terça-feira, 30 de junho de 2015

Concluída na Itália a restauração da chamada “Capela Sistina de Milão”

Milão - Itália 

O antigo templo de São Maurício de Milão, propriedade das religiosas Beneditinas até a supressão do convento por parte de Napoleão, terminou as obras de restauração que permitem apreciar as notáveis obras de arte sacra que lhe mereceram o título de "Capela Sistina de Milão". Durante quase 30 anos se realizaram notáveis esforços graças a donativos anônimos para revelar os afrescos e pinturas ocultos pela passagem do tempo.



"Em 1985, quando começamos a trabalhar, o templo estava em um estado de absoluta degradação", explicou à imprensa Paola Zanolini, diretora do projeto de restauração. "A operação de limpeza foi de longe a mais difícil, devido a que uma crosta negra que cobriu as cores brilhantes características da pintura lombarda do século XVI descansava sobre uma pintura muito frágil". Além da perda das cores, a edificação apresentava infiltrações de água e sedimentos de sais por esta causa.

O mosteiro foi edificado na era carolíngia e o templo atual foi concluído em 1509, seguindo as normas da clausura, por quanto existem duas partes separadas: a pública e a destinada às religiosas. Durante a maior parte do século XVI se continuou a rica decoração do interior do templo, principalmente com o patrocínio da família Bentivoglio, a qual pertenciam quatro religiosas. O convento foi expropriado por Napoleão e os desenvolvimentos posteriores em torno do mesmo, como a construção de vias e edificações circundantes, comprometeram sua conservação, originando rachaduras e infiltrações que afetaram notavelmente as obras de arte.

As decorações internas do antigo templo incluem obras dos discípulos de Leonardo Da Vinci, entre os quais se destaca Bernardino Luini. A conclusão da obra em 1570 incluiu trabalhos na fachada, afrescos na contra fachada e a peça principal do altar, feitos pelo artista Antonio Campi. (GPE/EPC)

Fonte: Gaudium Press

Sacred Art School Firenze


Cursos da Escola de Arte Sacra de Florença (para o Biênio de 2015-2017)

Veja o Filme Institucional


Aqui você pode ter todas as informações sobre a formação da Escola de Arte Sacra de Florença.

Curso de Artesanato e Arte Sacra

Curso de Ourivesaria

Curso de Desenho e Pintura à óleo

Curso de Escultura

Fonte: Sacred Art School Firenze

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Curso Livre: A utilização do Ouro na Arte



Museu de Arte Sacra de São Paulo promove o Curso Livre "Expressões na Arte Sacra" sobre o tema "A Utilização do Ouro na Arte", com a Profa. Silvana Borges, arquiteta, artista plástica e arteterapeuta, especialista em conservação e restauro de Bens Culturais, profissional filiada ao ICOM, CEIB e ABRACOR.

CONTEÚDOS 
Teóricos: 
  • A simbologia do ouro na História da Arte
  • A aplicação do ouro na escultura, na talha e na pintura
  • O ouro na Arte Sacra Barroca
  • Materiais tradicionais e as técnicas contemporâneas de douração
  • Introdução à douração com mordente acrílico
Desenvolvimento de atividade plástica: 
  • Pintura sobre tela preparada com douração

Cada participante deverá trazer dois pincéis redondos macios n. “2” e “0”, também poderá trazer seu material próprio de pintura a óleo, caso possua.
O restante do material para utilização na oficina está incluso.
Quando: 04/07 (sábado)
Horário: 9h às 12h30
Carga horária: 3h30
Vagas: 25
Valor: R$110
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br
Informações: (11) 5627.5393
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 | Metrô Tiradentes.
Estacionamento pago no local: Rua Jorge Miranda, 43.

IX Congresso Mariológico


A ICONOGRAFIA DE APARECIDA - A Teologia da Imagem

O que são imagens? São figuras que representam em diversas circunstâncias da vida pessoas que são queridas.

Imagens são sinais. São uma necessidade do nosso dia-a-dia. Delas, Deus se serve para manifestar sua vontade, sua presença, sua providência.

A Imagem de Nossa Senhora Aparecida, tirada das águas do Rio Paraíba no ano de 1717 tornou-se um grande sinal da manifestação de Deus entre nós. “No Brasil, ela quis se manifestar, prodigiosamente, através de sua Imagem salva das águas, e ser chamada – Nossa Senhora ‘Aparecida’”.

A Imagem de Aparecida tem o que nos dizer, espiritualmente, teologicamente e de forma artística:

Sua forma sorridente nos lábios; a perfeição das mãos postas; as flores em relevo no cabelo; sua aparência de mulher grávida; a meia lua que serve de pedestal; a cor enegrecida que fez perder a policromia que lhe era própria; os muitos anos no fundo do rio; o tempo, circunstâncias; bem como os “benditos” pescadores que durante uma pesca movida por esperança a tira nas malhas de suas redes...

O tema escolhido para o IX Congresso da Academia Marial de Aparecida, tem como objetivo conduzir seus participantes à oração, reflexão e pesquisa sobre a ICONOGRAFIA DE APARECIDA - Teologia da Imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Neste ano em que celebramos 30 anos de fundação da Academia Marial de Aparecida, tempo de preparação para celebrar 300 anos do encontro da Imagem de Aparecida, você é nosso convidado especial. Bem-vindo ao IX Congresso Mariológico!

