sábado, 24 de fevereiro de 2024

Harpa Dei no Brasil

 

O Harpa Dei é um coro formado por quatro irmãos, tanto de sangue, quanto em espírito: Nikolai, Lucia, Marie-Elisée e Mirjana Gerstner. Nascidos na Alemanha, cresceram no Equador.

Todos os quatro têm como base espiritual a extensa formação que receberam em uma comunidade religiosa católica.

Desde 2011, como parte de uma iniciativa de paz, os irmãos foram chamados à evangelização através da música sacra. O Harpa Dei busca coletar as mais belas canções de várias tradições cristãs para glorificar a Deus e transmitir às pessoas a beleza do Senhor, que brilha tão eminentemente na música sacra.

A partir de então, sua missão os levou a muitos países ao redor do mundo, entre eles: México, Israel, Alemanha, Rússia, Equador, EUA, Espanha, França, Polônia, Croácia e outros.

O Harpa Dei espera contribuir no resgate e no desenvolvimento da sensibilidade em relação à tradição musical da Igreja universal, que – nos termos do Concílio Vaticano II – “é um tesouro de valor inestimável, que se sobressai entre todas as outras expressões de arte”. (Constituição Sacrosanctum Concilium).


Veja mais em: Harpa Dei







sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Assis, a "Majestade" de Cimabue volta a resplandecer após restauração


Assis, a "Majestade" de Cimabue volta a resplandecer

Apresentados os trabalhos cinquenta anos após a última restauração. O guardião do Sacro Convento Moroni: "Novo esplendor a uma imagem que não é apenas uma obra de arte, mas uma evocação altamente simbólica da figura e dos valores do próprio São Francisco"

A Majestade de Assis retorna ao seu esplendor. Na sexta-feira, 16 de fevereiro, foi realizada uma coletiva de imprensa para a apresentação e o desvelamento do afresco de Nossa Senhora entronizada com o Menino, os Anjos e São Francisco de Cimabue, também conhecido como a Majestade de Assis, no final dos trabalhos de restauração realizados por uma equipe da Tecnireco dirigida pelo restaurador chefe da Basílica de São Francisco, professor Sergio Fusetti, graças à contribuição da casa automobilística Ferrari. O projeto de conservação começou em janeiro de 2023, cinquenta anos após a última intervenção, e levou um ano para ser concluído.

Datada entre 1285 e 1290 - a primeira realizada por Cimabue dentro da Basílica -, a obra está localizada no lado direito do transepto norte da igreja inferior da Basílica de São Francisco. O afresco é famoso não apenas por sua representação da Virgem entronizada, mas também pelo que se acredita ser um dos retratos mais antigos e confiáveis do próprio São Francisco, realizado, segundo a tradição, com base em indicações daqueles que o conheceram pessoalmente.

Assis, a "Majestade" de Cimabue volta a resplandecer
O Guardião do Sacro Convento: novo esplendor à imagem


"Sou extremamente grato ao professor Fusetti e à equipe da Tecnireco e, naturalmente, à Ferrari", disse frei Marco Moroni, guardião do Sacro Convento, "pela sinergia que nos permitiu dar novo esplendor a uma imagem que não é apenas uma obra de arte, mas é – em primeiro lugar para nós franciscanos e para todos os devotos do Santo - uma evocação altamente simbólica da figura e dos valores do próprio São Francisco. Isso é particularmente significativo quando nos preparamos para o grande centenário franciscano de 2026, no qual celebraremos o 800º aniversário da Páscoa do Santo de Assis. O retrato de São Francisco, representado nessa obra-prima de Cimabue, nos remete necessariamente à sua figura histórica, que ainda hoje manifesta uma extraordinária atualidade e continua a ser uma fonte de profundas provocações para cada um de nós, para a Igreja e para o mundo inteiro".
Trabalho de conservação

