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A Catedral de Notre-Dame de Paris é dedicada a Maria e é daí que vem o seu nome: "Notre-Dame" quer dizer "Nossa Senhora", em francês.
Neste vídeo produzido pela TV Arautos, admire-a em uma visita noturna que destaca o seu exterior:
HISTÓRIA
Situada na pequena ilha de la Cité, no Rio Sena, a catedral começou a ser construída em 1163 e foi concluída em meados do século XIV, o que explica algumas diferenças estilísticas presentes no edifício predominantemente gótico. Alterações continuaram a ser feitas ao longo dos séculos seguintes, com algumas adaptações realizadas durante a época barroca, por exemplo. O templo enfrentou momentos críticos no decorrer da Revolução Francesa, quando, sob o autoproclamado "Culto da Razão", diversos elementos foram destruídos, vários tesouros foram roubados e o espaço em si acabou sendo usado como armazém de alimentos. Já em 1844, na época romântica que revalorizou o passado medieval, começou uma restauração da catedral que duraria vinte e três anos. Os riscos, no entanto, ainda não estavam eliminados, já que, na breve ascensão da Comuna de Paris, em 1871, a catedral quase foi incendiada.
ESTILO E ELEMENTOS
A arquitetura gótica, surgida na Idade Média, substituiu as paredes grossas das igrejas românicas por colunas altas e arcos capazes de sustentar o peso dos telhados. Isto deu aos edifícios góticos um aspecto de leveza e altura. Também mais amplas e mais altas, as janelas passaram a ser decoradas com vitrais coloridos que filtravam a luz natural, criando, juntamente com a grande altura, um "clima" de misticismo, elevação e iluminação espiritual.
A Catedral de Notre-Dame ainda sofre influências estilísticas do românico normando, com uma forte e compacta unidade. No entanto, já conta com as evoluções arquitetônicas do gótico em sua capacidade de suportar muito bem o peso da alta estrutura.
A planta em cruz romana se orienta para o ocidente, mas não é perceptível do exterior do edifício porque os braços do transepto não excedem a largura da fachada. A cruz, assim, fica "embebida" na catedral, envolta por um duplo deambulatório que circula o coro na cabeceira e se prolonga paralelamente à nave, dando espaço a quatro naves laterais.
A fachada apresenta um traçado coerente e racional, reduzindo seus elementos ao essencial. A parede interliga todos os elementos e passa a integrar a escultura em locais pré-definidos, evitando as expansões aleatórias que aconteciam no estilo românico. Há três níveis horizontais e três zonas verticais divididas pelos contrafortes ligeiramente proeminentes, que unem em verticalidade os dois pisos inferiores e reforçam os cunhais das duas torres.
No nível inferior da fachada, três portais surgidos em épocas diferentes formam um conjunto profusamente trabalhado, que penetra na parede mediante uma sucessão de arcos envolventes em degrau. Trata-se dos portais de Santa Ana (à direita), do Julgamento (central) e da Virgem (à esquerda).
No nível intermediário, a rosácea de 13 metros de diâmetro se encaixa entre os contrafortes e é ladeada por janelas gêmeas. À sua frente, a estátua da Virgem Maria com o Menino Jesus. Por fim, erguem-se no nível superior as duas torres, de 69 metros de altura.
O interior gótico liga a terra ao céu e leva o crente a experimentar o convite à ascensão, pela verticalidade monumental das paredes que parecem contrariar a gravidade, tornando-as leves e deixando filtrar-se a luz pelos grandes vitrais coloridos. A rosácea do braço norte do transepto, com 13 metros de diâmetro, tem como cor dominante um azul forte. A composição, baseada no número 8 e suas multiplicações, simboliza o Universo, a Terra e os sete planetas então conhecidos. No centro surge a Mãe de Deus, rodeada de medalhões com representações de personagens do Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos. Já a rosácea do braço sul do transepto se baseia no número 12 e apresenta no centro a imagem de Cristo como o Juiz do mundo. Em torno dele, surgem os apóstolos e anjos.
