sábado, 26 de agosto de 2023

A transverberação do coração de Santa Teresa de Jesus

Por OCDS SUL

Hoje, fazemos memória da transverberação do coração de Santa Teresa de Jesus!

O fenômeno ficou conhecido principalmente por causa da famosa escultura de Gian Lorenzo Bernini, chamada “O Êxtase de Santa Teresa”, que está na Igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. Essa magnífica obra barroca retrata uma experiência relatada pela própria Santa Teresa de Jesus, em sua autobiografia:

“Quis o Senhor que eu tivesse algumas vezes esta visão: eu via um anjo perto de mim, do lado esquerdo, em forma corporal, o que só acontece raramente. Muitas vezes me aparecem anjos, mas só os vejo na visão passada de que falei.

O Senhor quis que eu o visse assim: não era grande, mas pequeno, e muito formoso, com um rosto tão resplandecente que parecia um dos anjos muito elevados que se abrasam.

Deve ser dos que chamam querubins, já que não me dizem os nomes, mas bem vejo que no céu há tanta diferença entre os anjos que eu não os saberia distinguir.


Vi que trazia nas mãos um comprido dardo de ouro, em cuja ponta de ferro julguei que havia um pouco de fogo. Eu tinha a impressão de que ele me perfurava o coração com o dardo algumas vezes, atingindo-me as entranhas.

Quando o tirava, parecia-me que as entranhas eram retiradas, e eu ficava toda abrasada num imenso amor de Deus. A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus.

Não se trata de dor corporal; é espiritual, se bem que o corpo também participe, às vezes muito. É um contato tão suave entre a alma e Deus que suplico à Sua bondade que dê essa experiência a quem pensar que minto.”

O Livro da Vida, capítulo 29, n. 13

Fonte: OCDS - Província N. Sra. Carmo



26 de Agosto: Nossa Senhora do Monte Claro ou Nossa Senhora de Częstochowa. Padroeira da Polônia.

 





A História.
Conforme tradição muito antiga, o quadro de N. Sra. do Monte Claro é pintura feita pelo evangelista São Lucas.
Seguidas vezes, são Lucas visitava Virgem Maria, colhendo dela pormenores da infância de Jesus. Foi numa dessas ocasiões que ele, na própria tábua da mesa de cedro que Nossa Senhora usava para seu trabalho e oração, pintou sua imagem.
Diz a lenda que, ao iniciar a pintura do rosto da Virgem Maria, deteve-se pensativo, preocupado em exprimir da melhor forma possível toda beleza da Mãe de Deus. Profundamente recolhido, cochilou e adormeceu por alguns instantes e, acordando, surpreendeu-se ao encontrar o quadro pronto, no qual o rosto de Maria, de celestial beleza, estava pintado.
Sendo Jerusalém ocupada pelo exército romano, a Santa Helena - mãe do Imperador Constantino - foi conhecer os lugares santos e procurar o lenho da Santa Cruz. Santa Helena viu o quadro e recebeu-o das mulheres que o guardavam. Encontrando também o lenho da Santa Cruz, enviou ambos a seu filho Constantino o Grande, Imperador de Constantinopla, naquela época, metrópole da Igreja.
Esse Imperador, recém convertido ao cristianismo, recebeu o quadro enviado por sua mãe, com grande alegria, colocando-o na capela particular de seu palácio. Muitas cópias do quadro milagroso foram feitas, por ordem de Constantino, e por ele doadas aos cristãos do oriente e ocidente. O quadro original permaneceu com ele. Por mais de 400 anos o quadro permaneceu nas capelas particulares, como propriedade dos príncipes russos. Depois o quadro foi transferido para a capela do castelo Belz, na Rússia, onde permaneceu por muitos anos.
Entrando a Rússia em guerra contra Ludovico, rei da Hungria e da Polônia, foi por este vencida. A cidade de Belz e o castelo caíram nas mãos de Ludovico, que nomeou seu sobrinho Ladislau, Príncipe de Opole - Polônia, como governador de Belz.
Visitando as dependências do castelo, Ladislau encontrou o quadro de N.Sra. e, cheio de respeito e amor para com Mãe de Deus, colocou-o na capela do palácio. Entretanto, pouco tempo depois, a cidade de Belz foi invadida pelos Tártaros, que atacaram o castelo.
Ladislau com sua agente, defendia-se de forma heróica dos invasores muito mais numerosos. Vendo que seus esforços eram inúteis, Ladislau recorreu à proteção de Maria e, prostrando-se diante do Quadro sagrado, pediu socorro, que lhes veio sem demora. O príncipe, grato pela ajuda milagrosa, decidiu retirar o quadro da Virgem de Belz, pois era um lugar exposto aos ataques dos Tártaros, e levá-lo a Opole (Polônia) capital do seu principado.
Contudo, por desígnio de Deus e vontade de Maria, resolveu deixar o quadro numa capela situada na colina chamada Monte Claro, perto de Czestochowa. O ponto mais alto, por ser um descalvado de calcário, recebeu este nome de Monte Claro 😊 Jasna Gora)
Chegada do Quadro Milagroso à Polônia
Em agosto de 1382, O Príncipe Ladislau confiou o quadro milagroso aos cuidados dos Frades Paulinos, seus fiéis guardiões. Construiu-lhes, com ajuda do povo daquela região, o convento, a igreja e fez generosa doação em terras e aldeias para manutenção do convento e do Santuário. Ladislau Jagiello, rei da Polônia e Lituânia, não só aprovou as doações do Príncipe, mas contribuiu com outro tanto por sua parte.
A pedido deste rei, o Papa Martinho V, pela Bula de 27 de Novembro de 1429, enriqueceu o santuário de Monte Claro com diversas indulgências e com a benção papal.
Desde o primeiro dia da chegada do quadro da Virgem Maria na terra polonesa o povo recorre a Nossa Senhora, pedindo saúde, consolo e graças espirituais.
Inúmeras graças atribuem-se a ele: doentes foram curados, pessoas desesperadas encontraram paz e consolação etc. Todos os que recorriam à Mãe de Deus com confiança e amor, eram atendidos em suas necessidades.
Peregrinações das mais longínquas localidades do país e mesmo do estrangeiro chegavam ao Monte Claro em busca de socorro material e espiritual. Confortados pela ajuda recebida, expressavam a sua gratidão, oferecendo ao Santuário donativos em ouro, prata, pedras preciosas e dinheiro. Também a rainha da Polônia, Santa Edviges, com seu esposo, o rei Ladislau Jagiello e os dignitários da corte, faziam ricas doações a Nossa Senhora.
Ornada com tantas jóias de alto valor, o quadro milagroso tornou-se objeto de cobiça por parte dos ateus, dos infiéis e dos assaltantes, numerosos naquela época.
Na madrugada do dia da Páscoa, do ano de 1430, o Santuário de Nossa Senhora, onde apenas os frades e alguns peregrinos se encontravam, foi repentinamente invadido por bandidos. Arrancaram do altar o quadro, jóias, cálices e tudo de grande valor, jogaram tudo numa carroça, pondo-se em fuga.

