sexta-feira, 22 de junho de 2018

Basílica de Congonhas (MG) será reaberta após maior restauração de sua história




Ícone do colonial mineiro, obra-prima do barroco e parte do conjunto considerado Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco, a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG), será reaberta no próximo dia 28 de junho, depois de passar pela maior e mais importante restauração de sua história. A cerimônia de entrega da obra será realizada às 09h30, com apresentações culturais locais.

O evento também contará com a presença do diretor do Departamento de Projetos Especiais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Robson de Almeida, do prefeito de Congonhas, José de Freitas Cordeiro (Zelinho), e outras autoridades locais.

Foram cerca de R$ 2,27 milhões investidos na restauração, realizada por meio do programa Agora, é Avançar, do Governo Federal, por meio do Iphan, com execução da Prefeitura Municipal de Congonhas. O Ministério Público Federal (MPF) também direcionou investimentos de quase R$ 493 mil para o projeto da obra, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta. Assim, foram dois anos e meio de intervenções, que contemplam os elementos artísticos da Basílica, em uma ação criteriosa e que segue os padrões internacionais de excelência. A paróquia ainda realizou outros serviços, como a pintura da igreja, a recuperação de relicários e imagens, como a do Bom Jesus crucificado, localizado no altar-mor.

Entre as ações realizadas, destaca-se a recuperação de uma pintura do século XVIII nas laterais do camarim do retábulo-mor e simbologia do martírio de Cristo; os quadros da sacristia, nártex, coro e da nave; balaustradas; cimalhas; forros; retábulos laterais e da sacristia; arco do cruzeiro; púlpitos; pias; lavabo de pedra sabão da sacristia; e a cruz de Feliciano Mendes. Durante a obra, foram encontradas pinturas expressivas, como o fundo da pintura do forro da nave que era cinza liso e escondia um céu com nuvens e tonalidades do azul ao rosado e ainda uma pintura sobre tela na parte superior da Cruz, com a representação do Crucificado.

Os benefícios da restauração se somam aos inúmeros outros que Congonhas conquistou nos últimos tempos. “Nos conseguimos junto ao IPHAN restaurar vários bens patrimoniais da nossa cidade, já entregamos a igreja do Rosário, a da Matriz, a Alameda Cidade de Matosinhos e, recentemente, demos a ordem de serviço para fazer a restauração geral da Romaria, que será um espaço totalmente cultural onde vamos também construir, em breve, o teatro municipal. Agora, com muita alegria, vamos entregar a restauração da igreja da Basílica, uma das mais belas do país. Este é o maior restauro de todos os tempos. Graças ao empenho da nossa equipe, conseguimos verbas importantes para Congonhas do PAC das Cidades Históricas, além do apoio do Ministério Público Federal e da participação da Reitoria da Basílica, por intermédio do Cônego Geraldo Leocádio e do Padre Rocha. Essa parceria é muito importante já que estamos reabrindo a Basílica ao mundo, nosso Patrimônio Mundial”, ressaltou o prefeito Zelinho.

Santuário do Bom Jesus de Matosinhos

A importância histórica de Congonhas no cenário mundial está intimamente ligada à vocação religiosa da cidade e a Basílica de Bom Jesus de Matosinhos é um marco nesse sentido. Todos os anos, ela atrai milhares de fiéis, em comunhão com os mistérios divinos, a maestria de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e o horizonte sinuoso das montanhas, tão características das Minas Gerais.

A intensificação da ocupação da cidade de Congonhas tem estreita relação com a construção do templo, a partir de 1757. Além disso, o próprio ciclo de peregrinação do Bom Jesus, que teve início após a decadência da extração aurífera no século XVIII e viu seu auge no século XIX, com a construção da Basílica, movimentando toda a economia local, ao atrair romeiros e visitantes.



O interior da Basílica é considerado um importante marco da arte sacra brasileira, reunindo trabalhos de alguns dos maiores escultores do período colonial mineiro, como Jerônimo Félix Teixeira, João Antunes e Vieira Servas, além de quadros e imagens de João Nepomuceno Correia e Castro e Manuel da Costa Ataíde. No adro da Basílica estão localizadas ainda as doze estátuas em pedra-sabão com os Profetas de Aleijadinho, consolidando o espaço como um dos principais cartões-postais brasileiros.