Data do Congresso: 10 a 13 de setembro de 2015

Local: Auditório Pe. Noé Sotilo – Santuário Nacional

Informações e Inscrições aqui

Fonte: A12

domingo, 28 de junho de 2015

Festival Internacional de Polifonia Portuguesa reúne concertos e visitas guiadas a igrejas

A Fundação Cupertino de Miranda organiza de 2 a 12 de de julho o V Festival Internacional de Polifonia Portuguesa, que inclui no programa, além de oito concertos, a atuação do ator e encenador Luís Miguel Cintra.



As interpretações contam com a participação da Cappella Musical Cupertino de Miranda «e de dois importantes nomes da música internacional, Juan Carlos Rivera (vihuelista) e Maurizio Croci (organista)».

Os concertos do festival, que se realiza pelo quinto ano consecutivo, têm entrada gratuita, sendo antecedidos de visitas guiadas às igrejas.

Programa


2/7
Igreja de Santa Maria de Landim, Famalicão
21h00: Visita guiada
21h30: Concerto

3/7
Igreja de São Francisco, Porto
21h00: Visita guiada
21h30: Concerto

4/7
Igreja de Bom Jesus, Braga
21h00: Visita guiada
21h30: Concerto

5/7
Igreja de Santa Cruz, Coimbra
16h00: Visita guiada
16h30: Concerto

9/7
Igreja de São Victor, Braga
21h00: Visita guiada
21h30: Concerto

10/7
Salão Nobre do edifício da Reitoria da Universidade do Porto, Praça dos Leões, Porto
14h30: Seminário "O Barroco e a Polifonia em Portugal"

10/7
Igreja de São Lourenço, Igreja dos Grilos, Porto
18h00: Sermões do Padre António Vieira, por Luís Miguel Cintra

18h30: Visita guiada
19h00: Concerto

11/7
Igreja de São Gonçalo, Amarante
21h30: Visita guiada
22h00: Concerto

12/7
Igreja do Mosteiro de São Martinho de Tibães, Braga
18h00: Visita guiada
18h30: Concerto


Texto de Rui Jorge Martins
Publicado em 15.06.2015 Fonte: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Clique no site Oficial para saber mais: V Festival Internacional de Polifonia Portuguesa

sábado, 27 de junho de 2015

A GRANDEZA NA LITURGIA APONTA PARA A BELEZA DE DEUS

Uma ótima reflexão retirada do site: Catolicismo Romano.



A Grandeza na Liturgia CatólicaO Papa Pio XII, em sua encíclica sobre a sagrada Liturgia, explicava que "todo o conjunto do culto que a Igreja rende a Deus deve ser interno e externo".

Esta realidade decorre da própria constituição humana, ao mesmo tempo física e espiritual, e da vontade do Senhor, que "dispõe que pelo conhecimento das coisas visíveis sejamos atraídos ao amor das invisíveis".

Este ensinamento explica porque os atos litúrgicos da Igreja sempre foram realizados em templos majestosos, com materiais tão nobres e paramentos trabalhados com inúmeros detalhes. Assim é, não porque a Igreja esteja apegada aos bens materiais ou preocupada em entesourar riquezas, mas porque ao Senhor deve ser oferecido sempre o melhor e o mais belo.

Assim pensava São Francisco, o poverello de Assis. Ele passou toda a sua vida como um pobre entre os pobres, mas, quando falava de Jesus eucarístico, condenava o desprezo e o pouco caso com que muitos celebravam os santos mistérios. Em uma carta aos sacerdotes, Francisco pedia a eles que considerassem dentro de si "como são vis os cálices, os corporais e panos em que é sacrificado" muitas vezes nosso Senhor. E insistia: "Onde quer que o Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo for conservado de modo inconveniente ou simplesmente deixado em alguma parte, que o tirem dali para colocá-lo e encerrá-lo num lugar ricamente ordenado".

Na França do século XIX, os lojistas comentavam entre si: "No campo há um pároco magro e mal arranjado, com ares de não ter um centavo no bolso, mas que compra para sua igreja tudo o que há de melhor". Era São João Maria Vianney, que vivia em pobreza extrema, mas não hesitava em ornar a casa de Deus com o mais nobre e o mais digno. Em 1820, escreveu ao prefeito de Ars:

"Desejaria que a entrada da igreja fosse mais atraente. Isso é absolutamente necessário. Se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência das entradas, com maior razão as das igrejas devem ser suntuosas".

Toda esta preocupação do Cura d'Ars mostrava um verdadeiro amor a Deus e às almas. Ele encheu a igreja de sua cidade com belíssimas imagens e pinturas, porque, dizia ele, "não raro as imagens nos abalam tão fortemente como as próprias coisas que representam". O santo francês compreendia mais do que ninguém como não só era possível, mas também salutar, que o material e o terreno apontassem para as realidades celestes.

No entender do cardeal Giovanni Bona, um monge cisterciense do século XVII citado por Pio XII, "Se bem que, com efeito, as cerimônias, em si mesmas, não contenham nenhuma perfeição e santidade, são todavia atos externos de religião que, como sinais, estimulam a alma à veneração das coisas sagradas, elevam a mente à realidade sobrenatural, nutrem a piedade, fomentam a caridade, aumentam a fé, robustecem a devoção, instruem os simples, ornam o culto de Deus, conservam a religião e distinguem os verdadeiros dos falsos cristãos e dos heterodoxos."