Por descuido o quadro caiu da carroça e quiseram o recolocar, mas não o conseguiram. Do castelo mais próximo, vieram soldados armados e puseram-se imediatamente atrás dos bandidos.
Os bandidos percebendo o que acontecera e não conseguindo recolocar o quadro no veículo, o chefe dos bandidos, na iminência de ser apanhado, encolerizou-se, golpeou-o diversas vezes com a espada e fugiu apressado. Ao chegar no local, soldados, peregrinos e frades, encontraram o quadro partido em três pedaços e o rosto de Nossa Senhora dolorosamente ferido.
Ajoelhando-se, pediram ajuda de Deus. Depois pediram ao rei da Polônia Ladislau Jagiello que tomasse providências necessárias para restauração do quadro. Famosos pintores foram até lá para restaurar, mas nenhum deles conseguiu restaurar a pintura do quadro.
Quando todos desistiram, um jovem que havia auxiliado o primeiro pintor veio até o rei e declarou com toda simplicidade:
"A Mãe de Deus não quer que sejam apagadas essas cicatrizes".
Dito isto, pediu que lhe desse licença para concluir a restauração do quadro, e o rei embora contrariado, não tendo outro recurso cedeu ao seu pedido.
Antes de pintar o jovem rezou a noite inteira. Concluído o trabalho, entregou ao rei Ladislau o quadro completamente restaurado, com todos os cortes cobertos, exceto os três ferimentos no rosto de Nossa Senhora. O jovem pintor havia desaparecido e nunca mais foi visto.
O quadro voltou ao seu trono, ornado novamente de ouro, prata e pedra preciosas, doadas pelos reis e pelo povo. A Mãe de Deus continuou, desde então, operando milagres e atendendo a todos os que a Ela recorriam com confiança e fé.

Em 1655, os Suecos invadiram a Polônia e atacaram também o Convento e o Santuário de Czestochowa, a fim de se apoderarem das riquezas do país. No Convento havia apenas frades e 50 famílias e alguns soldados. Durante 40 dias, os suecos atacavam com mais de 15 mil homens, canhões etc..., lançando bombas incendiárias sobre o Santuário.
Os frades e os outros sitiados defendiam-se heroicamente, confiando na proteção de Nossa Senhora e chegavam afazer procissão com o Santíssimo em volta do Santuário, cantando e rezando no meio dos ataques do inimigo.

Os suecos reconhecendo que lutavam contra forças sobrenaturais resolveram se afastar na noite de Natal e pouco tempo depois, foram expulsos também do país.
No ano seguinte de 1656, Nossa Senhora de Czestochowa foi declarada, oficialmente, pelo Papa, RAINHA DA POLÔNIA.
Milagres Ocorridos no Século XX.
Muitas são as graças atribuídas à Nossa Senhora do Monte Claro no século XX.
No final da II Grande Guerra, Adolf Hitler reconhecia que a investida contra a Polônia havia fracassado devido, segundo suas próprias palavras, "à Negra de Czestochowa".
No dia 26 de Agosto de 1956, um milhão de poloneses, unidos num só coração, renovou o Voto da Nação, repetindo as palavra do Cardeal Stefan Wyszynski ausente (preso pelo regime comunista), e renovando as promessas de fidelidade à sua Rainha, a Deus, à Cruz, ao Evangelho, à Igreja e seus Pastores.

Por essas promessas eles se comprometiam a defender a vida desde a sua concepção e a mútua fidelidade no matrimônio. Prometiam, também, lutar contra seu vicio e praticar a lei do amor, respeitando a dignidade humana.
Cada ano, no dia 3 de maio, esses Votos São renovados em cada paróquia e, no dia 26 de agosto, no Santuário de Monte Claro em Czestochowa, aos pés de Maria, Rainha da Polônia.
Qual o motivo da cor “negra”?
Ao longo dos séculos, muitos foram os testemunhos de curas e outros fenômenos milagrosos ocorridos com fiéis que peregrinaram à pintura. Ela é conhecida como "A Senhora Negra" por causa da fuligem acumulada sobre a sua superfície, fruto de séculos de velas votivas queimadas junto a ela. Com o declínio do comunismo na Polônia, as peregrinações à Senhora Negra aumentaram notavelmente.