Investimentos no Patrimônio Cultural

A obra da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos é parte de uma série de investimentos no Patrimônio Cultural de Congonhas, que vem sendo realizada nos últimos anos, por meio do Iphan. A cidade está entre os oito municípios mineiros selecionados para integrar o PAC Cidades Históricas, com a previsão de realização de 93 ações no Estado com investimentos de cerca de R$ 256 milhões. Em Congonhas, além da Basílica, já foram concluídas as obras de restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e da Igreja do Rosário, e a requalificação urbanística da Alameda Cidade Matozinhos de Portugal, totalizando investimentos de cerca de R$ 6,87 milhões na cidade. Também estão em execução a implantação do Parque da Romaria e a restauração do Centro Cultural da Romaria, cuja ordem de serviço foi assinada no início de junho, colocando a cidade na dianteira dessas ações em todo o Estado.

A obra da Basílica agora finalizada está incluída no programa Agora, é Avançar, do Governo Federal, projeto focado na retomada de obras em todo o país, a fim de oferecer mais crescimento e cidadania para os brasileiros. O Ministério da Cultura, por meio do Iphan, também integra o Programa, com a previsão de investimentos em 61 ações, dentro daquelas já pré-selecionadas pelo PAC Cidades Históricas, visando sua continuidade e conclusão, e apoiando o desenvolvimento dessas cidades históricas brasileiras.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Escola de Arte Sacra de Florença



Quinta-feira, 14 de junho, das 18h30 às 20h, apresentaremos a Escola de Arte Sacra de Florença, no espaço cultural da Produção Dominus.

O alto artesanato florentino é uma das excelências que o mundo nos admira. Para nós é um prazer espalhar a beleza introduzindo-a ao nosso público.
O diretor com seus alunos apresentará as três áreas da escola (escultura, pintura, ourivesaria) mostrando-nos também algumas técnicas de trabalho desta arte atemporal.

Esperamos por você na quinta-feira, 14 de junho, a partir das 18h30, na Via IL Prato 19 / A, Florença

Fonte: Página do evento

domingo, 3 de junho de 2018

Museu de São José dos Campos recebe a exposição ‘Santos Devocionais Populares’


Além do traço artístico, as 12 esculturas em cerâmica da exposição ‘Santos e Devocionais Populares’, aberta em fevereiro, no Museu de Arte Sacra de São José dos Campos, trazem em cada detalhe a fé e um talento recém-descoberto de sua autora. “Estou muito emocionada com esse dom que Deus me deu e ansiosa por expor meu trabalho pela primeira vez”, disse a artista Regina Pimentel, de 57 anos.
As peças têm 23 cm de altura e são todas de santos da Igreja Católica, como São Francisco de Assis, Santa Rosa de Lima e Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Regina contou que, por ser muito católica, decidiu fazer as peças de santos. “A ideia surgiu no curso de cerâmica que faço há pouco menos de um ano. Eu queria produzir algo diferente e as minhas amigas do curso me incentivaram bastante”, afirmou Regina.
Mesmo com pouco tempo de carreira, Regina já recebeu, inclusive, convite para expor em outros países da América Latina, como é o caso da peça de Santa Rosa de Lima, padroeira do Peru. “Fiquei tão feliz com o convite que logo me preocupei em compartilhá-lo com o padre da igreja que frequento”, revelou a artista.
A exposição prossegue no local até o dia 15 de junho. A visita é gratuita e pode ser feita de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 12h. O Museu de Arte Sacra fica na Travessa Chico Luiz, 67, no Centro de São José dos Campos.

sábado, 2 de junho de 2018

11º Seminário Patrimônio Cultural | Conservação e Restauro no Século XXI



A Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP realiza entre os dias 11 e 15 de junho o 11º Seminário Patrimônio Cultural | Conservação e Restauro no Século XXI. O tema da edição é “Desafios Contemporâneos”. A programação conta com mesas, palestras, oficinas e apresentações de trabalhos. As inscrições podem ser feitas no site https://goo.gl/EssE3e. O investimento é de R$120, estudantes e maiores de 65 anos pagam metade. Servidores da FAOP estão isentos.

O encontro é voltado para profissionais, gestores culturais, professores, estudantes e demais interessados nos processos, desafios e possibilidades da conservação e restauração do patrimônio cultural material.