Criado usando uma técnica seca, que é, portanto, menos resistente ao longo do tempo, desde o século XVI o afresco passou por inúmeras restaurações, após as quais sofreu modificações significativas, como no caso do rosto de São Francisco. Em 1973, a última intervenção foi realizada pelo Instituto Central de Restauração. No projeto que acaba de ser concluído, foram realizadas várias investigações com diversas técnicas e instrumentos não invasivos para analisar o estado de conservação da obra e os materiais utilizados nas restaurações anteriores. Portanto, foi decidido realizar um trabalho de conservação no afresco, removendo todas as restaurações anteriores. A intervenção seguiu o modelo do Instituto Central de Restauração de 1973 com uma abordagem menos invasiva, que buscou aprimorar a contribuição do artista e também se concentrou na consolidação do gesso da estrutura da parede.
Amplo projeto de manutenção

A restauração da Majestade de Cimabue faz parte de um projeto mais amplo de manutenção e conservação do patrimônio dentro da Basílica de São Francisco, que se tornou ainda mais necessário após os eventos sísmicos das últimas décadas e o risco de possíveis novos terremotos. Após este último trabalho apresentado, a restauração da Capela de Santo Estêvão, com afrescos de Dono Doni e Giacomo Giorgetti, está começando nestes dias.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

CONCURSO FOTOGRÁFICO DO MUSEU DE ARTE SACRA CELEBRA SÃO PAULO



CONCURSO FOTOGRÁFICO DO MUSEU DE ARTE SACRA CELEBRA SÃO PAULO

Um convite a registros sensíveis das manifestações de espiritualidade na cidade
O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS܂SP, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, informa sobre as inscrições para o Concurso Fotográfico sob o tema “A espiritualidade na cidade de São Paulo“. Esta iniciativa, em celebração aos 470 anos da Metrópole, visa promover a expressão artística e cultural por meio da fotografia, destacando aspectos relacionados à fé, solidariedade e manifestações culturais presentes no contexto urbano.

As inscrições estão disponíveis para fotógrafos não profissionais no período de 24 de janeiro a 07 de março de 2024. Os resultados serão divulgados nas redes sociais do MAS܂SP em 22 de março do corrente ano. Para mais informações e para realizar a inscrição, acesse o edital através do link

A exposição intitulada “Olhares Sagrados: a espiritualidade na Cidade de São Paulo”, programada para abril de 2024 na Sala MAS-Metrô – Estação Tiradentes, apresentará 19 trabalhos fotográficos selecionados dentre as inscrições recebidas. O concurso visa engajar fotógrafos amadores a explorar perspectivas sensíveis e pessoais sobre manifestações culturais, religiosas, expressões públicas e privadas de fé, bem como demonstrações de solidariedade que contribuem para a coesão comunitária na cidade.

Um comitê de seleção composto por três representantes dos segmentos de artes visuais, cultura e fotografia será responsável pela avaliação das imagens inscritas. Dentre as 19 obras selecionadas para a exposição, os autores das fotografias classificadas serão contemplados com certificado e um kit contendo publicações do MAS. SP. O primeiro colocado será contemplado com um ano de entrada gratuita no Museu de Arte Sacra de São Paulo com direito a acompanhante.
O concurso é uma iniciativa do Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição administrada pela Associação Museu de Arte Sacra de São Paulo – SAMAS, Organização Social de Cultura, vinculada à Secretaria de Estado da Cultura, Economia e Indústria Criativas.o Museu

O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes do país, resultado de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, inaugurado em 29 de junho de 1970. Desde então, passou a ocupar a ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, última chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo IPHAN, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos XVI e XX, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 18 mil itens no acervo. Possui obras de artistas reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus, entre tantos outros. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.

SERVIÇO
Evento: Concurso fotográfico A Espiritualidade na Cidade de São Paulo

Inscrições: 24 de janeiro a 07 de março de 2024.

Publicação do Resultado: 22 de março de 2024

Link para Edital e Inscrição

Informações adicionais: pesquisa@museuartesacra.org.br | (11) 99466-6662

Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo || MAS. SP

Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo (ao lado da estação Tiradentes do Metrô)

Estacionamento gratuito/alternativa de acesso: Rua Jorge Miranda, 43 (sujeito à lotação)

Tel.: 11 3326-3336 | 99466-6662 – informações adicionais

Fonte:Cultura SP

Horários: De terça-feira a domingo, das 09 às 17h (entrada permitida até as 16h30)

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Jesuítas sepultados nas Missões inspiram livro de autor gaúcho



Igreja de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões, é Patrimônio da Unesco (Foto: José Roberto de Oliveira)

A informação de que três jesuítas espanhóis estariam sepultados na Igreja de São Miguel Arcanjo, inspirou o pesquisador José Roberto de Oliveira a escrever em novo livro onde, além de processos históricos, fala da espiritualidade marcada, entre outros, pelo Santuário de Caaró, construído em homenagem aos sacerdotes Roque González de Santa Cruz, Afonso Rodrigues e Juan del Castillo, martirizados em 1628. A experiência nas Missões foi uma das mais importantes para a história da humanidade, afirma.