Um Papa Polonês em Roma.
No dia 16 de outubro de 1978, os sinos de todas as igrejas da Polônia tocavam festivamente, anunciando que um filho da Polônia martirizada, mas sempre fiel, Karol Wojtyla, Cardeal, fora eleito Papa, como 266 Sucessor de São Pedro, com o nome de João Paulo II.
João Paulo II, antigo Arcebispo de Cracóvia, no dia seguinte à sua eleição, escreveu ao Primaz da Polônia uma carta, e terminou dizendo:
"Não haveria na sede de São Pedro um papa polonês, se não houvesse Monte Claro e o maravilhoso Primaz com sua fé heroica e inabalável confiança em Maria, Mãe da Igreja".
No seu brasão papal, colocou uma grande cruz, a letra M e as palavras: TOTUS TUUS, que significa: Todo Teu - Todo de Maria.
Monte Claro, depois de tantas provas e sacrifícios, o viu chegar radioso, cheio de esperança e fé no futuro, que culminou com a visita do Santo Padre à Polônia, de 2 a 10 de junho de 1979.
Como fiel servo de Maria, chegou dia 3 de junho a Monte Claro e permanecendo ali por 3 dias. Em sua peregrinação ao Brasil, de 30 de junho a 12 de julho de 1980, o Santo Padre ofereceu à imigração polonesa, um quadro de Nossa Sra. de Czestochowa.
Os imigrantes poloneses, ao deixarem sua Pátria, levavam sempre consigo esse grande tesouro: o quadro de Nossa Sra. do Monte Claro e a grande devoção à Maria Santíssima.
Chega o ano de 1982. Polônia prepara-se para comemorar os 600 anos do reinado maternal de Maria em Czestochowa. João Paulo II alimenta o grande desejo de ir agradecer, pessoalmente a Maria, a proteção Materna à sua Pátria, mas o governo comunista não deu a permissão, transferindo a peregrinação para o ano de 1983.
Foi com jubiloso "Magnificat" e "Te Deum" que a Nação Polonesa agradeceu os benefícios e as graças de ordem espiritual e material recebidas das mãos maternas de Maria Rainha da Polônia.
Realmente, Maria nunca abandonara o seu reino, quer nas guerras, quer nas ocupações inimigas, nas perseguições comunistas, quer em tempo de paz e em todas as circunstâncias.
Finalmente Polônia ficou livre do regime comunista, graças à proteção de Nossa Senhora do Monte Claro. Inúmeras são as graças de curas e conversão de pecadores, ao entrarem no Santuário da Virgem de Czestochowa. Maria espera a todos e ajuda aqueles que a reconhecem como Mãe de Deus e seguem os passos do seu Filho Jesus Cristo.
O dia 26 de agosto é dedicado à Nossa Senhora de Czestochowa.

domingo, 13 de agosto de 2023

Profetas de Congonhas reagem bem a banho com biocida


Estátuas de Aleijadinho se livram aos poucos dos líquens para retomar a beleza esculpida pelo mestre. Equipe de restauro segue monitorando efeitos do tratamento


Gustavo Werneck


Esculturas dos profetas são destaque no Santuário Basílica Bom Jesus de Matosinhos, que é patrimônio mundial(foto: FOTOS: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
Congonhas – Os líquens morreram e se desprendem lentamente da superfície de pedra-sabão, deixando à mostra a verdadeira face dos profetas. O bom resultado estimula os especialistas encarregados da limpeza das 12 obras esculpidas por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), destaques do Santuário Basílica Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, na Região Central de Minas. “Nosso objetivo é retirar as colônias de micro-organismos. Durante oito meses, vamos fazer o monitoramento”, informa o especialista Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro.

Há dois meses, conforme documentado pelo Estado de Minas, foi aplicado um biocida para limpeza de braços, cabeça e demais partes das peças esculpidas entre 1800 e 1805. “Além da interferência na beleza dos profetas, os líquens podem ser depositários de poluição, por isso ficamos em alerta”, avisa o restaurador. Desde o início de junho, foram feitas duas aplicações do produto, serviço custeado pela prefeitura local com acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


A equipe responsável pelo trabalho de aplicação do produto, coordenada por Adriano Ramos e pela também restauradora Rosângela Reis Costa, é composta ainda pelo geólogo Antônio Gilberto Costa e pelo biólogo Aristóteles Goes Neto, com consultoria do geólogo português José Delgado Rodrigues. “Estamos com um grupo multidisciplinar para estudar todos os aspectos envolvendo os profetas”, ressalta o coordenador diante do extraordinário conjunto, composto ainda pela basílica e por seis capelas (Passos da Paixão de Cristo), reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco).


O restaurador Adriano Ramos aponta evolução positiva do trabalho e explica que a retirada dos líquens é benéfica também como proteção contra efeitos da poluição

Referência
Congonhas viveu, recentemente, os efeitos de uma nuvem de poeira, proveniente da mineração, e os profetas, testemunhas de pedra da história local em mais de 200 anos, podem funcionar como um termômetro da situação. “Para avaliar qualquer fator externo nas peças, temos um geólogo, um biólogo e um consultor internacional, também geólogo, na nossa equipe”, diz Adriano Ramos, do Grupo Oficina de Restauro. Além da limpeza com o biocida para retirada dos líquens, a equipe vai verificar, via monitoramento de oito meses, se a poluição vem causando danos às peças esculpidas por Aleijadinho.


Olhando para as obras-primas em pedra-sabão, Adriano explica que os líquens, quando crescem, podem ser depositários de poluentes. “Há dois tipos: os folhosos, que se assemelham, guardadas as devidas proporções, a uma couve-flor, e os crostosos, que entranham na pedra e são de mais difícil remoção. Estamos diante de um patrimônio mundial, e faremos o melhor. Mas, resultados, só mesmo daqui a alguns meses”.


Na estátua de Habacuque, uma das 12 que compõem o conjunto, o desprendimento dos %u201Ctufos%u201D de micro-organismos que cobriam a obra já pode ser percebido

Tratamento
A limpeza dos profetas demandou três aplicações, sendo a primeira no início de junho, conforme documentado pelo EM. O tratamento é altamente especializado, para não interferir na beleza e integridade do conjunto bicentenário. A última limpeza, com biocida, ocorreu em 2012.

Programada para ocorrer de cinco em cinco anos, a limpeza estava atrasada em seis anos, e foi alvo de reportagem do jornal, em 3 de novembro de 2021, quando visitantes mostraram essa preocupação com o bem cultural histórico e religioso. A Prefeitura de Congonhas custeia e está à frente do serviço, conforme entendimento com o Iphan, responsável pelo tombamento do conjunto em 1939, e autorização do santuário basílica vinculado à Arquidiocese de Mariana.


