segunda-feira, 30 de julho de 2012

Santuário Nossa Senhora da Piedade como Atrativo Turístico de Especial Relevância

BELO HORIZONTE, (ZENIT.org


O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, assina na próxima terça-feira, dia 31, às 9h, o decreto que declara o Santuário Nossa Senhora da Piedade como Atrativo Turístico de Especial Relevância. A solenidade de assinatura será no Santuário, que fica na Serra da Piedade, em Caeté (MG), a mais de 1,7 mil metros de altitude. Com uma paisagem privilegiada e emoldurada pela imensidão das montanhas e do verde, o Santuário atrai milhares de peregrinos desde o século 18.  
O dia 31 de julho marca os 52 anos de consagração do Estado de Minas Gerais a Nossa Senhora da Piedade, tornando-se assim, a padroeira dos mineiros.   
Conta a tradição que, entre 1765 e 1767, uma jovem, muda de nascimento, teria sido abençoada com a aparição de Nossa Senhora, no alto da Serra da Piedade. A menina recuperou a fala e o acontecimento atraiu muitas pessoas para a região.  Foi nessa época que o ermitão português Antônio da Silva Bracarena construiu uma capela no alto da Serra, dedicada à Nossa Senhora da Piedade. Rapidamente, o local tornou-se um centro de peregrinação.
Dois séculos depois, em 1958, o Papa João XXIII proclama Nossa Senhora da Piedade como a Padroeira de Minas Gerais. Para marcar esse momento tão importante, o Santuário recebeu a imagem de Nossa Senhora da Piedade, do mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.  No dia 31 de julho de 1960, foi realizada na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, a grande festa de consagração do Estado à sua padroeira, consolidando ainda mais a tradição do Santuário. 
A Arquidiocese de Belo Horizonte iniciou, em 2010, um processo de revitalização do Santuário da Padroeira de Minas que, recentemente, foi premiado como hors concours na eleição das Sete Maravilhas da Estrada Real.  O local é tombado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha). 



Fonte: Arquidiocese de BH

domingo, 29 de julho de 2012

Santuário Nossa Senhora da Piedade - MG



 
 
O Santuário Nossa Senhora da Piedade está localizado a 48 km da capital mineira e a 16 km do município de Caeté, num cenário de riquíssima beleza natural, no alto da montanha, a 1746 metros acima do nível do mar. Além de ser um local convidativo à reflexão, à oração e ao encontro com Deus, o Santuário é uma atrativa opção para quem procura um momento de relaxamento e contato com a natureza.
Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade
Do alto do Santuário, em dias claros, é possível ter uma das mais belas vistas das montanhas de Minas. 360 graus de panorama, com mil e uma facetas da beleza que só a mãe natureza oferece de maneira tão generosa, inspirando a conduta humana.
Em dias mais frios e nublados, o espetáculo é ainda mais bonito. Do topo da Serra da Piedade descortina-se uma deslumbrante paisagem do verde das matas subindo e descendo montanhas, de onde avista-se também seis cidades: Belo Horizonte, Caeté, Lagoa Santa, Santa Luzia, Raposos e Sabará.
 
Vista do alto do Santuário
 JUBILEU DE OURO DA CONSAGRAÇÃO DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE - PADROEIRA DE MINAS
No ano de 2010 comemoramos o cinquentenário da proclamação oficial de Nossa Senhora da Piedade como padroeira do Estado de Minas Gerais.
O ano jubilar foi vivido em meio a muitos empenhos pela preservação do conjunto de tudo o que constitui este grande dom de Deus, o Santuário de Nossa Senhora na Serra da Piedade. Os esforços incluem o cuidado e melhorias de toda a infraestrutura do Santuário para proporcionar aos fiéis as melhores condições para sua peregrinação, vivência espiritual e deleite desta beleza singular e tão única.   

HISTÓRIA

Os fidalgos portugueses Antônio da Silva Bracarena e Irmão Lourenço, fundador do Colégio do Caraça, chegaram por volta do século XVIII e construíram na Serra da Piedade um rústico eremitério e, ao lado, uma igreja dedicada à Nossa Senhora, Santa pela qual tinham grande devoção.
Venerada há mais de dois séculos, a Santíssima Virgem Maria teve decretada, através das Letras Apostólicas "Haeret animia" de 20 de novembro de 1958, o título de Nossa Senhora da Piedade e Padroeira do Estado de Minas Gerais. Para solenizar fato de tamanha importância, chegou à capital mineira, em 14 de maio do mesmo ano, a imagem que se cultua até hoje na Serra da Piedade.
Em 1956, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Santuário Nossa Senhora da Piedade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), através do Processo de nº 526-T-55; Inscrição nº316, Livro Histórico, folha 53; Inscrição nº 16, Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, folha 04, de 26 de setembro de 1956.
O Papa João XXIII proclamou Nossa Senhora da Piedade Padroeira do Estado de Minas Gerais, em1958.
Em 31 de julho de 1960 é realizada na Praça da Liberdade uma festa maravilhosa para a solene consagração do Estado de Minas Gerais a Nossa Senhora da Piedade. Esta consagração valorizou ainda mais o Santuário, consolidado na sua importância e tradição do seu jubileu e suas romarias. O Santuário é elevado à condição de Santuário Estadual de Minas Gerais. Lá está a imagem de Nossa Senhora da Piedade, do século XVIII, de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), magnífica e inspiradora, abençoando Minas e seus peregrinos. A todos um convite para conhecer, visitar e sentir, para inspirar a vida - assim dizia o poeta Mário de Lima: “Da Serra da Piedade ao céu é um simples voo”.