As Missões Jesuítico-Guaranis têm “um exemplo magnífico de fraternidade, amor, carinho, sustentabilidade” para fornecer à humanidade.



Partindo dessa certeza, o escritor e pesquisador José Roberto de Oliveira* se dedica com paixão em trazer ao presente a “experiência missioneira” de quase 200 anos de duração, enaltecida como “a grande utopia” por escritores como Voltaire, Charles Montesquieu, Ludovico Antonio Muratori, Charlevau.



10/02/2021

Em contato com a obra Misiones y sus pueblos guaraníes, de autoria do Pe. Guillermo Furlong SJ (788 páginas, reeditado em 1962 em Buenos Aires), José Roberto soube que três jesuítas espanhóis haviam sido sepultados na Igreja de São Miguel Arcanjo: José Castro (+1721), Tomás García (+1762) e Francisco Ribera (+1747), este último considerado o grande construtor da igreja e do conjunto arquitetônico de São Miguel, onde viveu por 45 anos. E precisamente essas informações, motivaram o pesquisador santo-angelense a escrever um novo livro:


Encontrar os nomes e a localização onde estão esses três jesuítas são informações para nosso mundo cristão e também para o mundo dos jesuítas. Reencontrar ou encontrar explicações para onde estão os que iniciaram esse processo todo de cristianização aqui no sul da América é muito importante e valorizá-los também, pois afinal de contas, foram aqueles que construíram o processo inicial de cristianização na região sul do continente americano.


O que se sabe, é que nos anos 1928/1930, foi constatada a existência de estruturas no solo da nave central da igreja, que vieram a ser mais tarde aterradas. “Agora - explica José Roberto ao Vatican News - casa perfeitamente as informações da comunidade daquele período com as escritas que mostram efetivamente os três sacerdotes que estão lá”.

Área demarcada no completo arquitetônico das Missões (Foto: José Roberto de Oliveira)
Projeto para escavações arqueológicas


Assim, com vistas a um projeto de escavação, foram contactados o chefe do Escritório do IPHAN e o arqueólogo Felipe Pompeu. “Todo processo de levantamento arqueológico - explica José Roberto - é parte de um projeto científico e com esses dados todos que estamos conseguindo, que são dados científicos, obviamente isso levará a esse projeto. Já tem uma série de arqueólogos interessados nesse trabalho, já há uma discussão”.

Neste sentido, o pesquisador acrescenta que o Grande Projeto Missões reúne mais de 250 pesquisadores efetivos, além de estudiosos sobre a história das Missões, “então estamos em uma discussão bastante profunda sobre essa questão e isso obviamente vai levar a esse projeto que vamos apresentar ao Ministério da Cultura, porque ali estamos em área do Patrimônio Cultural da Humanidade. Além de ser área arqueológica brasileira, tem também essa supervisão da Unesco, então é muito importante que se tenha todos os trâmites bem corretos, como devem ser”.

Jesuítas e o amor ao Evangelho

Na elaboração do novo livro, José Roberto repassa obras de autores de vários períodos, como Antonio Ruiz de Montoya (1612-1652) - que é o primeiro a escrever sobre as Missões -, mas também do Pe Antônio Sepp, pároco de São Miguel e mais tarde fundador de São João Batista (a Redução entre Santo Ângelo e São Miguel) uma das sete Reduções. Justamente ele, que havia sido menino cantor em Viena, nascido no berço de família nobre austríaca, deixa a Europa pelo amor Evangelho, assim como o fizeram tantos outros jesuítas de diversos países que foram viver nos 30 Povos:

O que um príncipe está fazendo aqui, no sul da América, cristianizando nos anos 1600-1700? O que leva um príncipe, um dos homens mais importantes da música barroca na Europa nos finais dos anos 1600, com produções, ele mestre de capela do rei da Áustria, o que leva, digamos, o amor à cristandade a esses homens saírem da Europa, desistir dessa vida na Corte Europeia, mundo de reis, e vir para a América para cristianizar os indígenas que estavam iniciando sua vida no cristianismo?