Réplicas
Quem visita o Museu de Congonhas, a poucos metros da basílica, pode ver a Galeria das Réplicas, que tem 10 lugares reservados para os profetas, com seus nomes, e expostos apenas Jonas e Joel. Em 18 de novembro de 2011, conforme documentou o EM, os dois profetas foram escaneados em 3D, com uso de um robô usado na indústria automotiva de Minas.


Na sequência, foram feitas as duas peças em fibra de vidro. A explicação, na época, é que, caso os profetas em pedra-sabão presentes no adro da basílica sofressem algum ato de vandalismo, mesmo com segurança, seria possível fazer a restauração com total fidelidade. Além disso, as peças seriam mapeadas, e alvo de mais pesquisas.

Passados quase 12 anos, o serviço está paralisado. De acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão/Prefeitura de Congonhas, todo o projeto de confecção das réplicas dos profetas de Aleijadinho é realizado juntamente com o Iphan.

Técnicos preparam o biocida, que já foi usado em três aplicações(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)

Em nota, as autoridades municipais informam que o projeto se encontra em andamento “adotando condicionantes estabelecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sendo uma das condicionantes a limpeza das peças originais com aplicação do biocida.


Ainda segundo a nota oficial, “após essa etapa, serão realizados estudos para mudança da metodologia de escaneamento e confecção das réplicas”. A expectativa é que este processo esteja concluído nos próximos meses.

Obra-prima
De acordo com o Iphan, o conjunto dos profetas do Antigo Testamento, esculpido por Antonio Francisco Lisboa (1738-1814), o Aleijadinho, no Santuário Bom Jesus de Matosinhos, é considerado uma das obras-primas do barroco mundial. O conjunto foi tombado pelo Iphan em 1939 e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial em 1985.
O conjunto se compõe da igreja, com interior em estilo rococó e seis capelas dispostas lado a lado, denominadas de Passos, com a via-crúcis de Jesus, além de um adro murado e uma escadaria externa monumental decorada com estátuas de 12 profetas.




Réplicas das esculturas de Joel e Jonas: trabalho segue inacabado



A escolha de 12, dentre os 16 profetas que constituem a série do Antigo Testamento, se deve, conforme a especialista em arte sacra e colonial do Brasil, Myriam Andrade, à disposição arquitetônica dos suportes para as esculturas. Assim, o artista, restrito a esse número, selecionou os profetas na ordem de sua entrada na Bíblia, excluindo Miquéias para dar lugar a Habacuc. Cada um deles traz lateralmente o texto de sua profecia gravado em latim nos rolos de pergaminhos.

A riqueza de detalhes pode ser percebida pelos visitantes, seja no expressionismo das estátuas ou nas exóticas vestimentas dos profetas barrocos. Essa última foi, inclusive, tema de pesquisa do historiador Robert Smith, que verificou referências à arte religiosa portuguesa no período de 1500-1800, inspirada nas pinturas flamengas do fim da era medieval.

sábado, 12 de agosto de 2023

Símbolo de opulência, 'igreja de ouro' do Pelourinho encontra-se em condições degradantes


Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Considerada uma das mais imponentes da América Latina por especialistas em arte sacra, a Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador, encontra-se em condições degradantes. Tombado como patrimônio material do Brasil, o santuário, conhecido pelo seu interior revestido em ouro, símbolo de uma Bahia opulente do século XVIII, apresenta diversos problemas estruturais.

Em recente visita do g1 ao local, foram observados pinturas e teto desgastados, pilastras sem reboco e piso desnivelado em vários pontos, o que dificulta o trânsito de pessoas com mobilidade reduzida e representa risco aos visitantes.

Uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, o templo fundado no início do século XVIII teve um dos seus pátios parcialmente fechado recentemente, em função do risco de queda da cúpula de metal do lado direito, com cerca de uma tonelada e meia.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a estrutura será restaurada, mas o processo ainda está em fase de licitação, portanto, sem previsão de ser concluído, o que afeta até mesmo o comércio da região, que depende da movimentação dos turistas.

Apesar das visitas à igreja estarem mantidas, a proibição de circulação de motoristas e pedestres por algumas vias externas tem refletido no movimento de hotéis, restaurantes e do estacionamento. E quem visita não consegue fingir que não vê os problemas aparentes. Embora os painéis lusitanos de todo o prédio tenham sido restaurados recentemente, outras partes do templo não passaram por melhorias.

De acordo com o Iphan, há previsão de contratação de uma empresa para elaborar projetos executivos de arquitetura, engenharia e restauração da Igreja de São Francisco e, após essa etapa, será aberto o processo de contratação da empresa para execução. Toda a diligência pode durar de dois a três anos.


* Por José Mion, com informações do g1 Bahia. Fotos: Fábio Marconi/Prefeitura de Salvador e Itana Alencar/g1.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Artista venezuelano resgata traços originais em imagem sacra da Abadia

Germán vive no Brasil desde 2019 e começou trabalho em imagens sacras ainda na juventude


Vivianne Nunes
Capital News




Artista é atento a cada detalhe da obra

Tem que ter mais respeito e piedade, porque é sacro

“O trato que a gente dá a essas coisas não é o mesmo que a gente dá para outro objeto. Tem que ter mais respeito e piedade, porque é sacro”, foi assim que o venezuelano Germán Luís Rodriguez Rodríguez, 24 anos, do Santuário Nossa Senhora da Abadia, começou a contar sobre o trabalho que vem desenvolvendo para a composição feita na nova imagem de Nossa Senhora da Abadia que vai abrilhantar ainda mais o altar da igreja e da 21ª Festa com a Cidade de Maria.

O trabalho levou cerca de uma semana e meia e foi muito além das expectativas, pois aconteceu cercado de fé e religiosidade católica, como deve ser. No recinto Casa do Pai, que fica no Santuário, começou toda a preparação para compor a imagem de resina, que mede cerca de 1,20 de altura.

“Padre Paulo [pároco do Santuário] comprou essa imagem com a proposta de eu mexer, mas como sou muito curioso, detalhista, fui procurar os desenhos originais”, contou.