Percebe-se, deste modo, como pondera mal quem diz que a beleza das igrejas do Vaticano e o esplendor dos vasos e ornamentos sagrados deveriam ser renunciados, como se, com isto, a Igreja estivesse se exibindo indevidamente ou ofendendo os mais pobres.

Quem pensa desta forma ainda não compreendeu o que é verdadeiramente a Liturgia e qual é o seu verdadeiro tesouro. Não entendeu que até os sinais externos das ações litúrgicas, manifestados especialmente na Santa Missa, devem indicar Aquele que é a Beleza. E não pense que, persistindo nesta mentalidade, diverge em um ponto pouco importante da fé da Igreja. Nunca é tarde para recordar o anátema do Concílio de Trento: "Se alguém disser que as cerimônias, as vestimentas e os sinais externos de que a Igreja Católica usa na celebração da Missa são mais incentivos de impiedade do que sinais de piedade — seja excomungado". 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Oficina de Arte: Oratórios

As equipes do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas e do Museu Anchieta esperam por vocês no Pateo do Collegio para uma oficina de arte que abordará a história e uso dos oratórios! Não percam!


Data: 28/06/2015
Às 14h
Público: Infanto-Juvenil
Local: Jardim Interno do Pateo do Collegio 
Praça Pátio do Colégio, 84
Centro — São Paulo — SP
Telefone: (11) 3105 6899
Entrada Gratuita
Inscrições pelo e-mail: agendamento@pateocollegio.com.br


Fonte: Página do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas

A "sagrada" família de Rembrandt

É conhecida a expressão que define a Escritura como o «grande códice» da civilização ocidental, ou seja, o ponto de referência não só para a fé, mas também para a cultura de todos. Basta cruzar a entrada de uma pinacoteca ou estudar a literatura dos séculos passados para constatar que boa parte da arte e dos escritos é incompreensível sem a Bíblia.

Um dos muitíssimos temas sagrados representados é a cena familiar de Maria, José e do pequeno Jesus dispostos quase como que em pose, como acontece nos nossos dias nos instantâneos fotográficos das famílias. O mais comum destes quadros, que no passado marcou presença em muitas casas cristãs, é a Sagrada Família de Bartolomé E. Murillo (1617-1682), pintor espanhol de Sevilha, conservado no Museu do Prado, em Madrid.

Quanto a mim, gostaria de propor outra tela. Há alguns anos, ao visitar o Museu Hermitage de S. Petersburgo, fiquei durante longo tempo na sala onde estão colocadas várias obras de Rembrandt, grande pintor e gravador holandês do séc. XVII. Conquistou-me, com efeito, a sua extraordinária releitura da denominada “parábola do filho pródigo”, do Evangelho segundo Lucas (11, 11-32), centrada na figura do pai que acolhe a abraça o filho.

Naquela ocasião descobri uma curiosa e doce Sagrada Família que o artista terá pintado cerca do ano 1645. A representação respondia a um critério típico da arte cristã: “atualizar” o texto bíblico, incarnando-o na existência quotidiana. Neste caso, impressiona Maria, que, toda inclinada sobre o berço do seu pequenino, como uma mãe cuidadosa, ajeita uma pequena coberta sobre a parte superior, com a mão direita, enquanto que na esquerda segura uma Bíblia.

É significativa a atmosfera realista desta pequena cena, mesmo no menino Jesus que dorme placidamente e que Maria quer proteger da luz com o pano que estende. A ternura do conjunto revela um aspeto “atualizante”: Rembrandt tinha experimentado mais de uma vez na sua vida a perda de um filho recém-nascido. O quotidiano continua a manifestar-se com a figura de José, concentrado no seu trabalho de carpinteiro. E é precisamente no seu gesto – como no de Maria – que se entrevê a dimensão teológica que o pintor queria atribuir ao retrato.

José, com efeito, está a trabalhar um tronco, e a forma resultante, ainda ambígua, pode ser a de um jugo, que recorda a frase de Jesus: «O meu jugo é suave e o meu fardo é leve» (Mateus 11,30). Ou poderia tratar-se do poste evocativo da cruz, o último destino terreno daquele Menino.

O gesto da Mãe poderia aludir à cobertura de Cristo com a pedra tumular. Muitos ícones russos, efetivamente, a partir da Escola de Novgorod (séc. XV), representam a manjedoura em que é deposto o pequeno Jesus como um sepulcro. E os anjos em voo na tela de Rembrandt confirmam esta interseção, na família de Nazaré, entre divino e humano, entre história e eternidade.



Sagrada Família | Rembrandt | Museu Hermitage, S. Petersburgo, Rússia | D.R.

Card. Gianfranco Ravasi
Presidente do Pontifício Conselho da Cultura
In "Famiglia Cristiana"
Trad. / edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 6.1.2015 Fonte: SNPC - Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Arte e espiritualidade: O coração de Cristo


O coração, na Escritura, não é a sede dos sentimentos mas dos pensamentos mais profundos e das decisões. Olhar o coração de Cristo significa reportar-se às escolhas fundamentais da existência que apelam a fazer-se verdade em nós mesmos e nos outros.