Cruz Missioneira (Foto: José Roberto de Oliveira)
Uma semente para o desenvolvimento da humanidade


As novas pesquisas e estudos revelam “um conjunto de elementos” que são importantes serem conhecidos pela sociedade, “não só no Brasil, mas para o mundo, o mundo que está buscando luz para um modelo novo, mais fraterno, mais amoroso”. “Com a formação, gente fazendo doutorados e pós-doutorados, as portas começam a se abrir também na Europa para que estudiosos possam buscar mais e mais informações”, destaca o santoangelense:

Isso não será só no nosso tempo de agora, claro que é muito importante isso que estamos fazendo, que é dizendo essas coisas, para que mais estudantes se interessem e depois nos seus trabalhos de qualificação, de doutorado, de pós-doutorado, possam trabalhar essas pesquisas todas e isso não irá parar nunca, algo que foi uma das experiências mais importantes da humanidade, cada vez mais importante para a construção disso que eu chamo desse mundo novo, que o cristianismo vem trabalhando e procurando desenvolver, então aqui tem uma semente muito importante para o desenvolvimento da humanidade”.

Missões, modelo para um mundo novo

A presença dos jesuítas no período das Reduções Jesuítico-Guaranis foi determinante na construção cultural do “modo de ser, na formação do povo gaúcho”, recorda ainda o pesquisador, o que é fundamental para explicar “como nós somos, a espiritualidade, o modo de ser do povo gaúcho”. Mas vai bem além disso:

“As Missões oferecem um modelo, uma luz, e como cuidar daquelas pessoas com mais necessidade, e como ter um modelo fraternal, carinhoso, com relação às pessoas, e mais, como construir um modelo com alimentação, um modelo com trabalho, um modelo com valorização cultural daquelas pessoas (...). É possível trabalhar profundamente o tema Missões precisamente para que ele colabora na construção de um mundo novo que todos nós sonhamos”.

Na experiência missioneira, de fato, existem “elementos fundantes de compreensão”, que trazidos para a realidade de hoje podem ajudar em processos de inclusão também dos descendentes dos indígenas que habitavam o continente americano:

“Temos um evento histórico cultural extremamente importante para essa ideia de formação de um mundo novo. O planeta está precisando de luzes, de sustentabilidade, de como lidar com essas coisas todas e as Missões tem para fornecer para a humanidade um exemplo magnífico de fraternidade, de amor, de carinho, de sustentabilidade, e que pode ser um bom exemplo para a humanidade nesse procurar que estamos no dia de hoje.”

Vista panorâmica das ruínas de São Miguel
2026 Ano das Missões Jesuítico-Guaranis


Com o decreto N° 576.368 de 18 de dezembro de 2023, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul instituiu o ano de 2026 como dos 400 anos das Missões Jesuíticas Guaranis no Estado. A este respeito, José Roberto de Oliveira recorda que o dia 3 de maio de 2026 marca os 400 anos da fundação da Redução de São Nicolau, do início do processo de cristianização e o início do Estado do Rio Grande do Sul.

Ele essalta que “obviamente moravam indígenas de várias nações no conjunto do Rio Grande do Sul, muito anterior, de 12 mil anos, de 7 mil, 2.500 anos, e na ocupação eles estavam distribuídos em todo esse território e obviamente por toda a América.”

Neste sentido, acrescentamos a informação de André Luís Freitas da Silva, que em sua dissertação de Mestre em História intitulada “Reduções Jesuítico-Guaranis: espaço de diversidade étnica”, recorda “que em um conjunto de 57 reduções organizadas por jesuítas e populações nativas ao longo de 159 anos, 25 foram constituídas por grupos diferentes entre si, cultural e linguisticamente”, e que “a ideia de que as reduções eram habitadas só por Guarani está historicamente vinculada à política colonial iniciada no século XVI, de reduzir a vasta diversidade étnica a uns poucos grupos considerados principais”.