Vivianne Nunes

Fotos antigas mostram mudanças feitas com o passar dos anos

Com alguns registros muito antigos em mãos, Germán começou a observar que a primeira imagem de Nossa Senhora da Abadia, que chegou a Campo Grande pelas mãos do mineiro Eliseu Ramos e que entrou na cidade em cima de um carro de boi, cumprindo a promessa que fizera, não tem os mesmos traços da imagem atual.

Foi quando ele percebeu que, com o passar dos anos, a Virgem da Abadia passou por um processo de recuperação que alterou várias características da imagem.

“Essa que estamos trabalhando não vai ficar igualzinha a outra. Estamos mantendo desenhos e detalhes da imagem original, as flores no manto azul e resgatamos alguns desenhos de como ela está agora na catedral. Estudando, descobrimos que ela foi alterada várias vezes e alguns símbolos não tinham sentido teológico. Então, quisemos agregar mais sacralidade”, contou.

Enquanto conversava com a reportagem, extremamente concentrado, Gérman contava sobre a experiência vivenciada naqueles dias em que chegou a preparar os novos símbolos aplicados nas vestes de Maria e todo o processo artístico.

“Fizemos uma união do que já existia, mas a personalizamos de forma que será única no Santuário”, afirmou.

As gravuras nas vestes brancas de Nossa Senhora da Abadia foram divididas em três partes que contemplam a Santíssima Trindade. “Maria que é filha de Deus, mãe do filho Dele e esposa do Espírito Santo. Então trouxemos a palavra de Deus, a eucaristia que representa o ministério da nossa fé e o símbolo mariano”, explicou. “E ela tem o menino Jesus nos braços, mas não está apenas carregando, ela está com os braços estendidos como quem acolhe nossos pedidos e os leva a Jesus. Ao mesmo tempo, é ela quem nos dá Jesus”, completou.


Vivianne Nunes

Concentrado, Germán é devotado ao trabalho e a religião

Arte sacra


Germán está no Brasil desde 2019, quando veio para acompanhar a irmã, e acabou ficando. Na época, segundo seu relato, ele já tinha começado o processo vocacional e a intenção era adentrar ao seminário, o que de fato aconteceu. Por dois anos ele viveu como seminarista, o período foi interrompido, mas será retomado em breve.

O trabalho com artes sacras surgiu ainda na juventude. Criado em ambiente católico, ele conta que a influência da avó, Aura del Carmen Rodriguez, e do tio Asiclo Rodríguez, sacristão da igreja onde serviam, foi crucial para o envolvimento em tudo o que é sagrado.

Germán também destaca o nome do artista plástico e amigo, José Gregório Valência, como um dos que influenciaram seu trabalho com a arte sacra. “Eu sempre gostei de arte, gostava de pintar, mexer com gesso e fazer imagem, mas a inspiração veio desse meu amigo que mora na Venezuela”, contou. Germán conta que nunca frequentou escola de arte, mas que recebeu muitas instruções do amigo e por diversas vezes chegou a trabalhar com ele.

“Para pintar, sempre lembro do José Gregório que falava assim: a gente vê a imagem da Virgem Maria ou um santo, não como simples imagem ou simples obra de arte, nós vemos como de fato uma figura que nos recorda aquela pessoa que temos muita devoção, seja qual for, e tratamos como aquilo que ela representa. Eu estou aqui pintando a imagem da Virgem Maria, eu sei que é gesso, uma imagem apenas, se cair vai quebrar, mas eu também sei que estou pintando uma imagem que representa uma pessoa muito importante. Então, eu vou tomar muito cuidado com ela, como se eu estivesse fazendo para ela. Mesmo que não seja ela, mas eu fui ensinado a ter esse cuidado com aquilo que ela representa”, finalizou.

A 21ª Festa de Nossa Senhora da Abadia terá início nesta quinta-feira, 3 de agosto, nos Altos da Avenida Afonso Pena, onde a Cidade do Natal dará espaço a Cidade de Maria, palco para dez dias de festa em honra a padroeira da arquidiocese de Campo Grande. A nova imagem será entronizada durante a missa solene de abertura do evento a partir das 19h30.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Museu de Arte Sacra Franciscano entra no roteiro do turismo religioso

por 
Ana Santoni 

Museu de Arte Sacra Franciscano entra no roteiro do turismo religioso



O Museu de Artes Sacras Franciscano, instalado por iniciativa do casal de empresários Maria Cristina e Clóvis Manoel em breve vai entrar no roteiro do turismo religioso, do qual Tupã faz parte dentro do mapa da Região Turística do Circuito das Nações, como destaca o portal SP PRA TODOS – do governo de São Paulo.

Além de ressaltar Tupã como Estância e trazer visibilidade para alguns pontos das modalidades de turismo rural, ecológico, histórico e cultural, o site já inclui o município no conceito de turismo religioso, através das Igrejas Batista de Varpa e a Matriz de São Pedro, na Praça da Bandeira.

“É um dos pontos principais do turismo tupãense e, muitas pessoas vêm especificamente para conhecer a Igreja Matriz, pelo tamanho, pela característica e pela beleza”, destacou o presidente do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), Wagner Luques, em entrevista institucional do governo do Estado.

Além das igrejas e museus culturais e históricos que Tupã já possui, logo irá se somar a esse conjunto de atrativo religioso, o Museu de Arte Sacra Franciscano.

O prédio com cerca de 300 metros quadrados está localizado na Rua Iporãns, 1253 – centro de Tupã. Uma área composta por sete salas fica reservada para a exposição de 53 peças, de um acervo de 72. Há também uma loja e um ateliê onde são preparados suvenirs – lembrancinhas ou artigos com características sacras.

Por enquanto, o espaço é aberto ao público provisoriamente de segunda à sexta-feira, das 13h às 17h30, e não há necessidade de agendamento. Maiores informações – WhattsApp (14) 99787-4010.