Fatos importantes marcaram o ano de 2004:
- O governador do Estado sancionou a Lei nº 15.178/04, em 16 de junho, que define os limites de conservação da Serra da Piedade - de acordo com diretrizes do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), considerada Área de Proteção Ambiental, em cumprimento do disposto no & 1º. do Art. 84 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado de Minas Gerais.
- Tombamento Municipal do Conjunto Cultural, Arquitetônico, Paisagístico e Natural da Serra da Piedade - Decreto no.2.067/04, de 20 de dezembro de 2004 e  Unidade de Conservação Estadual na categoria Monumento Natural - Constituição do Estado de Minas Gerais/1989, art 84 - lei 15.178/04.
2010: Governador do Estado assina um ofício que torna o Santuário um atrativo turístico de especial relevância no Estado. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan aprovou, em dezembro de 2010, a extensão de tombamento do conjunto arquitetônico e urbanístico da Serra da Piedade em Minas Gerais
Com a extensão de tombamento, o polígono de proteção abrange a antiga área tombada pelo Iphan, os tombamentos estadual e municipal e garante a visibilidade do bem, incluindo sua linha de perfil, os recursos hídricos, a biodiversidade e os aspectos cênicos. 

Imagem da Santíssima Virgem Maria
 
A escultura de Nossa Senhora da Piedade, esculpida no século XVIII, é de autoria de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho).

INFRAESTRUTURA
O local, que tem seu percurso todo asfaltado, possui ampla infraestrutura para receber os visitantes: lanchonete, casa dos romeiros  e estacionamento. A Casa dos Peregrinos Dom Silvério, construída para orações, meditações e seminários, destaca-se pelo seu audacioso projeto arquitetônico.
PEREGRINAÇÕES
O Santuário é um lugar especial de encontro sacramental com a Palavra do Senhor. Um convite à oração e à reflexão. Por isso, todos os anos, milhares de fiéis fazem peregrinações ao Santuário Nossa Senhora da Piedade.
Vínculo espiritual com a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma
Desde 13 de maio de 2010, a Ermida da Padroeira e a Igreja Nova das Romarias estão vinculadas espiritualmente à Basílica de Santa Maria Maior em Roma - é uma grande alegria para todos os  fiéis poder receber a indulgência plenária durante a Confissão Sacramental, a Comunhão Eucarística, a Oração do Senhor (Pai Nosso) e o Símbolo da Fé (Credo).

Principais períodos de peregrinação:
- Quaresma: peregrinações penitenciais aos domingos
- 5 de agosto: dedicação da Basílica de Santa Maria Maior 
- Agosto a setembro: peregrinações do Jubileu
CELEBRAÇÕES
- Terça a sexta-feira: 15h
- Sábado:
11h
- Domingo:
9h30, 11h e 16h

Vista noturna do Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade
VISITAÇÃO E HOSPEDAGEM
O Santuário está aberto para visitação durante todos os dias da semana, de 8h às 17h. Para os visitantes que desejarem vivenciar por mais tempo este momento de espiritualidade e fé, e aproveitar as belezas naturais da Serra da Piedade, a Casa dos Peregrinos Dom Silvério oferece serviço de hospedagem para até 38 pessoas.

Para mais informações sobre os serviços de hospedagem, reservas e tarifas, basta entrar em com a secretaria do Santuário.
ACESSO
1 - Carro: saindo de Belo Horizonte, após percorrer 37 quilômetros pela rodovia BR-381, entre à direita, no trevo em direção a Caeté. Mais à frente a estrada se divide: uma via segue para Caeté e outra para a Serra da Piedade.

2 - Ônibus: no terminal Rodoviário de Belo Horizonte, a Viação Saritur ou linhas 4800 e 4810 faz o percurso com destino a Caeté. Descer no Trevo da Serra da Piedade e subir a pé. É ótimo para quem gosta ou está acostumado a longas caminhadas. O ar puro e a vista deslumbrante ajudam no trajeto até o alto da serra.

3 - Táxi: ir de ônibus até a rodoviária de Caeté. Alugar um táxi de Caeté até a Serra.

Todo o percurso até o Santuário é asfaltado - Foto de Luiz Lage
DICAS
- Por estar localizada a 1746 metros de altitude, variações de temperatura são constantes. Por isso, lembre-se de trazer um agasalho.
- Em um lugar com tanta beleza, uma câmera fotográfica é item indispensável. Traga a sua e registre cada momento de sua visita.