Hoje já não se fala dos Novíssimos [realidades diretamente relacionadas com o fim último da pessoa], todavia o drama da morte e da finitude da vida entra nas nossas casas a casa dia através das notícias: as calamidades naturais, as perseguições contra os cristãos, os homicídios mais absurdos.

Em tempos, a pregação e as imagens disseminadas nos livros de oração ou nas igrejas ajudavam muito a fixar o olhar sobre o próprio coração e sobre as consequências das escolhas mais secretas. Entre as variadas, a iconografia ligada ao Sagrado Coração difunde-se sobretudo após 1650, ou seja, depois das aparições do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria Alacoque.

Contudo, fazia tempo que o coração de Jesus era venerado enquanto modelo das virtudes cristãs. Alonso Cano, pintor e escultor espanhol, representa, já em 1636, uma curiosíssima imagem do Coração de Jesus.

O divino infante está sentado com um hábito cinzento, gasto, sinal daquele lençol que o envolve na última hora e aqui tingido de cinza da morte. Parece adormecido, e a esta interpretação nos dirige o título: Jesus Menino com o coração em chamas, ferido de amor, "Ego dormio et cor meum vigilat".

Sim, eu durmo mas o meu coração vigia: as palavras da esposa do Cântico dos Cânticos são postas aqui na boca do esposo, Cristo, que, no sono da morte, vigia sobre todas as nossas feridas. É evidente, de resto, a ferida do coração sobre a qual Jesus se senta, indicando assim o abandono ao seu destino numa oferta sem segunda escolha.

Os olhos, ainda que fechados, veem-nos, perscrutando as nossas respostas. O dedo mindinho não está escondido na bochecha com os outros, e parece já avermelhado daquele sangue que derramará na cruz.


Alfonso Cano | D.R.


Diante de imagens semelhantes, Santa Teresa de Liseux amadureceu o seu pequeno caminho, educando-se a viver na profunda consciência do próprio limite e na infinita confiança na misericórdia de Deus.

O manto verde, que o Menino Jesus toca com a mão direita, é símbolo daquela vida que, diferentemente de nós, Ele pode dar e retomar.

Assim, o fiel, rezando diante dessas imagens, era impelido a olhar as agruras da vida presente com a confiança de ser guardado pelo olhar e amor do Salvador, o qual, não obstante o aparente silêncio, continua a velar por nós com a ternura de um pai e a força salvífica do seu sacrifício.

Outra obra, fruto de um anónimo peruano do séc. XVII, oferece-nos a efígie do Menino Jesus pintor, que ilustra aos seus fiéis as verdades últimas. Jesus não está dentro de um ateliê, mas entre as paredes do seu coração, modelo de verdade e simplicidade, e por isso modelo a imitar para alcançar a vida eterna.

Jesus, enquanto segura a paleta e o pincel, volta o olhar para nós, provocando-nos a uma resposta. O seu corpo está entre o paraíso e a ressurreição última, em que se verá o juízo (ao alto) e a morte e o inferno (em baixo).

Sondar o inconsciente nem sempre é fácil, e muitas vezes as motivações do nosso agir escapam a nós próprios. É por isso que em torno do coração de Cristo estão representados alguns personagens que oferecem as ajudas necessárias para se compreender a si próprios, os outros, e enfrentar a viagem da vida.


Anónimo peruano | D.R.


À esquerda encontramos as virtudes teologais: a caridade pede um coração materno para todos: a criança que amamenta, filho natural, e outra criança que curiosamente indica a segunda virtude, a esperança. Esta lê a Escritura, certa de nela encontrar o fundamento do seu esperar; aos pés tem a âncora da salvação que impede de se perder nas borrascas da vida.

De pé e com o olhar dirigido a nós, como Cristo, está a fé, que segura o Santíssimo Sacramento, onde o olhar se purifica e reencontra a justa leitura dos acontecimentos.

Os anjos da tela são Gabriel, Miguel e Rafael, testemunhas dos dons divinos: o anúncio de Cristo (a fé); a vitória última contra o mal (a esperança); a cura que Deus tem para nós (a caridade).

O selo da cena é a Trindade: o Pai coloca a cabeça de fora, observando a obra do Filho e enviando o Espírito Santo.

Também nós, hoje, como o antigo fiel de Cusco, olhando para esta imagem aprendemos a confiar-nos ao divino artista, obtendo as cores das virtudes cristãs para fazer da nossa vida uma obra-prima.

Gloria Riva
In "Avvenire"
Trad.: Rui Jorge Martins
Publicado em 17.06.2015  Fonte: SNPC Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

domingo, 21 de junho de 2015

A utilização do ouro na arte



Museu de Arte Sacra de São Paulo promove o Curso Livre "Expressões na Arte Sacra" sobre o tema "A Utilização do Ouro na Arte", com a Profa. Silvana Borges, arquiteta, artista plástica e arteterapeuta, especialista em conservação e restauro de Bens Culturais, profissional filiada ao ICOM, CEIB e ABRACOR.