A pandemia e a fé

De acordo com o fundador do Museu, Clóvis Manoel, apesar de o local já funcionar à visitação praticamente desde a chegada das primeiras peças, após o período de pandemia de Covid-19, ainda não houve um lançamento oficial.

“Ainda assim, esse trabalho ecoou e ganhou as manchetes da imprensa local e regional e o museu já é visitado por adultos e crianças. Por isso, pretendemos em outubro, promover a abertura oficial, dentro da programação de festividades alusiva aos 94 do município de Tupã, como já definimos com o secretário de Turismo, César de Faria, através de sua assessoria”, disse o curador do acervo, cuja devoção a São Francisco deu origem ao nome do museu.

Como prova de que a fé é capaz de mover montanhas, foi durante o momento agudo da pandemia de coronavírus, em 2020, que o empresário Clóvis Manoel reservou parte de seu tempo na recuperação de peças sacras, atendendo a um pedido da esposa Maria Cristina, para restaurar a imagem de São Benedito que possuía em casa.

A partir daí, o casal se aprofundou em pesquisas, troca de informações com artistas brasileiros que atuam na restauração plástica de peças sacras do tipo em cerâmica, gesso, entalhe em madeira, trabalhos em metal, símbolos iconográficos, tapeçarias, artesanato, mosaicos, vitrais, entre outros e investiu parte de recursos próprios para compor e ampliar o acervo.

Atualmente o gestor está regularizando a documentação exigida para esse tipo de atividade, como a criação de um Instituto sem fins lucrativos e registros em órgãos públicos competentes para efetivar o cumprimento das normas pertinentes.


Circuito das Nações

Tupã agora faz parte do mapa da Região Turística do Circuito das Nações, depois que recebeu a instalação do totem de identificação do Programa de Sinalização Turística da Secretaria Estadual de Turismo e Viagens do Governo de São Paulo, que tem como objetivo valorizar as cidades turísticas, apoiando e promovendo os destinos e definindo um padrão de identificação visual para as regiões turísticas do Estado de São Paulo.

O totem instalado na Praça da Bandeira, ao lado do Posto de Informação Turística (PIT) – possui QR Code com informações sobre os pontos das cidades turísticas, incluindo Tupã, e pode ser acessado a qualquer instante.

O certificado, emitido pelo Ministério do Turismo, reforça o município como destino turístico de referência no país, sendo um polo indutor de turismo e no direcionamento de investimentos e novas oportunidades de negócios.

O Mapa do Turismo é um instrumento que reúne municípios que adotam o turismo como estratégia de desenvolvimento e identifica necessidades de investimentos e de ações para a promoção do setor em cada região.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

CRISTIANISMO NA IDADE MÉDIA: IGREJAS, ORDENS RELIGIOSAS, ARTE E TEOLOGIA




OBJETIVO GERAL
Apresentar um estudo sobre a vida e a cultura cristã a partir do olhar da Idade Média, discutindo a produção, a circulação e a apropriação de representações que qualificam as transformações do cristianismo no período e a maneira como a arte representa a cultura feudal, a Igreja e a tradição da época. O curso pretende entender o papel das ordens religiosas como meio de transmissão de valores e narrativas que são incorporadas pela cultura ocidental e utilizadas como parâmetros para a arte e pela cultura.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
– Apresentar as relações do Antigo e do Novo Testamento;
– Apresentar o Cristianismo como forma de expressão de um momento político e de uma determinada sociedade;
– Apresentar o Cristianismo na construção de conhecimento medieval e como esse modelo é apresentado e codificado pela arte;
– Apresentar a arte, a cultura e a simbologia como material reflexivo;
– Analisar, criticar e contextualizar as obras de arte;
– Mostrar a arte cristã como um campo interdisciplinar do conhecimento: Literatura, História, Filosofia, Sociologia, Antropologia, Psicologia, etc.;
– Escolher temas específicos para diversos trabalhos de pesquisa e estimular a produção de projetos em que a utilização da arte e da cultura estejam presentes.

CONTEÚDO

09 de agosto de 2023
AULA 01 – Os Antepassados do Cristianismo: Patriarcas e juízes
A Antiguidade. A Queda do Paraíso, o Dilúvio, Sodoma e Gomorra: a impossibilidade dos homens se autogovernarem. Patriarcas e juízes: o ideal de liderança. As 12 tribos e os povos da antiga Palestina.

16 de agosto de 2023
AULA 02 – Os Antepassados do Cristianismo: Reis e Profetas
A Antiguidade. Reis: o ideal de liderança. O Templo de Jerusalém. A sociedade e a Religião. Cisma: a separação das tribos hebraicas. Profetas: a iniquidade dos homens e a confiança no governo de Deus. A literatura religiosa.

23 de agosto de 2023
AULA 03 – A Palestina nos tempos de Jesus Cristo
A dominação romana. A sagrada parentela. Jesus Cristo: “Rei dos Judeus”. Maria: “Rainha dos Céus”. Apóstolos e Evangelistas.

30 de agosto de 2023
AULA 04 – O cristianismo na Antiguidade Tardia.
A era da igreja primitiva, o tempo dos pais apostólicos, os apologistas, os primeiros mártires cristãos, os pais da igreja e a igreja imperial após o Imperador Constantino. O cristianismo nos relatos dos primeiros cristãos. Catacumbas e cristianismo primitivo. O medo.

13 de setembro de 2023
AULA 05 – Império Bizantino
O Império Bizantino e o crescimento do cristianismo. As disputas teológicas e a iconoclastia. O Estado assente em estruturas romanas. Importante obras de direito, literatura e arte. A Igreja de Santa Sofia. No que diz respeito à cristianização da Europa Oriental, relacionada aos balcãs e à Rússia, a influência bizantina também foi de grande importância.

20 de setembro de 2023
AULA 06 – A expansão do cristianismo na Europa Ocidental
O mundo “bárbaro” como fronteira. A história do Cristianismo na Europa Ocidental. Como o Cristianismo se adaptou às convenções dos povos germânicos, bretões, anglo-saxões e celtas. A imagem aliada à conversão. A arte como testemunho da fé.