Pôr do sol visto do topo da Serra da Piedade - Foto de Luiz Lage  
RESPONSÁVEIS
- Padre Nédio dos Santos Lacerda (reitor)
- Padre Carlos Antônio da Silva (pró-reitor da Ermida)
- Padre José Emídio de Sousa (pároco)
MAIS INFORMAÇÕES
- Santuário Nossa Senhora da Piedade - Secretaria: (31) 3651-1672

Fonte: Arquidiocese de Belo Horizonte

sábado, 28 de julho de 2012

O que é Arte Sacra para você - Júlio de Oliveira Filho*


Desde criança convivi com a arte. Minha mãe desde quando me recordo já era pintora de telas a óleo. Lembro me bem do cheiro exalado pelas tintas, terebentina e vernizes. Via e vejo sempre diferenças em suas telas de rostos e paisagens comuns a cenas ou imagens sagradas.
Penso que na arte sacra sempre há algo de sagrado na expressão do artista. O pintor, o escultor, enfim o artista, expressa sua fé em suas obras. Muitas vezes essas obras, tamanha perfeição, grandiosidade e esplendor, nos parece que o Pai em sua benevolência, segura a mão do artista, guiando-o nesse ato de fé.

Cite uma obra que lhe chama a atenção.


Me impressiona a perfeição de detalhes da escultura Pietá de Michelangelo. Toda vez que me encontro com fotos em detalhes me emociono. Logo me vem a mente o a dor da Mãe pela perda e o sofrimento do Filho.

*Julio de Oliveira Filho, 61 anos, restaurador a 12 anos, discípulo de Emiliana Salgado pintora e restauradora a 60 anos, atualizações em vários workshops.



Um território sagrado em Ouro Preto completa três séculos de existência - Paróquia N. Sra. do Pilar - MG


Católicos comemoram 300 anos da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto, uma das mais antigas de Minas e que abrange 23 templos, entre eles a imponente igreja matriz

 Por Gustavo Werneck - Estado de Minas







Ouro Preto – Na manhã ensolarada e de temperatura agradável, o pintor Francisco Marcos Olímpio recria, em aquarela, a fachada da Matriz de Nossa Senhora do Pilar, no Centro Histórico da cidade. Um estrangeiro chega, compara a pintura e o original e aprova o trabalho com um sorriso. Logo em seguida, atraído pela grandiosidade da igreja, o visitante atravessa a porta principal e começa a percorrer o universo permeado pela fé, pleno de beleza e imerso no esplendor barroco. Diante de altares, anjos dourados, imagens em policromia e pinturas de flores, o silêncio “fala” mais alto e o encantamento ocupa todos os espaços que os olhos podem alcançar. Quem entra na matriz fica maravilhado com o território sagrado, dono de uma trajetória singular, recheado de curiosidades e, agora, em temporada de festa. No dia 15, com toda a pompa que a data exige, os católicos vão celebrar os 300 anos da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, uma das mais antigas de Minas e com acervo sacro rico e diversificado presente em 23 templos.

As alfaias (tudo que enfeita, incluindo os paramentos) e a prataria estão sendo preparadas com o maior capricho para a comemoração do tricentenário, diz o diretor do Museu de Arte Sacra de Ouro Preto, vinculado ao Pilar, Carlos José Aparecido de Oliveira. “Nesse dia, não teremos flores na igreja, só a prata da casa. Todo o acervo ficará sobre a mesa do altar-mor, durante as missas e demais cerimônias em honra à padroeira do município”, adianta Carlos José, que trabalha na paróquia há mais de 20 anos. Guardião da memória, ele lembra que o jubileu é ótima oportunidade para que as pessoas conheçam a história da matriz que se confunde com a de Ouro Preto, antiga Vila Rica. “Trata-se de um lugar único, com arquitetura belíssima e características muito próprias. A nave tem a forma de um polígono de oito lados, com seis altares, tribunas sobrepostas e uma área específica para o coro”, explica enquanto mostra nos retábulos as imagens de São Miguel e Almas, Santana, Senhor dos Passos, Santo Antônio dos Pardos, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e Nossa Senhora das Dores.

O projeto e execução do entalhe são de autoria do português Francisco Xavier de Brito, que chegou a Vila Rica em 1741 e trabalhou no Pilar de 1746 a 1750, e, segundo estudos, teria sido mestre de Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814). Outros entalhadores portugueses importantes trabalharam ali, entre eles Manoel de Brito e o mestre de obras Pedro Gomes Chaves. Já as pinturas têm a marca de João de Carvalhares, Bernardo Pires da Silva, João Batista de Figueiredo e Manoel Ribeiro Rosa. Ainda atuaram nesse espaço o entalhador Ventura Alves Carneiro, em 1751, no arco-cruzeiro, e José Coelho de Noronha (1754), autor do resplendor do trono, atualmente no coro.

Devoção
“Em 1705, nos arraiais que deram origem a Vila Rica, já se falava na devoção a Nossa Senhora do Pilar, que teria chegado à região com os bandeirantes”, conta o historiador Carlos José, explicando que o culto é originário da Espanha. Fatos importantes tiveram o primitivo templo como palco, entre eles a posse, em 1711, do governador Antonio de Albuquerque, quando os arraiais se transformaram em Vila Rica. Na mesma data, a imagem da padroeira foi entronizada e, no ano seguinte, o bispo do Rio de Janeiro, dom Frei Francisco de São Jerônimo – nessa época, a diocese de Mariana, à qual Ouro Preto está ligada, ainda não tinha sido criada –nomeou um pároco e autorizou a compra dos vasos sagrados (cálices, âmbulas etc.) e paramentos em quatro cores (vermelho, verde, branco ou amarelo e preto) para celebração dos sacramentos, além da presença de uma pia batismal “decente”.

