segunda-feira, 15 de junho de 2015

Museu de Arte Sacra de Paraty é reaberto após ampla reforma


Museu foi reaberto neste sábado após quatro anos de amplas reformas (Foto: Janine Moraes)
 

O Museu de Arte Sacra (MAS) da histórica cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, reabriu as portas neste sábado (13), após quatro anos de amplas reformas, que incluíram novo projeto de iluminação, recuperação da estrutura do telhado e da rede elétrica, restauração de parte dos objetos litúrgicos, pintura da fachada e do interior e descupinização dos retábulos. Administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão vinculado ao Ministério da Cultura (MinC), o museu reúne um diversificado e precioso acervo com importantes relíquias histórico-religiosas da região.

As comemorações da reabertura do museu começaram às 19h30 deste sábado, com uma missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. Na sequência, foi realizada procissão solene, com a presença da comunidade local e de irmandades religiosas. A tradicional imagem de Santa Rita, que ficou na Igreja Matriz durante a reforma, foi levada ao MAS, juntamente com a imagem de Santo Antônio, onde foi recebida com chuva de pétalas de rosas e muitas palmas. Antes da entrada das imagens no museu, o Mastro da tradicional Festa de Santa Rita, que este ano ocorre entre 10 e 19 de julho, foi erguido em frente, no Largo de Santa Rita.

Após a procissão, foi realizada, no MAS, a solenidade de reabertura, que contou com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Carlos Roberto Brandão, do prefeito de Paraty, Carlos José Gama Miranda, e do diretor do museu, Júlio César Dantas. Os presentes fora recebidos com apresentações artísticas da Banda Santa Cecília e do Coral da Universidade do Rio de Janeiro (Unirio).

"É uma grande honra fazer parte desta história. É imensa minha alegria. Momentos como este nos animam e revigoram", afirmou o ministro Juca Ferreira. "A reabertura do Museu de Arte Sacra de Paraty é, em si mesmo, reflexo de um alto grau de comprometimento com nossa historia e nossa arte, com nossa formação, educação e conhecimento", destacou.

O presidente do Ibram agradeceu o empenho da comunidade de Paraty para a reestruturação do museu. "Hoje, eles estão retomando sua igreja, que é um dos cartões postais desta cidade tão bonita e tão importante para a história do Brasil e para a nossa preservação cultural", ressaltou Carlos Roberto Brandão. "Este é um dia muito importante para a cidade de Paraty", completou.

Bastante emocionado, o prefeito de Paraty comemorou a reabertura do museu. "Quem está falando aqui não é o prefeito, mas o morador, o católico, aquele que toca na Banda Santa Cecília. Estamos muito orgulhosos de termos reconquistado esse espaço de tão grande importância para a nossa cidade", afirmou Carlos José Gama Miranda.

As obras do Museu de Arte Sacra de Paraty fazem parte do processo de requalificação do conjunto arquitetônico de Santa Rita, iniciado em 2006. Estão sendo investidos no projeto mais de R$ 2,5 milhões, com recursos do Fundo Nacional de Cultura (FNC), do Ibram e de mecenato via Lei Rouanet, por meio das empresas Caixa, Petrobras, Mango Tree Foundation e Expomus).

Sobre o Museu

O Museu de Arte Sacra de Paraty funciona na centenária Igreja de Santa Rita, construída em 1722 e tombada pelo Iphan em 1962. Reúne um diversificado e precioso acervo com importantes relíquias histórico-religiosas, provenientes de irmandades religiosas e das igrejas dos Passos da Paixão, de Nossa Senhora dos Remédios, de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora das Dores, além de capelas da zona rural.

Nas coleções de imaginária e de prataria dos séculos XVII a XIX, destacam-se as imagens da padroeira de Paraty, Nossa Senhora dos Remédios; o Grupo da Sagrada Família, com rara iconografia de Nossa Senhora da Expectação; as alfaias expostas em caixa-forte; as coroas e os cetros usados nos cortejos das festas do Divino Espírito Santo e de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito; e a custódia que conduz o Santíssimo Sacramento na procissão de Corpus Christi.

Segundo o diretor do MSA, o grande diferencial do museu é que muitos objetos do acervo, apesar de estarem no museu, retomam seu uso originário ligado às práticas e tradições religiosas. "Durante as festas religiosas tradicionais, várias peças do museu são devolvidas às irmandades religiosas, que os carregam nas procissões em dias festivos pela cidade", informou Júlio César Dantas. Além da guarda e conservação das coleções, o museu promove a pesquisa e a divulgação do testemunho histórico, cultural e religioso da comunidade paratiense.

Alessandro Mendes
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura

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