04 de outubro de 2023
AULA 07 – Ordens Religiosas e Irmandades
As Ordens religiosas, suas origens medievais, as devoções e o fazer artístico de seus religiosos.
A tradição das irmandades. A herança medieval das associações religiosas de irmãos leigos: patronos, festas, sociabilidades. Artistas e corporações de ofício na Idade Média. Arte e iconografia. Atributo e imagens.

25 de outubro de 2023
AULA 08 – As ordens militares
Templários; A Ordem de Malta ou Cavaleiros Hospitalários; Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém e Ordem Teutônica.

08 de novembro de 2023
AULA 09 – A adaptação aos modelos cristãos: a arquitetura das igrejas
A arte como manifestação do sagrado e como expressão religiosa. Teocentrismo medieval versus antropocentrismo clássico. A emergência da concepção medieval nas artes arquitetônicas e imagéticas. O Românico e o Gótico. As grandes igrejas europeias.

22 de novembro de 2023
AULA 10 – As Heresias.
Visões de paraíso e de inferno. Monstros e seres fantásticos. Heresias e Inquisição. Bruxas, curandeiros e benzedeiras. A terra cristianizada como palco de velhas superstições. O embate na arte entre o paganismo e o cristianismo romanizado.

29 de novembro de 2023
AULA 11 – Alegorias medievais a respeito da morte.
Os desafios da morte. O nascimento do purgatório. As guerras e as pestes. A iconografia referente à morte e ao apocalipse encara, de maneira frágil e moralista, todo o esforço para a construção de uma imagem de poder para a monarquia e para a Igreja. O poder é visto de maneira passageira, no qual, reis, imperadores e governantes sucumbem à morte e à ação do tempo. A questão do tempo e a necessidade de uma vida santificada.

06 de Dezembro de 2023
AULA 12 – A expansão do cristianismo e a nova cruzada: a Reforma Protestante e a descoberta da América
O fim da Idade Média. A Reforma Protestante. A América como a fronteira da nova cruzada. O Cristianismo na América. Os Jesuítas. Como a religião cristã colonial adaptou convenções medievais europeias às tradições indígenas e africanas. A nova terra como palco de velhas superstições.

A quem se destina:
O conteúdo oferece embasamento para estudiosos de Arte, historiadores, profissionais ligados à literatura e comunicação social, religiosos, pesquisadores, professores que pretendam desenvolver o tema em sala de aula, profissionais de todas as áreas, estudantes universitários e interessados em geral.

OBSERVAÇÃO:
Em caso de alguma situação específica, questões físicas relacionadas à audição ou outra necessidade especial, avise à equipe do MAS para que possamos tomar as medidas necessárias para um maior aproveitamento do curso.

NOTIFICAÇÃO
Se você é o detentor dos direitos autorais de imagens ou qualquer material utilizado na divulgação, na apresentação do curso ou em apostilas, entre em contato com o Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS) para que possamos dar os devidos créditos ou retirar, caso assim seja necessário.

PROFESSOR
Marcos Horácio Gomes Dias é Doutor em História Social pela PUC-SP; Mestre em História Social pela USP; pós-graduado em Arte e Cultura Barroca pelo Instituto de Filosofia, Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Bacharel em Ciências Sociais pela USP. Tem experiência na área de História e Sociologia, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Arte; Arte Sacra; História do Barroco e do Rococó; Arte e Cultura em Minas Gerais; Neoclássico, Império e século XIX no Brasil; Teoria da Cultura; Patrimônio Histórico; História da Produção da Imagem; Teoria da Comunicação e Realidade Socioeconômica e Política Brasileira.

Período: De 09 de agosto a 06 de dezembro de 2023 (quartas-feiras)
Horário: das 19:00 às 21:30
Carga horária: 30 horas
Valor: R$ 600,00 à vista – R$ 660,00 em 03 vezes.
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br
Informações: (11) 3322.5393
Whatsapp: +55 (11) 99466-6662
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Metrô Tiradentes
Estacionamento gratuito (sujeito à lotação) – Rua Dr. Jorge Miranda, 43 – Luz

No final do curso o aluno receberá o certificado


terça-feira, 8 de agosto de 2023

INTRODUÇÃO À CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE ESCULTURA POLICROMADA

EMENTA
O curso propõe trazer de forma introdutória, conceitos e práticas acerca da técnica construtiva da escultura policromada e seus principais agentes de deterioração. Introdução aos materiais de restauro e testes com massas para tratamento de suporte e de policromia.

METODOLOGIA
Curso presencial, com prática e testes de materiais

CONTEÚDO
– Tipos de esculturas / tipos de suportes
– Técnicas de policromia e efeitos decorativos
– Causas da deterioração em esculturas
– Materiais e ferramentas
– Tecnologia construtiva de esculturas policromadas (prática passo a passo)
– Testes de massas consolidação e tratamento de suporte
– Testes de massas de nivelamento e tratamento de policromia
– Discussão dos resultados

MATERIAL INDIVIDUAL DO ALUNO
– Espátula odontológica nº 72
– Espátula para pintura pequena
– Pincel chato médio de cerdas macias
(Sugestão: Tigre® série 181 nº 16 orelha de boi)
– Jaleco branco de manga longa

A QUEM SE DESTINA
Artistas plásticos, artesãos, estudantes e profissionais de arte, estudantes e profissionais de conservação e restauro e interessados em geral.

PROFESSORA
Flávia Andrea Siqueira Dias é mestranda pelo IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares da USP – Universidade de São Paulo, onde desenvolve pesquisa na área de pigmentos.

Especialista lato sensu em História da Arte pelo Centro Universitário Claretiano. Técnica em Conservação e Restauro de Bens Culturais pela Fundação de Arte de Ouro Preto. Graduada em Licenciatura Plena em Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas, pela Universidade do Estado de Minas Gerais – Escola Guignard.