O tempo passou, a população cresceu, até que em 1728 a mesa administrativa das irmandades do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora do Pilar decidiram aumentar a igreja, que não comportava o número de fiéis. Da mesma forma, o terreno se tornava pequeno para construção dos túmulos dos irmãos. As obras de ampliação começaram dois anos depois e ganharam uma inauguração que passou a história como a maior festa dos tempos coloniais. O Triunfo Eucarístico, em 1733, num tom quase operístico, misturou elementos sacros e profanos, num cortejo pelas ruas de Vila Rica.

Tombada desde 1930 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Matriz de Nossa Senhora do Pilar recebeu obras de vulto nas décadas de 1940, 50 e 60, com troca de peças de madeira por concreto. No século 19, afirma o historiador, a maior parte dos elementos artísticos foi encoberta por tinta branca, o que só foi removido com as obras de restauro a partir dos anos 40. O atual titular da paróquia, padre Marcelo Moreira Santiago, está certo de que o cargo é uma honra, mas também exige responsabilidade. “Tenho um olhar de gratidão sobre todos aqueles que nos precederam em três séculos”, afirma.

Nesses tempos, merecem destaque outros dois momentos, um de alegria e outro de uma tristeza que ninguém esquece. O primeiro, em 1963, está na nomeação pelo papa João XXIII, da imagem como Padroeira Pontifícia. Para o feito, a comunidade se uniu e mandou fazer uma coroa de ouro cravejada de pedras preciosas. Dez anos depois, em 2 de setembro, ladrões levaram grande parte do acervo, incluindo a coroa da padroeira e peças usadas no Triunfo Eucarístico. Eram tempos de ditadura militar e o roubo virou assunto proibido de divulgação na imprensa por determinação do então Serviço Nacional de Informações (SNI). Até hoje, o crime não foi esclarecido nem as peças encontradas. A funcionária da paróquia, Geralda da Purificação Gomes, lembra bem do episódio e do sofrimento do padre Simões, acusado injustamente e alvo de prisão. “Os ladrões levaram um ostensório maravilhoso, que se transformava num cálice.”

Na saída
Uma hora depois da visita, o turista estrangeiro sai com os olhos brilhando. Ele se dirige ao artista plástico Francisco Marcos Olímpio, examina mais uma vez a aquarela, leva o trabalho e sai feliz da vida subindo a Rua da Escadinha, que conduz ao Centro Histórico.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Bahia – Iphan entrega restauração de azulejos da Matriz de Cachoeira

NS do Rosário Salvador - O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entrega na próxima sexta-feira, 27 de julho, às 11h, a restauração dos painéis de azulejos da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Uma missa solene, celebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Gregório Paixão vai devolver o templo à comunidade, com a presença da ministra da Cultura, Ana de Hollanda e pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida.
Foram investidos na recuperação dos azulejos portugueses R$1,3 milhão. A obra é um dos mais expressivos conjuntos do período rococó no Brasil. Pesquisas indicam que eles vieram das melhores fábricas existentes na época em Portugual. As imagens nos azulejos persuadiam os observadores e indicavam como os fiéis deveriam se comportar perante a Igreja e a Coroa Portuguesa. O IPHAN foi responsável pela elaboração dos projetos e pela contratação dos serviços de restauração.
Os azulejos que revestem as paredes da nave, a uma altura aproximada de cinco metros, apresentam grandes composições e estão integrados com a arquitetura, completando os diversos elementos arquitetônicos, como portas, arcos, púlpitos e coro. A restauração foi necessária em função do avançado estágio de degradação dos painéis, que sofriam com o elevado grau de salinidade das alvenarias. Participaram dos trabalhos de restauração equipes multidisciplinares que atenderam às demandas técnicas e artísticas.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

NECESSIDADE DE RELAÇÃO ENTRE BELEZA E ARTE?


R.Papa, San Francesco, 2002
cupola cattedrale Bojano, (CB) 