E para quem pretende visitar a região, também no contexto dos festejos, existem várias opções culturais, que envolvem o contato com parte dessas reduções. Para tal, o Aeroporto de Santo Ângelo recebe três voos semanais, houve melhorias na malha rodoviária, o que facilita o deslocamento de turistas na região. Para queles que planejam uma imersão a pleno título na realidade, na história e na espiritualidade missioneira, existe o Caminho das Missões em suas várias versões: desde aquela internacional, de 30 dias - que parte da primeira Redução no Paraguai, San Ignacio Iguazu, passando pelo conjunto das oito Reduções paraguaias, depois as 15 na Argentina, as brasileiras, chegando até Santo Ângelo, que é o ponto final, o encontro com seu Anjo da Guarda- até a caminhada de um dia.

A região recebe muitos turistas, “gente em busca dessa espiritualidade de entendimento do que foi essa experiência missioneira, no passado, e que compõe quais necessidades que temos de um mundo melhor nos dias atuais”, diz José Roberto.

*José Roberto de Oliveira é de Santo Ângelo (RS), engenheiro de formação, na área da Topografia e Cartografia; foi por longo tempo docente na URI (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões); diretor de desenvolvimento do Turismo no Rio Grande do Sul; um dos fundadores do Ministério do Turismo; criador em 2012, junto com os jesuítas, mais argentinos e paraguaios, da “Nação Missioneira”; foi criador do Circuito Internacional Missões Jesuíticas e representante brasileiro no Mercosul, também em função de seu envolvimento no tema das Missões.

sábado, 17 de fevereiro de 2024

RESISTÊNCIAS SAGRADAS: DEMOLIÇÃO E RECONSTRUÇÃO DO PÁTIO DO COLÉGIO EM SÃO PAULO

A palestra pretende apresentar como a dimensão religiosa fortaleceu o processo de devolução do terreno do Pátio do Colégio para a Companhia de Jesus em 1954 e, posteriormente, a reconstrução do conjunto arquitetônico, iniciada a partir de 1955. Analisando a permanência e a manutenção da memória do conjunto jesuíta a partir de 1810 até a devolução do terreno para a ordem e o início da construção do conjunto a partir da década de 1950, além da dispersão e da preservação de objetos tidos como sagrados oriundos das antigas edificações do Pátio do Colégio, busca-se entender como grupos ligados à Igreja Católica e, em especial, à Companhia de Jesus influenciaram no retorno do caráter sagrado desse território gradativamente secularizado a partir da expulsão dos jesuítas no século XVIII, auxiliando na reconstrução e validação do conjunto religioso.

Palestrante:
João Carlos Santos Kuhn
Professor Arquiteto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Escola da Cidade (SP), Doutor em História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo pela FAU/USP (2017-2022) com período de pesquisa no exterior pela Pontifícia Universidad Catolica de Chile – Santiiago (2019 – 2020) e Mestre em História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo pela FAU /USP (2013 – 2016).

Data: 24 de fevereiro de 2024 (sábado)
Horário: 11h00
Não é necessário fazer inscrição.
Informações: (11) 3322-5393
Whatsapp: +55 (11) 99466-6662
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz
Estacionamento Gratuito: Rua Jorge Miranda, 43 – Luz (sujeito a lotação)

Para participar basta trazer um 1kg de alimento não perecível.
Iniciativa faz parte do projeto “Marmitas do Bem – Orar&Ação”, distribuição de marmitas e kits alimentares todas as quintas feiras no pátio do Museu de Arte Sacra de São Paulo.
Ex: Macarrão – molho de tomate – arroz – feijão – óleo

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE PINTURA SOBRE CAVALETE – MÓDULO I – 2024

O curso de Conservação e Restauração de Pintura sobre Cavalete, visa preparar o aluno para o estudo e na obtenção de habilidades técnicas práticas, bem como conhecimentos históricos e teóricos para a realização de trabalhos no âmbito específico ao restauro de Pintura sobre Cavalete, de forma responsável e ética, seguindo as diretrizes, resoluções, as cartas e conselhos internacionais e nacionais.

OBJETIVO
O Curso pretende informar e atualizar o discente, científica e tecnicamente para o exercício da prática na área de conservação e restauração de pintura sobre cavalete, possibilitando a produção e o conhecimento, incentivando discussões que considerem os avanços tecnológicos contemporâneos e seus efeitos subjetivos.