Atuou como professora nos cursos técnicos da Fundação de Arte de Ouro Preto e do Centro Técnico Templo da Arte. Integrou equipes de conservação e restauro nas instituições Museu de Arte Sacra de São Paulo, Grupo Oficina de Restauro, Fundação de Arte de Ouro Preto, INHOTIM e Fundação Clóvis Salgado. Fundadora proprietária da empresa Flávia Dias Conservação e Restauro, desde 2020.

Datas: 11, 13, 18 e 20 de setembro de 2023 – segundas e quartas
Horário: das 9 às 17h (intervalo para o almoço)
Carga horária: 32
Vagas: 15
Valor: R$ 900,00 (novecentos reais) à vista ou R$ 1.000,00 em duas vezes.
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br
Informações: (11) 3322- 5393
+55 11 99466-6662 (WhatsApp)
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 – Metrô Tiradentes
Ao final do curso o aluno receberá o certificado de participação.

Antes de fazer sua matrícula no curso, veja abaixo as condições:

→ Cancelamento do curso ou mudança de datas

Se o número mínimo de inscritos não for alcançado ou em caso de imprevistos, o curso poderá ser cancelado ou ter datas e horários alterados. Nesse caso, a equipe MAS entrará em contato com todos os inscritos para informar.

→ Vagas remanescentes e lista de espera

Caso receba um e-mail informando que sua inscrição está numa lista de espera, aguarde o contato da equipe MAS até 07 (sete) dias antes do início do curso. Se não receber o e-mail com as orientações de matrícula dentro deste prazo, significa que não houve nenhuma desistência e que não há vagas remanescentes para do curso em questão.

→ Cancelamento de matrícula

Para cancelar sua matrícula e pedir reembolso do valor pago, envie um email com sua solicitação no prazo máximo de até 07 (sete) dias antes do início do curso. Será devolvido 80% do valor pago.

Se o cancelamento da matrícula for efetuado após o prazo de 07 (sete) dias, não haverá devolução do valor pago, mas o participante poderá indicar outra pessoa para sua vaga, que gozará dos 100% já pagos.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

14º Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra CNBB


02 a 06 de outubro de 2023
Brasília/DF


A Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da CNBB através do setor de Espaço Litúrgico promove a cada dois anos o "Encontro Nacional de Arquitetura e Arte Sacra", com a intenção de promover um debate acadêmico e interdisciplinar sobre a dignidade dos espaços de celebração, bem como a importância da preservação do patrimônio artístico e cultural da Igreja. Os encontros favorecem assim, o intercâmbio de experiências e a formação.

Os Encontros Nacionais começaram a ser desenhados em 1967, com diversas iniciativas de encontros e formações. Porém só em 1996 que uma equipe é formada e os encontros tomam forma. A partir dai atinge cada vez maior número de participantes, tornando-se um evento oficial para a Igreja e o mundo acadêmico.

O 14º ENAAS terá como tema: "60 anos da Sacrosanctum Concilium à luz da Desiderio Desideravi", será realizado em parceria com a Associação dos Liturgistas do Brasil - ASLI, na capital federal, Brasília.




Principais conferencistas
Dom Jeronimo Pereira
Pe. Gustavo Hass

Público

São convidados a participar dos encontros nacionais: Estudantes, docentes, profissionais de arquitetura, engenharia e artes, padres, diáconos, seminaristas, religiosos, membros dos conselhos de economia e administração de paróquias e santuários, equipes de liturgia e leigos. Também fazem parte do público-alvo do encontro os envolvidos tanto direta quanto indiretamente em construções, reformas e decorações das igrejas e que desejam aprofundar a relação entre liturgia, arquitetura e arte, como decoradores, organizadores do espaço celebrativo para casamentos e formaturas e técnicos de som e iluminação.
Local



Casa de Encontros
Dom Luciano Mendes de Almeida

SGAN 905 Conjunto C, Asa Norte - Brasília/DF

Inscrições de
01 de abril a 20 de setembro de 2023
inscreva-se AQUI

Investimento:

1º lote: 01ABR a 30JUN - R$ 240,00
2º lote: 01JUL a 20SET - R$ 280,00


50% de desconto na inscrições para estudantes!
Para obter o desconto, os estudantes deverão solicitar a ficha de inscrição através do endereço espacoliturgico@cnbb.org.br, informando no corpo da mensagem seu nome, instituição de ensino e o curso.


Hospedagem

As hospedagens poderão ser feitas no próprio local do encontro, ou em hotéis ou pousadas.

Hospedagem no local do encontro:
R$ 250,00 - quartos individuais*
R$ 195,00 - quartos duplos ou triplos*

* Valores por pessoa.

Para reservas, entre em contato através dos canais:
espacoliturgico@cnbb.org.br
(61) 99807-7241 (Pe. Thiago Faccini)
Comunicações


Os participantes do 14º ENAAS poderão realizar comunicações científicas, distribuídas em três eixos:
Teologia do Espaço Sagrado
Arquitetura e Espaço Litúrgico
Patrimônio e Arte Sacra


Serão aceitas comunicações propostas por alunos do Programa de Iniciação Científica (PIBIC), pós-graduandos Lato Sensu e Stricto Sensu, mestres e doutores. As comunicações devem ser enviadas para submissão da comissão científica do Encontro conforme cronograma. Clique aqui para conferir.


Os textos aprovados pela comissão científica, poderão ser publicados no Site do Setor de Espaço Litúrgico: www.espacoliturgicocnbb.com.br
BAIXE AQUI o edital completo


V Mostra de Arquitetura e Arte Sacra


O Setor Espaço Litúrgico da CNBB, com o propósito de apresentar, discutir e divulgar experiências ligadas à arquitetura e à arte sacra, promove a V Mostra de Arquitetura e Arte Sacra, que acontecerá durante o 14º ENAAS.

A Mostra visa a troca de experiências entre os participantes do Encontro e o debate sobre o desenvolvimento de projetos de arquitetura que favoreçam a liturgia e sejam fruto da experiência das comunidades onde estão inseridos.

Os trabalhos inscritos serão pré-selecionados por uma comissão julgadora formada por especialistas em arquitetura e liturgia.
BAIXE AQUI o edital completo


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