As teorias estéticas contemporâneas propõem definições extremamente fluidas da arte, até mesmo líquidas, aparentemente elásticas e transitáveis, mas que frequentemente acabam por se revelar extremamente rígidas, com fronteiras intransponíveis. 
Um desses limites, sub-repticiamente elevado, diz respeito à separação imperativa de arte e beleza, um limite exterior da arte com referência à transcendência. Essa abordagem lança muitos problemas teóricos para traçar uma definição do conceito de arte. Gostaríamos de discutir a questão da relação entre arte e beleza, entre arte e transcendência, de um ponto de vista particular, ou seja, refletindo sobre o Magistério da Igreja. Nele encontramos não apenas indicações que têm valor para os crentes, mas também o fundamento sério e rigoroso de um discurso que se mostra como verdadeiro para cada pessoa. Na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis, Bento XVI, refletindo sobre o espírito da liturgia, dá luz a uma reflexão sobre a arte a serviço da celebração, fundada na ligação profunda entre "beleza e liturgia"; em particular, lê-se: “O mesmo princípio vale para toda a arte sacra em geral, especialmente para a pintura e a escultura, devendo a iconografia religiosa ser orientada para a mistagogia sacramental. Um conhecimento profundo das formas que a arte sacra conseguiu produzir, ao longo dos séculos, pode ser de grande ajuda para quem tenha a responsabilidade de chamar arquitectos e artistas para comissionar-lhes obras de arte destinadas à ação litúrgica; por isso, é indispensável que, na formação dos seminaristas e dos sacerdotes, se inclua, entre as disciplinas importantes, a História da Arte com especial referimento aos edifícios de culto à luz das normas litúrgicas. Enfim, é necessário que, em tudo quanto tenha a ver com a Eucaristia, haja gosto pela beleza; dever-se-á ter respeito e cuidado também pelos paramentos, as alfaias, os vasos sagrados, para que, interligados de forma orgânica e ordenada, alimentem o enlevo pelo mistério de Deus, manifestem a unidade da fé e reforcem a devoção” (n. 41). A arte sacra, a serviço da liturgia, visa à "mistagogia sacramental" e deve ser impregnada de "gosto pela beleza”. Suspendamos por hora, deixando a análise para um próximo artigo, a afirmação de que é "indispensável" que seminaristas e padres conheçam a história da arte, para formar o gosto pela beleza. Destaquemos, por sua vez, a relação íntima e inseparável de arte sacra e beleza, fundada no coração da própria liturgia; no mesmo documento, agora lemos: "A beleza da liturgia pertence a este mistério; é expressão excelsa da glória de Deus e, de certa forma, constitui o céu que desce à terra. O memorial do sacrifício redentor traz em si mesmo os traços daquela beleza de Jesus testemunhada por Pedro, Tiago e João, quando o Mestre, a caminho de Jerusalém, quis transfigurar-Se diante deles (Mc 9, 2). Concluindo, a beleza não é um fator decorativo da ação litúrgica, mas seu elemento constitutivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação. Tudo isto nos há-de tornar conscientes da atenção que se deve prestar à ação litúrgica para que brilhe segundo a sua própria natureza (n. 35). A beleza, enquanto atributo de Deus, é elemento constitutivo da liturgia e também da arte sacra. Trata-se de uma implicação preciosa, que ancora a beleza da arte sacra em Deus. Também em uma reflexão externa ao âmbito litúrgico e sacramental, uma séria consideração sobre a arte mostra como a beleza lhe é um atributo constitutivo, porque cada artista opera à imagem de Deus criador, e porque o belo é uma propriedade transcendente do ser, um atributo que tudo possui, porque, enquanto criado, participa do ser de Deus. Este percurso é traçado por João Paulo II na Carta aos Artistas de 1999, dirigida a todos os artistas no mundo, definidos como "construtores geniais de beleza". Desta forma, João Paulo II dá ao artista o seu próprio campo de ação, destaca o coração de sua identidade. Não se trata de uma consideração puramente descritiva ou constatação de um fato, mas é quase a enunciação de um princípio, o convite a uma nova aliança entre a arte e a beleza. A definição "construtores geniais de beleza" é complexa e profunda em cada termo. O substantivo "construtores" refere à clássica definição de ars como recta ratio factibilium, ou seja, um campo de produção: o artista é um artífice. É assim evocado um âmbito que infelizmente entrou em desuso em muitas teorias da arte, desprezado nas discussões sobre a real produção artística. O adjetivo “genial” dialoga com toda história da reflexão estética, enfatizando na posse de "gênio", a peculiaridade da arte em comparação com o artesanato e outras técnicas de produção. Mas é o complemento, "beleza", o verdadeiro coração da definição: a beleza é o objeto e a finalidade da própria arte. Esta ênfase, que se coloca em continuidade com uma tradição multimilenar, é corajosamente contrastada com tantas estéticas contemporâneas do feio, que teorizam a fealdade como o verdadeiro campo artístico ou, pior ainda, propõem uma absoluta indiferença entre o belo e o feio. João Paulo II recoloca a arte no território da beleza, sujeita às regras do fazer, no reconhecimento daquele dom particular que usualmente é chamado de “gênio” e que, no contexto da Carta aos Artistas, revela-se como um talento natural e um dom do Espírito Santo. O caráter imprescindível da beleza em todas as artes – pintura, escultura, arquitetura... – implica necessariamente um repensar da própria noção de beleza, que, como mostraremos nos próximos artigos, encontra a sua melhor clarificação na tradição aristotélico-tomista medieval e renascentista.