Fonte: ALETEIA
Neste vídeo produzido pela TV Arautos, admire-a em uma visita noturna que destaca o seu exterior:
HISTÓRIA
Situada na pequena ilha de la Cité, no Rio Sena, a catedral começou a ser construída em 1163 e foi concluída em meados do século XIV, o que explica algumas diferenças estilísticas presentes no edifício predominantemente gótico. Alterações continuaram a ser feitas ao longo dos séculos seguintes, com algumas adaptações realizadas durante a época barroca, por exemplo. O templo enfrentou momentos críticos no decorrer da Revolução Francesa, quando, sob o autoproclamado "Culto da Razão", diversos elementos foram destruídos, vários tesouros foram roubados e o espaço em si acabou sendo usado como armazém de alimentos. Já em 1844, na época romântica que revalorizou o passado medieval, começou uma restauração da catedral que duraria vinte e três anos. Os riscos, no entanto, ainda não estavam eliminados, já que, na breve ascensão da Comuna de Paris, em 1871, a catedral quase foi incendiada.
ESTILO E ELEMENTOS
A arquitetura gótica, surgida na Idade Média, substituiu as paredes grossas das igrejas românicas por colunas altas e arcos capazes de sustentar o peso dos telhados. Isto deu aos edifícios góticos um aspecto de leveza e altura. Também mais amplas e mais altas, as janelas passaram a ser decoradas com vitrais coloridos que filtravam a luz natural, criando, juntamente com a grande altura, um "clima" de misticismo, elevação e iluminação espiritual.
A Catedral de Notre-Dame ainda sofre influências estilísticas do românico normando, com uma forte e compacta unidade. No entanto, já conta com as evoluções arquitetônicas do gótico em sua capacidade de suportar muito bem o peso da alta estrutura.
A planta em cruz romana se orienta para o ocidente, mas não é perceptível do exterior do edifício porque os braços do transepto não excedem a largura da fachada. A cruz, assim, fica "embebida" na catedral, envolta por um duplo deambulatório que circula o coro na cabeceira e se prolonga paralelamente à nave, dando espaço a quatro naves laterais.
A fachada apresenta um traçado coerente e racional, reduzindo seus elementos ao essencial. A parede interliga todos os elementos e passa a integrar a escultura em locais pré-definidos, evitando as expansões aleatórias que aconteciam no estilo românico. Há três níveis horizontais e três zonas verticais divididas pelos contrafortes ligeiramente proeminentes, que unem em verticalidade os dois pisos inferiores e reforçam os cunhais das duas torres.
No nível inferior da fachada, três portais surgidos em épocas diferentes formam um conjunto profusamente trabalhado, que penetra na parede mediante uma sucessão de arcos envolventes em degrau. Trata-se dos portais de Santa Ana (à direita), do Julgamento (central) e da Virgem (à esquerda).
No nível intermediário, a rosácea de 13 metros de diâmetro se encaixa entre os contrafortes e é ladeada por janelas gêmeas. À sua frente, a estátua da Virgem Maria com o Menino Jesus. Por fim, erguem-se no nível superior as duas torres, de 69 metros de altura.
O interior gótico liga a terra ao céu e leva o crente a experimentar o convite à ascensão, pela verticalidade monumental das paredes que parecem contrariar a gravidade, tornando-as leves e deixando filtrar-se a luz pelos grandes vitrais coloridos. A rosácea do braço norte do transepto, com 13 metros de diâmetro, tem como cor dominante um azul forte. A composição, baseada no número 8 e suas multiplicações, simboliza o Universo, a Terra e os sete planetas então conhecidos. No centro surge a Mãe de Deus, rodeada de medalhões com representações de personagens do Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos. Já a rosácea do braço sul do transepto se baseia no número 12 e apresenta no centro a imagem de Cristo como o Juiz do mundo. Em torno dele, surgem os apóstolos e anjos.
Fonte: ALETEIA
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