A iniciativa destaca a importância da investigação científica na área da preservação do patrimônio cultural e suas implicações em métodos e técnicas de restauração de bens culturais. Haverá durante o evento um espaço para apresentações de estudos de caso por meio de comunicação e pôster. A chamada de trabalhos está disponível em https://goo.gl/BpjtVu.


O Seminário Patrimônio Cultural é patrocinado pela Cemig por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. 

Confira a programação:

Conferências

Conferência de Abertura
11 de junho | segunda-feira | 19h
Restauração do Patrimônio e Memória | FAOP 50 anos
Angelo Oswaldo de Araújo Santos | secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais

Conferência de Encerramento
15 de junho | sexta-feira 10h
Restauração de Obras de Arte no Brasil: Desafios Profissionais
Raul Carvalho | São Paulo

Palestra

Restauros inusitados: Catedral de Brasília e Palácio Tiradentes
13 de junho | quarta-feira | 14h
Luidi Nunes | Rio de Janeiro

Mesas

Mesa I | Pesquisa Científica
12 de junho | terça-feira | 14h às 17h

Márcia Rizzo | São Paulo
Alexandre Leão | Belo Horizonte


Mesa II | Conservação e restauração e sua diversidade
14 de junho | quinta-feira | 14h às 17h

Titina Corso | São Paulo
Magali Melleu Sehn | Belo Horizonte

Apresentação oral de estudos de caso
13 de junho | quarta-feira | a partir das 16h
Apresentação de 5 estudos de caso | 20 minutos para cada

Apresentação de pôsteres
12, 13 e 14 de junho | terç. a qui. | 15h30 às 16h
Apresentação dos trabalhos durante o intervalo das mesas

Oficinas

Restauração de imagens de gesso | Rosinha Campos | Bahia
11 de junho | 8h às 12h e 13h30 às 17h30 | 12 a 14 de junho | 8h às 12h e 18h às 22h
32 h | 20 vagas

Confecção de olhos de resina | Titina Corsso | São Paulo
12 a 14 de junho | 8h às 12h
12 horas | 15 vagas

Pintura e pigmentos | Attílio Colnago Filho | Espírito Santo
11 de junho | 8h às 12h e 13h30 às 17h30 | 12 a 14 de junho | 8h às 12h
20h | 15 vagas

Documentação científica por imagem: luz visível com controle apurado de cores | Adriano de Souza Leão, Alexandre Costa, Elaine Pessoa | Belo Horizonte
12 a 14 de junho | 8h às 12h
12 horas | 15 vagas

Conservação de fotografias | Marli Marcondes | São Paulo
12 a 14 de junho | 8h às 12h
12 horas | 15 vagas

Fonte: Página do Evento

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Catedral de Toledo recebe exposição com mais de 100 Milagres Eucarísticos (Espanha)

Fonte: Gaudium Press

 Até o dia 15 de junho o Claustro da Catedral de Toledo acolherá uma exposição intitulada "Milagres Eucarísticos no mundo". A mostra, que já percorreu os cinco continentes, reúne mais de 100 casos de milagres que a Igreja Católica aprovou ao longo de vinte séculos de cristianismo.



Composta por 60 metros de painéis dedicados a milagres eucarísticos de todos os países, a exposição tem o objetivo despertar o interesse sobre esses fenômenos.

O Decâno da Catedral, Juan Miguel Ferrer reconheceu que essa não é uma exposição normal, já que "alguns são sinais quase domésticos, que para alguns não constituiriam um verdadeiro milagre, mas para quem está aberto a descobrir a mão providente de Deus nas circunstâncias da vida diária se converte em um verdadeiro sinal".

Todos os casos apresentados na exposição passaram por uma verificação científica na qual especialistas examinaram todos os dados e comprovaram não haver uma explicação para o fato produzido. Dessa forma, fica excluída não apenas a possibilidade de falsificação ou montagem, mas obriga os mais céticos a questionarem o seu ceticismo.

A mostra, segundo o Decâno, não deveria ser percorrida de uma vez, mas um pouco por dia. "É um testemunho original e muito sério para irmos nos preparando e mentalizando para viver de maneira mais profunda a grande festa de Toledo (que é o Corpus Christi)", diz o Padre Ferrer, ressaltando o motivo dela ser aberta nas semanas anteriores e posteriores à sua celebração. (EPC)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...