Fonte: Rodolfo Papa /Blog

México:catedral de Tijuana declarada monumento histórico



Antigo relógio também é reinaugurado

TIJUANA,  (ZENIT.org) - O arcebispo de Tijuana, dom Rafael Romo Muñoz, e o padre José Pedro López, pároco da catedral de Nossa Senhora de Guadalupe e coordenador do Patrimônio Diocesano da Arquidiocese de Tijuana, apresentaram a placa comemorativa que declara a catedral como Monumento Imóvel Histórico. A celebração fez parte do 123º aniversário da cidade fronteiriça entre o México e os Estados Unidos, neste domingo, 22.
“Tivemos um momento muito singular na catedral, depois de um árduo trabalho de conscientização e de motivação. Conseguimos que a nossa catedral fosse indicada nacionalmente como um monumento histórico. É o primeiro monumento histórico formalmente declaradoem nosso Estado[da Baixa Califórnia]”, disse o arcebispo.
Participaram do evento o secretário do governo estadual, Francisco García Burgos, em representação do governador da Baixa Califórnia, além de outras personalidades da política e da cultura, sacerdotes e convidados especiais.
A catedral teve ainda o seu relógio monumental restaurado e remodelado para anunciar as horas com melodias religiosas e guadalupanas. Durante a reinauguração, os participantes ouviram o Hino Guadalupano. Os sinos também foram substituídos.
O templo começou a ser construído nos anos quarenta, a cargo dos Missionários do Espírito Santo. Há cerca de sete anos, começaram os trâmites para a inclusão da catedral no programa de monumentos históricos, fato que tem especial importância para os milhões de moradores católicos da segunda maior cidade do México.
 (Tradução:ZENIT)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Santa Úrsula: começa escavação da primeira tumba


Novidades mudam o panorama das descobertas sobre a Mona Lisa



ROMA,  (ZENIT.org) -

Começou dia 17, na presença de jornalistas, a escavação da tumba de terra descoberta durante a segunda fase das obras da Província de Florença no antigo convento de Santa Úrsula.
“Este, sem dúvida, é o altar que era usado no tempo de Lisa Gherardini”, confirma Valeria D'Aquino, arqueóloga da Superintendência da Toscana. “Esta descoberta descarta o altar que tinha sido encontrado anteriormente, no lado oposto da igreja, durante as escavações do ano passado”.
"Temos que reler com outra perspectiva as notícias de arquivo sobre o trabalho das franciscanas depois de 1450", afirma Silvano Vinceti, presidente do Comitê de Valorização do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental, que está conduzindo um estudo independente para identificar os restos mortais da Mona Lisa. "Podemos fazer novas conjecturas sobre o enterro de Lisa Gherardini, que ocorreu em 1542, ou seja, quando era usado na igreja de Santa Úrsula exatamente o altar que foi achado nos últimos dias, nas escavações feitas pela Superintendência".
A operação também será acompanhada pelo assessor de edificações da Província de Florença, Stefano Giorgetti.
(Tradução:ZENIT)

terça-feira, 17 de julho de 2012

Olinda recebe de volta nove peças sacras restauradas

Nove peças que fazem parte do acervo sacro da cidade de Olinda voltam às suas igrejas. As obras, do século 18, pertencem a Igreja do Amparo e ao Seminário de Nossa Senhora das Graças e foram restauradas pelo Laboratório de Preservação de Bens Móveis e Integrados de Olinda.


A cerimônia de entrega acontece na terça-feira, dia 17, às 15h, no Palácio dos Governadores, com a presença do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. As nove peças permanecerão em exposição até o dia 20 de junho, com projeções explicando todas as etapas do restauro. Além disso, os técnicos do Laboratório de Restauro de Olinda estarão presentes na exposição para tirarem dúvidas dos visitantes sobre o trabalho feito.

As peças retratam as imagens de Cristo Morto, São José de Botas, duas peças de Nossa Senhora da Conceição, Santana, Santa Virgem, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e duas colunas toscas.Destas, o Cristo Morto, pelo seu tamanho, foi apontado como uma das obras que demorou mais no processo de restauro.



Fonte: Diário de Pernambuco

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Restaurando Crucifixo














Imagem de Aparecida Reis

Espanha: três mil pueri cantores invadem Granada

Começa o XXXVII Congresso Internacional




GRANADA,  (ZENIT.org)

 A plaza de toros de Granada, no sul da Espanha, acolheu a abertura do XXXVII Congresso Internacional dos Pueri Cantores, grupo de três mil crianças a partir de seis anos de idade que cantam em catedrais, igrejas e templos, procedentes de 90 corais de 18 países.
A arena de touradas abriu as portas às 19h30 para acolher os corais participantes no congresso, que transformou Granada na sede mundial das vozes brancas. A cidade andaluza superou a candidatura de outras com grande tradição musical, como Bruxelas e Paris.
A cerimônia de abertura começou com um espetáculo flamenco de cordas e um coral rociero, além da apresentação de todos os corais e federações participantes.
O presidente da Federação Nacional dos Pueri Cantores, José Martínez, e o arcebispo de Granada, dom Javier Martínez, abriram o evento com discursos de boas-vindas. Depois de uma oração universal de fiéis, da leitura do evangelho e dos cantos acompanhados por todas as crianças, foram levadas em procissão pela arena as relíquias e a imagem de São Domingos Sávio, padroeiro dos pueri cantores.
As igrejas e os coros, distribuídos por país são: Santa Igreja Catedral (Alemanha), São Matias (Ucrânia), Santa Maria Madalena (Áustria), São Isidro (Cataluña), El Salvador (Polônia), El Sagrario (Itália), São João De Latrão (Estados Unidos), Comendadoras de Santiago (Bélgica),Santo Domingo (Espanha), Virgem das Angustias (França), Monastério Nossa Senhora dos Anjos (Congo), São Pedro e São Paulo(Suíça), São Gil e Santa Ana (Coréia), Convento Santa Catarina de Siena (Portugal), Capela da Misericórdia, no Centro Ágora (Letônia), e  a igreja da Imaculada Menina (Venezuela).
A noite continuou com jantar-piquenique e um show equestre seguido de festa infantil.
O XXXVII Congresso Internacional é organizado pelas Federações Internacional e Nacional dos Pueri Cantores, em parceria com a arquidiocese de Granada. O lema do evento é Congregare In Unum, ou “reunir todos em um só”, de acordo com o evangelho de São João.
(Trad.:ZENIT)