CONTEÚDOS 
Teóricos: 
  • A simbologia do ouro na História da Arte
  • A aplicação do ouro na escultura, na talha e na pintura
  • O ouro na Arte Sacra Barroca
  • Materiais tradicionais e as técnicas contemporâneas de douração
  • Introdução à douração com mordente acrílico
Desenvolvimento de atividade plástica: 
  • Pintura sobre tela preparada com douração

Cada participante deverá trazer dois pincéis redondos macios n. “2” e “0”, também poderá trazer seu material próprio de pintura a óleo, caso possua.
O restante do material para utilização na oficina está incluso.
Quando: 04/07 (sábado)
Horário: 9h às 12h30
Carga horária: 3h30
Vagas: 25
Valor: R$110
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br
Informações: (11) 5627.5393
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 | Metrô Tiradentes.
Estacionamento pago no local: Rua Jorge Miranda, 43.
O Museu fornecerá certificado de participação.

sábado, 20 de junho de 2015

Curso de Arte Sacra - "Patrimônio Sacro: História, Preservação, Restauro"



Patrimônio Sacro: História, Preservação, Restauro

Marcos Tognon (UNICAMP) Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Ribeirão Preto (1988), mestrado em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (1993) e doutorado em Storia Della Critica D'arte - Scuola Normale Superiore Di Pisa (2002). Atualmente é professor doutor da Universidade Estadual de Campinas, na área de História da Arte. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em História da Arquitetura e Urbanismo e Restauro dos Bens Culturais Edificados, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Arquitetura no Brasil, História da Conservação do Patrimônio Histórico-Artístico, Crítica de Arquitetura, História das Técnicas construtivas históricas e Inovação Tecnológica do Restauro Arquitetônico. É coordenador do I.P.R. (Inovação e Pesquisa para o Restauro) da Agência de Inovação da UNICAMP e conselheiro do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), mandato 2006-2008.

O curso tem como objetivos estudar a história e a formação da Arquitetura Religiosa no Brasil, suas tipologias e configurações entre os séculos XVI e XX, e as respectivas iniciativas de valorização e de restauro desse patrimônio sacro nos dias de hoje.
Entre os principais conteúdos está a capacitação dos participantes na intepretação das tipologias, estruturas compositivas, técnicas construtivas e ambiências urbanas dos monumentos religiosos católicos brasileiros nas principais cidades e capitais brasileiras. Serão apresentados também as principais referências na preservação do patrimônio sacro, desde as cartas legislações válidas no Brasil, assim como as indicações da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja, instituída em 1988 pela V.S. Papa João Paulo II.

Programação
14.09:A origem das tipologias religiosas no Brasil Colonial;
15.09:O repertório formal, artístico e técnico do Patrimônio Sacro Brasileiro edificado (séculos XVI-XX);
16.09:As políticas de preservação no Brasil;
17.09:Cartas Patrimoniais, Legislação e as Indicações Pontifícias;
18.09:O restauro do patrimônio sacro: estudos de casos brasileiros 1930-2010;
19.09:Visita ao centro histórico da cidade de Cachoeira (sábado).

Local: Mosteiro de Nossa Senhora da Graça
Av: Princesa Leopoldina, 133
Período:14 a 19 de setembro de 2015
Horário: 17h a 20h

Investimento: 350,00


Hotéis e hospedagem* | Hotels and Accommodation
multirotasturismo@gmail.com
Tel: (71) 4102-5860/9144-2215
Sr. Walter Doria 

Solicite a ficha de inscrição: saobentoarte@gmail.com

Depósito Bancário:
Conta Corrente em nome do Mosteiro de São Bento:
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 1416 Operação: 003 C/C: 866-3


Fonte: Patrimônio Sacro

Igreja do Rosário de São Gonçalo do Rio das Pedras - MG


Igreja do Rosário de São Gonçalo será entregue para a comunidade no próximo domingo, 28 de junho:

Graças ao anseio da comunidade e uma parceria da Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio com a empresa Anglo American, a Igreja do Rosário de São Gonçalo do Rio das Pedras, monumento do século XVIII, foi totalmente restaurado.

Pintura, adro, altares e forros que estavam em ruínas foram completamente restaurados. As imagens foram guardadas no Museu Casa dos Ottoni no período da reforma mas já retornaram para seus postos.

A obra iniciou-se em janeiro de 2014 e será entregue para a comunidade, serranos e visitantes no próximo domingo, 28 de junho, às 9:00 da manhã.

A entrega será feita propositalmente nesta data já que estaremos no período da tradicional Festa do Rosário, de 26 de junho a 06 de julho.

A empresa Anima Conservação Restauração e Artes de São João Del Rey, comandada pelo restaurador Gilson Felipe Ribeiro e equipe, foi a executora da empreitada.

A Anglo American é a financiadora do projeto no valor de R$ 704.910,97 mil reais.

Mais informações na Sec. Cultura: (38) 3541-2754.

