desvendados ao longo das obras. De acordo com a historiadora que coordena o trabalho, sete entradas secretas foram descobertas entre blocos de concreto. Como forma de expandir a restauração, recursos financeiros foram solicitados para fazer pesquisas e transformar os fundos do convento em um centro cultural. A previsão é que as obras de restauração da fachada sejam concluídas até o dia 27 deste mês de junho.
Uma fotografia tirada antes do início da restauração mostra como eram as paredes do local. Ao retirar o reboco, operários da obra descobriram uma entrada entre os blocos de concreto, que teria ficado isolada durante séculos. “Nós tinhamos aqui uma grande parede branca e, durante o processo de restauração, é normal que a gente retire o reboco que está ruim para fazer um reboco novo. E com isso apareceram esses tijolinhos que fazem parte da estrutura da porta. Essa deve ser a entrada original do século XVI para o XVII”, falou a historiadora Diovani Favoreto.
Única parte do patrimônio original do século XVI, a fachada do convento escondia no mínimo sete entradas. Na parte de trás, há um galpão e salas onde funciona o setor administrativo da Arquidiocese de Vitória. Em determinadas áreas do patrimônio, há pontos marcados onde amontoados de ossos foram enterrados. “Sobre esse xis nós temos uma grande câmara mortuária de aproximadamente quatro metros por quatro metros. E um metro e meio d eossos que foram regirados dos antigos cemitérios de São Francisco ”, disse Diovani.
A última ossada encontrada no convento foi de uma moradora de Nova Almeida, na Serra, chamada Catarina Francisca Ribeiro, que morreu no século XIX. Além disso, os ossos do Frei Pedro Palácios, fundador do Convento da Penha, também foram levados ao monumento do Centro de Vitória. “A gente acredita que ela estava sepultada no cemitério. Quando ele deixou de existir, foi recolhido e colocado no ossuário que hoje pertence ao pátio do convento”, relatou a historiadora.
Fachada do Convento de São Francisco é restaurada. (Foto: Divulgação/Empório Capixaba)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...