Especialização em Estudos do Santo Sudário

Iniciativa do Ateneu Regina Apostolorum quer aprofundar a mensagem do sudário de Turim

ROMA,  (ZENIT.org)

O Instituto Ciência e Fé do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em parceria com o Centro Internacional de Sindonologia, de Turim, e o Centro Diocesano de Sindonologia Giulio Ricci, de Roma, lança uma especialização em Estudos do Santo Sudário, novidade absoluta no panorama universitário.
O curso é cíclico, dura um ano e é dividido em dois semestres. O objetivo é oferecer uma abordagem sistemática dos desafios que este extraordinário documento levanta para a inteligência, bem como tentar entender a mensagem que ele propõe à fé e ao coração dos crentes.
Além dos quatro cursos principais, o programa oferece um ciclo articulado de conferências. Os temas incluem a ciência e a teologia sobre o santo sudário, a história da peça, a teologia e a espiritualidade do sudário e a pesquisa científica a respeito.
Este amplo percurso temático é oferecido tanto aos eclesiásticos quanto aos leigos, sejam estes professores, pesquisadores e jornalistas, seja o público em geral, interessado em aprofundar interdisciplinarmente a vasta e rica área de estudos sobre o sudário de Turim.
As aulas e palestras são ministradas por alguns dos maiores especialistas no tema: Pierluigi Baima Bollone; Nello Balossino; Bruno Barberis, Gianfranco Berbenni; Manuel Carreira, Antonio Cassanelli; Avinoam Danin, Alberto Di Giglio, Paul Di Lazzaro, Giuseppe Ghiberti; Héctor Guerra, Juan Pablo Ledesma, Emanuela Marinelli, Adolfo Orozco, Jorge Manuel Rodríguez; Barrie Schwortz; Petrus Soons, Gian Maria Zaccone, entre outros.
Para participar do curso, é necessário possuir ao menos uma graduação com duração de três anos. Para assistentes ouvintes não são necessários títulos acadêmicos. As inscrições vão de 1º de setembro a 31 de outubro de 2012.

Para mais informações:
http://www.uprait.org/images/stories/Diploma_sindone_1213.pdf

sábado, 14 de julho de 2012

Arqueólogos encontram ossadas em terreno de igreja de Porto Alegre

As obras de restauração da Cúria Metropolitana de Porto Alegre revelaram, há alguns dias, grandes tesouros arqueológicos escondidos embaixo da terra. Em uma área externa, localizada entre a Catedral e a Cúria, foram desenterradas mais de 50 ossadas, além de louças, porcelanas, restos de vestimentas e outros pequenos objetos.
Esse local funcionou como cemitério de 1772 até 1850, quando foi fechado pelo intendente Duque de Caxias, alegando superlotação e questões de sanidade. Segundo o padre Luís Inácio Ledur, administrador da Arquidiocese de Porto Alegre, a Igreja Católica sabia que aquela área havia sido utilizada como cemitério (o segundo da capital gaúcha). "Só não achávamos que iríamos encontrar tantos fragmentos", revela.
"Todo o terreno era cemitério. Em qualquer lugar, vamos encontrar fragmentos históricos", conta o pároco. Entre os objetos encontrados, está um botão que pertenceu a um militar da guarda de Dom Pedro II.
A disposição das ossadas permite uma avaliação sobre a periodicidade dos sepultamentos na época. De acordo com o padre Ledur, os corpos foram enterrados em diversas camadas. "Alguns, provavelmente mortes provocadas por guerras e epidemias, estão em valas", explica.
"Toda aquela área tem, para nós, uma importância muito grande. Os maiores tesouros históricos culturais estão guardados ali, mas sem acesso ao público em geral. Esse é o objetivo desse trabalho", afirma. Esses tesouros, segundo o administrador da Arquidiocese de Porto Alegre, são três: as peças arqueológicas descobertas durante o trabalho de restauração, as obras "mais preciosas" da arte sacra, que estão guardadas em uma sala da Cúria, e o arquivo histórico, pois, de acordo com ele, "toda a documentação anterior ao Império era feita pela Igreja Católica e tudo está guardado".
Todo o material encontrado, exceto as ossadas, será transferido para um local aberto à visitação. A ideia é criar um museu de Arte Sacra, abrigando o que foi encontrado no antigo cemitério e as obras sacras guardadas na Cúria. "Algumas são do século XVII", explica o pároco.
As ossadas vão passar por exames de DNA para identificar sexo e grau de parentesco entre as pessoas que foram enterradas ali. Depois, os restos mortais serão novamente sepultados em outro lugar. 