Antes:

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Fotos: Reforma da Igreja do distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras - Gilmara Paixão

Durante:

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Fotos Gilmara Paixão: Igreja do Rosário de São Gonçalo do Rios das Pedras em reforma.
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Fotos: Traslado da imagens restauradas do Museu Casa dos Ottoni(Serro) para Igreja de São Gonçalo do Rio das Pedras

Depois:

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Fonte: Prefeitura Municipal de Serro

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O sumiço dos santos


“[…] a santa saiu do andor, deu um passo adiante, ajeitou as pregas do manto e se mandou”. (J. Amado, O Sumiço da Santa)

Senhora Sant’Ana pondo sua Santa Menina no chão ajeitou manto e véu, jogou o livro para o alto e, erguendo o braço direito, gritou do alto de seu altar “Chega! Cansei! Vocês que se virem! Vou descansar!”. Nada mais justo! Há um ano, Ana, a honorável padroeira de Tucano, pediu férias e se retirou com sua filha de colo dos limites da paróquia que chefia desde o século XVIII. A matriarca católica por mais de 260 anos comanda os ditames divinos do lugar sem nunca ter parado para qualquer descanso merecido. Cansada da mesmice municipal, das chanchadas políticas clichês da cidade e um tanto assustada com certos levantes violentos que atormentam Tucano, Ana partiu de malas e cuia. Antes de ir, encomendou o “restauro” de seu altar carcomido pelos anos e pelo mau zelo de sucessivos padres e fiéis. Sendo uma Senhora generosa, a santa padroeira levou consigo além de seu bebê, o Santo Antônio de Pádua (antigo padroeiro de Tucano), a Nossa Senhora do Rosário, o São José e o Cristo Crucificado, todos residentes e domiciliados na matriz há séculos.

As merecidas férias divinas duraram quase um ano. Viajaram para Alagoinhas, onde Santo Antônio é orago e, portanto, teriam hospedagem garantida e confortável. Lá, os cinco santos além de passearem à la vonté pela cidade, aproveitando a brisa marinha vinda do recôncavo, trataram de procurar alguém que lhes retocasse as cores escurecidas pela fuligem das velas e as lascas arrancadas pelos cupins e quedas de andor. Procuraram e encontraram. Por lá, deixaram-se demorar enquanto Tucano jazia em desproteção patronal. Mas Sant’Ana sabia que se podia tardar, afinal o “restauro” feito em seu trono/altar iria demorar e a matriz não estava de toda desprotegida, pois deixara alguns outros santos mais novos regendo as demandas dos fiéis do município. Boa padroeira que é, Ela sempre esteve atenta mesmo que de longe, foram sucessivos os telefonemas, cartas e e-mails para a Nossa Senhora das Graças e para o Sagrado Coração de Jesus para saber como andavam as coisas na sua ausência, mas a resposta era sempre a mesma “Se acalme, minha senhora, pior do que está não fica!”. E assim, Sant’Ana e sua corte prolongaram sua estada na cidade de Alagoinhas.


Mas houve o dia do retorno. Com o altar pronto, a padroeira foi comunicada que deveria voltar para assumir seu trono sobre os mortais tucanenses. E Ela que já estava acostumada ao clima da cidade estrangeira e com a boa vida de turista, relutou em ir, mas cedeu ao chamado “Se é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, diga ao povo que eu vou!”. Chamou os santos que a acompanharam e disse que era preciso arribar. Mas o Santo Antônio e a Nossa Senhora do Rosário não ficaram satisfeitos com a ideia de regresso e fizeram coro, disseram para Ela “Para lá, não voltamos! Ponham alguém no nosso lugar!” e não voltaram.

No dia 27 de abril deste ano, Sant’Ana e sua comitiva foram reempossados no altar-mor da igreja matriz de Tucano. A imagem que data do final do século XVIII, encomendada pelo próprio Frei Apolônio de Todi (restaurador da matriz e construtor das capelas de Monte Santo), chegou com feições mais vivas, sombra nos olhos, lábios encarnados, coroa e resplendor novos. O São José também ganhou maquiagem nova, tintura nas vestes e seus lírios de prata foram emendados e lustrados, porém deixou de ostentar seu antigo e belo resplendor que exibia uma valiosa opala.


O Cristo Crucificado teve os braços emendados e 
ganhou adornos na cruz e resplendores prateados. Mas a Nossa Senhora do Rosário e o Santo Antônio não são os mesmos! As duas imagens seculares em estilo barroco cederam lugar para duas outras mais novas e pobres em profundidade estilística. Nossa Senhora do Rosário está menos imponente, seu Menino Deus não tem a mesma graça e a leveza do antigo, suas vestes não são mais esvoaçantes, ganhou uma estranha estola central no vestido e os anjos de seus pés não têm a mesma cara rechonchuda de outrora e estão mais distantes. Santo Antônio que provavelmente foi padroeiro de Tucano até o início do século XX não tem o mesmo porte majestoso e sério, ganhou uma leve curvatura para a direita, está menor em estatura, sua mão esquerda que segurava um livro por cima passou a segurá-lo pelo lado e a imagem perdeu todos os detalhes finos em que foi esculpida como dedos, orelhas e nariz perfeitos.


Ou seja, não são as mesmas obras de arte sacra! E não é preciso ser um perito para constatar o “jogo dos sete erros”, as mudanças são crassas, perceptíveis por qualquer leigo em arte e fáceis de identificar por meio de uma simples comparação fotográfica. Das duas possibilidades ocorridas, uma deve ter havido: ou os santos foram substituídos ou as imagens foram entalhadas/mutiladas de forma absurda – possibilidade da qual duvido muito, uma vez que as esculturas de Sant’Ana e de São José voltaram inteiras.