METODOLOGIA DE ENSINO
A didática do NAR – Núcleo de Artes, Conservação e Restauração, é a apresentação de aulas teóricas expositivas, com apresentações de Power Point e aulas práticas.

O conteúdo engloba e aborda os procedimentos adotados no restauro de pinturas sobre cavalete, nas diversas fases de intervenção. Desde a avaliação preliminar de danos e retirada da obra, passando por documentação, ética profissional, restauro até a entrega da obra ao local de origem. Em busca de nosso objetivo, que é formação e/ou informação acadêmica, introduzimos no mercado cursos com aulas práticas e teóricas. Entendemos que restauração se aprende na prática e em nosso curso os alunos aprendem a restaurar, restaurando.

CORPO DOCENTE
Professora Doutora Taís Cabral – Artes e Técnicas
Professor Doutor José Wilson C. Carvalho – Química Aplicada à Conservação e Restauração
Professor Especialista Cláudio Nadalin – Fotografia Aplicada à Conservação e Restauração
Professora Especialista Josy Morais – Práticas de Laboratório
Professora Especialista Ann Elyse Santos – Práticas de Laboratório

VALOR DO CURSO

10 parcelas mensais e sucessivas de: R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) – Pagamento até o dia 05 com desconto: R$ 490,00 (quatrocentos e noventa reais).

GRADE (clique para baixar pdf)


Grade

INFORMAÇÕES E MATRÍCULAS:
Carga horária: 120 horas
Informações: WhatsApp (21) 99135-0800 – Marcele Simões
Inscrições: nar.contato@gmail.com
O MAS – Museu de Arte Sacra de São Paulo – fornecerá o Certificado ao final do curso.

sábado, 27 de janeiro de 2024

O inventário do padre fotógrafo de 35.000 negativos


Coroas da igreja de San Martiño de Bueu SALVADOR ARES ESPADA

O Arquivo Diocesano de Santiago conclui catálogo e prepara acesso pela internet ao legado de Salvador Ares

Salvador Luís Ares Espada viveu parte da sua vida colado a uma câmara. Colocou-o ao pescoço quando, já ordenado sacerdote, foi nomeado delegado da Comissão Diocesana de Arte Sacra da diocese de Compostela , no início dos anos setenta . O desafio foi lançado para inventariar fotograficamente todo o património artístico das 1.070 freguesias dependentes da Sé Catedral de Santiago , de Abegondo a O Morrazo. As vistas exteriores dos templos, a sua disposição interior, os retábulos, o imaginário e o enxoval litúrgico motivaram a estilização que fez de todas as paróquias e que foi captada em 35.000 negativos.

Alguns deles acabam de ver luz num catálogo elaborado pelo Arquivo Histórico Diocesano centrado nas paróquias da província de Pontevedra e que foi subsidiado pelo Conselho Provincial de Pontevedra.

A colegiada de Cangas , a igreja de San Martiño de Moaña , o interior de ambas, as coroas de San Martiño de Bueu ou o templo marinense de Ardán compõem o acervo de Pontevedra Revelada com o qual Ares Espada informava sobre o património paroquial. A partir do objetivo inicial de formar um inventário puro, o sacerdote e professor do Instituto Teológico de Compostela e da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Santiago passou também a recolher a vida da sociedade galega num momento de transição política e social.


Milhares de suas fotografias já foram escaneadas, tratadas e digitalizadas, mas boa parte do legado do professor Salvador Ares ainda permanece por ser gerenciado, para que depois de concluído fique acessível para consulta na internet , como pretende o Arquivo Histórico Diocesano de Santiago.

No recém-concluído catálogo do património paroquial da província de Pontevedra, os seus coordenadores salientam que “nesta publicação transpõe-se o trabalho de registo do Professor Ares Espada, avançando para a arte fotográfica através do documentalismo e de um enfoque claro”.


“Tudo é tão quotidiano, e tudo é tão transcendente, eco de um tempo nem melhor nem pior, o nosso tempo, daqueles que foram e de nós que somos filhos e filhas de uma esperança que não se apaga”, explica. no prólogo da compilação fotográfica o Arcebispo de Santiago de Compostela, Francisco José Prieto Fernández .

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