Atraso nas obras
A descoberta vai causar um atraso no cronograma da obra de restauração da Cúria Metropolitana. Inicialmente prevista para terminar em 2014, as escavações devem continuar e esse prazo dificilmente será cumprido. "Porque é um trabalho muito cuidadoso, com espátulas, com pincéis", explica o padre Luís Inácio Ledur. 



O projeto
A restauração da Cúria Metropolitana de Porto Alegre começou em outubro de 2009 e prevê o resgate da arquitetura original do prédio, inaugurado em 1888. Além da instalação do museu de Arte Sacra, quando o projeto estiver concluído, a biblioteca, estará aberta ao público e todo o seu acervo histórico disponível para consulta. Além disso, deverá ser construído um terraço para abrigar atividades culturais, um estacionamento e uma cafeteria. 


Fonte: Terra

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Iphan anuncia restauração de igrejas no Centro Histórico - BA




Igreja do Rosário dos Pretos vai receber segunda fase das reformas

A Superintendência Estadual do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan-BA), anunciou, nesta sexta-feira, 13, que os recursos para as restaurações das igrejas do Rosário dos Pretos e da Conceição da Praia já foram liberados.
De acordo com o Iphan, foram liberados cerca de R$ 500 mil para que seja finalizada a reforma da Igreja do Rosário dos Pretos e para a realização da primeira etapa da reforma na igreja de Conceição da Praia.
“Vamos iniciar imediatamente as obras complementares na Igreja do Rosário dos Pretos, que é uma das mais importantes da Bahia”, afirma o superintendente estadual do Iphan, Carlos Amorim.

Além disso, o Iphan também se responsabilizou pelo início das obras de restauração na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, que passa por sérios problemas estruturais.
O órgão assinou uma ordem de serviço no valor de R$ 800 mil para restaurar o telhado e o forro do templo. “Trata-se de uma obra estruturante muito importante que significa o inicio do conjunto de intervenções a serem realizadas na Basílica da Conceição”, enfatiza Amorim.

História - Erguida pelos escravos, há 326 anos, a Igreja do Rosário dos Pretos abriga uma das primeiras irmandades de negros criadas no Brasil e está entre as mais famosas da capital baiana. Uma das tradições celebradas nesse templo é a festa em louvor a Santa Bárbara, que é comemorada no dia 4 de dezembro. Após mais de dois anos de reforma, a igreja de arquitetura neoclássica, rococó e barroca foi reaberta há três meses, mas ainda necessita passar por outros reparos.
Conhecida como uma das paróquias mais antigas de Salvador, a Igreja da Conceição da Praia, construída em 1623, é dedicada à padroeira do Estado e ponto de partida de grandes cortejos festivos, como o do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, Conceição da Praia e de Santa Luzia.
A basílica é tombada pelo Iphan desde 1938, tendo sido edificada pelo primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa. O seu forro, de autoria de José Joaquim da Rocha, é considerado o mais importante do barroco brasileiro, sendo sua restauração importante para o patrimônio nacional.

Fonte: A Tarde

Obras da restauração do arcebispado estão paradas há cinco meses.- Maceió - AL

 Prazo para entrega do prédio terminou em dezembro. Compra de material errado colaborou no atraso da reforma

Arcebispado de Maceió -foto de Toni Cavalcante
 
A restauração do Arcebispado de Maceió, no centro da cidade, está paralisada desde fevereiro. Um equívoco na elaboração da medida que deu início ao projeto incidiu no atraso da obra, que aguarda alteração do contrato inicial e reajuste no orçamento para voltar a ser executada. Em dezembro chega ao fim o convênio firmado entre o Governo Estadual e o Ministério da Cultura.

Com início em junho de 2010 e entrega prometida para dezembro do ano seguinte, a sede do Bispado, localizada à frente da estação ferroviária, sofre há cinco meses com o abandono das obras de restauração. Após a reforma, o prédio vai funcionar com fins de Museu para a Igreja Católica alagoana e deve suster uma Escola Diocesana de Artes e Ofícios.


A obra teve orçamento elaborado em 2008, no valor de R$1,5 milhão, com recursos do executivo e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), este viabilizado pelo Ministério da Cultura. A participação fiscal do MinC na restauração margeia os 85% do valor total, e um convênio firmado entre os dois ‘patrocinadores’ acordou que a obra tem de ser entregue até dezembro de 2012.


Parte do material, como areia e cimento, foi comprado erroneamente pela construtora. Por isso, será necessário reajustar o orçamento. Adriana Guimarães, coordenadora do Pró-memória, da Secretaria de Cultura (Secult), contou que durante a captação de recursos, na elaboração da medida, em 2008, a estrutura do prédio era uma e quando as obras tiveram início, algumas diferenças foram identificadas.


Adriana garante que a obra será retomada em breve e que o Arcebispado, já com competência para abrigar o museu e a escola, será entregue no prazo. 


Veja o vídeo através de Gazetaweb 
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