O altar-mor foi “restaurado” conforme os mais velhos fiéis descreveram o original e com base em algumas fotografias antigas, mas mesmo assim não é uma cópia fiel e louvável do velho altar modificado na década de 1960 pelo Pe. José Gumercindo quando reformou a matriz de maneira um tanto desastrosa e em uma tentativa de modernizar o templo. O altar ganhou o coroamento do retábulo (parte superior da obra) que já não existia, dois nichos laterais que foram retirados na última reforma, uma tonalidade rósea nas colunas e em alguns frisos, pintura branca e envernizada nas paredes basilares, novas folhagens entalhadas e pintadas de dourado e um fundo de madeira que aparece como um forro estranho nas costas de Sant’Ana. Deste modo, deixou de ter a impressão de ser uma obra barroca e portuguesa bastante maltratada e passou a ser um exemplar afetado do estilo Rococó.

Além do “aparente” sumiço das duas imagens sacras que fazem parte do deteriorado patrimônio histórico e artístico de Tucano, o que é um fenômeno lamentável e vergonhoso para a cidade, a “restauração” do altar-mor nada mais é do que uma boa intenção mal empreendida. É preciso mais bom senso quando se trata do acervo artístico de um lugar tão mal preservado culturalmente como Tucano, é preciso mais do que boa intenção.

Mas as perguntas ainda giram: onde se escondeu a sumida Senhora do Rosário? Por onde andará o fujão Santo Antônio? Mais do que a ausência de dois exemplares da arte sacra do município, Tucano sentirá o crescimento do número de solteironas em seu território!

Nossa Senhora e Santo Antônio, mesmo que de longe, roguem por nós!

Texto de: Astério Moreira (Um Tucanense, um Escrevinhador, um Estudante e um “Borista”).


Exposição: Guarda Suíça Pontifícia



Pela primeira vez no Brasil, a mostra, que esteve no Peru, apresenta, em painéis e gigantografias, o menor e mais reconhecido exército no mundo! 
Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta, a partir de 04 de junho, exposição temporária "Guarda Suíça Pontifícia", com produção de Présence Suisse / DFAE e da Embaixada da Suíça no Brasil. A mostra apresenta cerca de 13 painéis e 4 gigantografias, nas quais se observa a história e o trabalho da Guarda Suíça, assim como da cultura do país e a do Vaticano.
Composta por um pequeno exército de cerca de 110 soldados, a Guarda Suíça protege o Papa desde 1506. Por trás de um uniforme, que fascina aos turistas no Vaticano, se escondem verdadeiros guarda-costas, encarregados de proteger, até com a vida, o Santo Pontífice do terrorismo, ameaças e extremistas religiosos. Sua história tem origem no século XVI, quando o papa Julio II (1503-1513) pediu ao rei católico da Suíça que lhe mandasse um grupo de soldados para a sua segurança pessoal. 
Sua peculiar vestimenta foi desenhada por Jules Répond, então Capitão da Guarda. É de uma malha de cetim, nas cores azul-real, amarelo-ouro e vermelho-sangue. O capacete é ornado com uma pluma de cor vermelha e as luvas são brancas. É um uniforme elegante que simboliza a nobreza e o orgulho de servir ao Sumo Pontífice. 
Pela primeira vez no Brasil, O Museu de Arte Sacra de São Paulo tem a honra de receber esta exposição única, organizada pelas autoridades suíças, aqui representadas pelo Cônsul Geral da Suíça em São Paulo, Sr. Claudio Leoncavallo, e que, a partir da cidade de São Paulo, dará início a uma rica e frutífera itinerância. 

Exposição "Guarda Suíça Pontifícia"
Produção: Présence Suisse / DFAE e da Embaixada da Suíça no Brasil
Abertura: 04 de junho de 2015, quinta-feira, às 11h
Período: 04 de junho a 02 de agosto de 2015
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo – www.museuartesacra.org.br
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo
Tel.: (11) 3326.3336 – agendamento de visitas monitoradas
Horário: quarta a sexta-feira das 9h às 17h; sábados e domingos das 10h às 18h
Ingresso:R$ 6,00 (estudantes pagam meia entrada); Grátis aos sábados. 
Isentos: idosos acima de 60 anos, crianças até 7 anos, professores da rede pública (com identificação) e até 4 acompanhantes

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Incêndio atinge igreja que marcaria local do milagre dos pães e dos peixes


  • Menahem Kahana/AFP
A Igreja de Tagbha, situada nas imediações do mar da Galileia, em Israel, e onde a tradição estabelece como o local do milagre da multiplicação dos pães e dos peixes de Jesus Cristo, amanheceu nesta quinta-feira (18) com parte de suas instalações atingidas por um incêndio.

"Durante a noite aconteceu um incêndio na igreja do mar da Galileia" para onde se deslocaram os serviços de emergências, comunicou o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld.

O policial revelou que foram encontradas algumas pinturas em hebraico em uma das fachadas do templo, o que o faz suspeitar que o incêndio foi proposital.

O lugar santo ao norte do mar da Galileia, ou lago Tiberíades, indica o ponto no qual Jesus multiplicou cinco pães e dois peixes para repartir entre a multidão que o acompanhava.

Recentemente, um cemitério cristão situado na cidade de Kufr Birim, também no norte de Israel, foi atacado e vários de seus túmulos foram depredados no sétimo incidente deste tipo registrado desde 2006, apontou então o porta-voz da Igreja Católica, Wadie Abunasar.

Suspeita-se que os responsáveis por este tipo de agressões contra centros de culto e instituições de diferentes correntes cristãs em Israel e na Palestina são grupos de radicais judeus que, aparentemente, aumentaram suas atividades nos últimos anos.
Fonte: BOL

I Tableaux Vivants di Caravaggio


O encontro com os magníficos "quadros vivos" no Museu Diocesano de Nápoles, onde 21 pinturas de Caravaggio vêm à vida graças aos corpos e expressões de sete atores que assumem o papel dos protagonistas das obras do grande artista.

"I tableaux vivants" ou "quadros vivos", representam uma nova forma de arte que tem afetado e ainda conquistando a cada observador, que não deixa de se sentir extasiado e "catapultado" para as cenas nas pinturas do grande Michelangelo Merisi. Especial e muito sugestivas são as cenas, acompanhadas de um fundo de música clássica e habilmente iluminado por um único feixe de luz que torna ainda mais espetacular.

Em suma, os quadros vivos de Caravaggio tornaram-se um encontro entre a arte e a música que não se pode perder!

Quando: Domingo, 21 de Junho e domingo 5 de julho, 2015
Horas: 10,30 - 11,30-12,30
Onde: Museu Diocesano, Largo Donnaregina - Nápoles
O preço do bilhete (cumulativo com uma visita ao Museu): 8 €
Para informações e reservas: 081 5571365 - info@museodiocesanonapoli.com - www.museodiocesanonapoli.com

Fontes: Vesuvio Live
Museu Diocesano de Napoli

A vida do Papa Bento XVI vai virar filme!




DPA.
Mattias Schweighöfer e Bento XVI

O filme "Pontifex" estreará no outono de 2016, como confirmado pelo porta-voz da empresa. "A vida do papa alemão, Bento XVI, a sua renúncia histórica, oferece uma das questões mais extraordinários denosso tempo para o cinema internacional", disse Dan Maag, diretor geral da Pantaleon Entertainment AG, que planeja produzir o filmejuntamente com Schweighöfer .

"Apenas a Igreja Católica com o seu mundo de um milhão e duzentosmil membros, representa um grande público. Nossa reivindicação vai muito além disso, nós temos uma história emocionante que agrada até mesmo pessoas que não estão perto da Igreja ".

A empresa citou em sua coletiva de imprensa o secretário pessoal do Papa Bento XVI, Mons. Georg Gänswein que disse sobre a Pantalen:"É uma empresa corajosa."

Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, Baviera, e foi eleito Papa em 2005, em 2013 abalou o mundo e da Igreja Católica com a sua renúncia histórica.

Fonte: ratzingerganswein.wordpress.com
Tradução: Cesar da Rocha Pires

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Missa de Morricone em homenagem a Francisco surpreendeu a todos

Igreja do Gesù, em Roma, estava lotada no dia 10 de junho para a estreia da "Missa Papae Francisci", escrita pelo prêmio Oscar Ennio Morricone pelo 200º aniversário da reconstituição da Companhia de Jesus e dedicada ao Papa Francisco.
A nota é de Antonio Marguccio, no blog Pontifex Maximus Optimus. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Nos dias que antecederam o concerto muito esperado, Morricone contou muitos bastidores sobre a gestação da obra. Começando pelo encontro casual com o padre Daniele Libanori, reitor da Igreja do Gesù (que fica a poucos passos da casa do compositor romano), o primeiro a lhe propor o projeto.
E, para terminar, a visita ao Papa Bergoglio, ao qual Morricone presenteou a partitura que, na primeira página, forma uma cruz. "A minha mulher – disse ele à Rádio Vaticano – me pedia uma missa há anos, mas eu não me decidia nunca. Finalmente, encontrei o reitor da Piazza del Gesù, padre Libanori, e ele me pediu para escrever uma missa para os 200 anos da reconstituição dos jesuítas. Mas o que mais me impressiona desse encargo é o fato de eu ter escrito a música do filme A missão, que é a história dos jesuítas na América do Sul, os quais, depois de alguns anos, a partir 1750, foram dissolvidos. Você vê quantas coincidências? De alguma forma, eu participei da sua dissolução e agora participo da recorrência do 200º aniversário da sua reconstituição. Além disso, o papa, o único jesuíta até agora... Portanto, eu lhe dediquei a música. É incrível! Encontro em tudo isso coincidências que eu definiria como quase milagrosas".
A "Missa" se relaciona idealmente à música sacra renascentista, o que é bastante compreensível, dadas as sugestões polifônicas que muitas vezes atravessaram a poética morriconiana (apenas ouvir a trilha sonora de "A missão" para perceber isso).
Mas, na realidade, a obra é algo completamente novo. Mais do que Palestrina ou os irmãos Gabrieli, ela lembra algumas atmosferas da Missa de Stravinsky e do Salmo 9 de Goffredo Petrassi, seu mentor.
O clima, em geral, é solene e tranquilo, às vezes (como no "Gloria" e no "Agnus Dei") místico. Sonoridades redondas e plenas, são muito sugestivas as partes confiadas ao coro da Ópera de Roma.
Há muito do Morricone intelectual, vanguardista, e algo do cinematográfico (com o encerramento triunfal que retoma o famoso Gabriel's oboe).
Impossibilitado de participar pessoalmente, o Papa Bergoglio enviou uma mensagem privada.
A missa, com imagens esplendorosas da Igreja 'del Gesù' pode ser vista clicando aqui.


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