quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ícone da Virgem de Czestochowa percorre a Espanha em peregrinação pró-vida

MADRI,  (ACI/EWTN Noticias).- Uma réplica da famosa imagem da Virgem venerada no santuário de Jasna Gora, na Polônia, percorre a Espanha em uma peregrinação pela vida e a família, que terá um total de 18 mil quilômetros e que ao finalizar terá passado por 23 países.

Uma das primeiras paradas foram as zonas afetadas pelo terremoto na região de Murcia.

Trata-se de uma iniciativa chamada "De oceano a oceano" que começou em setembro do ano passado em Vladivostok, na parte mais oriental da Rússia diante do oceano Pacífico e que pretende chegar ao Santuário de Fátima frente ao oceano Atlântico para rezar especialmente pela família e pela vida.

Os organizadores da "De oceano a oceano" procuram "que sejam cada vez mais numerosas as pessoas que descubram e defendam a dignidade do ser humano desde sua concepção até seu término natural".

Desde o dia 15 de dezembro o ícone da Virgem está na Espanha e visita mais de 25 dioceses. Em seu passo pela região de Murcia, foi especial a parada que realizou nos povos de Vera Cruz e Lorca, afetados por um terremoto de 5,1 graus de intensidade em maio de 2011 que deixou 9 vítimas mortais e 324 feridos, além de inumeráveis danos materiais.

De 7 a 14 de fevereiro está previsto que a imagem visite Madrid, onde serão organizadas vigílias de oração pela defesa da vida humana. Segundo os organizadores, esta peregrinação tem a finalidade de "consagrar a civilização do Amor e da vida a Nossa Senhora". Na Rússia este ícone representa aqueles que desejam uma restauração dos valores familiares.

O ícone da Virgem de Czestochowa é um dos mais venerados na Polônia, representa a Virgem Maria com o Menino em braços. Ao longo da história sofreu vários atentados que lhe deixaram marcas no rosto e pescoço da imagem.

O ícone original foi destruído e sobre seus restos colocou-se o atual. Trata-se de uma imagem da Virgem à qual o Beato João Paulo II tinha especial devoção e da qual tinha uma cópia em seu Apartamento Papal no Vaticano.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A arte de manter viva a história e a cultura

Alunos do Senais no Museu de Arte Sacra de Taubaté Foto: Ticiana Schvarcz Alunos do Senais no Museu de Arte Sacra de Taubaté Foto: Ticiana Schvarcz
Fundação Dom Couto, em parceria com a Diocese de Taubaté e o Senai, desenvolvem desde 2010 o um estudo de conservação, reabilitação, restauração e gerenciamento de bens culturais e obras
Taubaté

Com o objetivo de qualificar e capacitar tecnicamente pessoas para atuação no mercado cultural e histórico, a Fundação Dom Couto, em parceria com a Diocese de Taubaté e o Senai de Taubaté, desenvolvem desde 2010 o curso de Conservação e Consolidação em Madeira Policromada -- ou seja, um estudo de conservação, reabilitação, restauração e gerenciamento de bens culturais e obras.
A proposta do curso, de acordo com a diretora executiva da Fundação, Lilian Mansur, é resgatar a cultura pela arte. “É um mercado escasso, o de restauração. Aqui, nós temos como público-alvo pessoas em vulnerabilidade social e financeira, que aprendem a conservar e manter peças que estão se deteriorando pelo tempo.”
No Museu da Arte Sacra, localizado na Praça Santa Terezinha nº 100, dezenas de peças estão em exposição. Hoje, graças ao curso que é realizado no local, a memória desses artefatos não será perdida.

Curso. “O estudo se divide em três módulos. A cada módulo, o aluno recebe uma classificação, primeiro como auxiliar, depois, técnico, e se forma conservador”, explica Lilian, que ressalta a importância do trabalho no Vale do Paraíba. “Nossa região é muito rica em patrimônio histórico, por isso os alunos aprendem de onde o objeto veio, além da restauração.”
O curso é gratuito e está com inscrições abertas para a turma que iniciará em março. Informações podem ser obtidas no telefone (12) 3622-1866.

fonte: O VALE

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Gravuras à Venda

Gravuras restauradas estão à Venda:
Em preto e branco: 
25 cm X 18 cm
valor a combinar:

1. Ascenção
2. Crucifixão

3. Ego sum

4. Epifania

5. Natal

6. Ressurreição
 Gravura da Santa Ceia:
24 cm X 16 cm
Valor a combinar


Faça seu contato aqui

Exposição: 459 Paulistinhas

Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Museu de Arte Sacra convidam para a exposição: 459 Paulistinhas
Uma homenagem aniversário de São Paulo
Período: 25 de janeiro a 24 de março de 2013
Museu de Arte Sacra de São Paulo
Avenida Tiradentes, 676, Luz, São Paulo, SP.
Metrô Tiradentes.

Catedral Primaz da Colômbia promove programa de restauração da música sacra

Bogotá - Colômbia (Gaudium Press)  

A Catedral Primaz da Colômbia, em união com a Arquidiocese de Bogotá, está convocando meninos e meninas que desejem fazer parte da Schola Cantorum do templo bogotano.
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A iniciativa faz parte do Programa de Restauração da Música Sacra que a Catedral Primaz vem promovendo, e tem por objetivo a confirmação de um coro-escola "celeiro" de vozes que estarão à serviço da Catedral e acompanhará musicalmente as celebrações litúrgicas das solenidades do Advento, Natal, Quaresma, Páscoa e eventos importantes durante o Tempo Comum.

Assim mesmo, entre os propósitos -como expõem a Catedral Primaz da Colômbia em informação sobre a convocatória- a Schola pretende oferecer formação musical na prática da música sacra às crianças e aos jovens que componham o coro do templo colombiano.

A convocatória para o "celeiro" está dirigida a meninos de 7 a 10 anos e a meninas de 7 a 12 anos, que poderão participar iniciando um processo de inscrição que culminará no próximo dia 15 de fevereiro.

A Schola Cantorum da Catedral Primaz da Colômbia está atualmente formada por um grupo de 35 a 50 crianças e jovens em idades que oscilam entre os 8 e 18 anos, que foram escolhidos mediante audição e recebem formação musical na casa cultural da Paróquia da Catedral.

A tradição musical da Catedral Primaz da Colômbia
O Coro da Catedral nasceu com o propósito de recuperar a apreciável tradição musical do templo capitalino, que data desde o século XVI, quando a Igreja metropolitana e seu Capítulo Catedralício estabeleciam estritos parâmetros de qualidade na música que se interpretava durante as celebrações litúrgicas.

Esta tradição ficou desatendida após os difíceis acontecimentos que viveu Bogotá em 9 de abril de 1948 com o assassinato de um dos líderes políticos do momento, feito que ocasionou que o então maestro musical do templo, o italiano Egisto Giovanneti, abandonasse a Colômbia.

A Catedral, em união com a Arquidiocese de Bogotá, quis resgatar esta tradição e formar um coro para o templo colombiano. (EPC/GPE)

Com informações da Catedral Primaz da Colômbia.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ateliê de restauro de museu da UFBA recupera 14 telas da Via Sacra

Trabalho de restauração levou um ano e sete meses 
 
Já estão disponíveis para apreciação pública, no Museu de Artes Sacra da Universidade Federal da Bahia, 14 telas da Via Sacra, que retratamo o trajeto seguido por Jesus carregando a cruz desde o Pretório até o Calvário, e  suas respectivas molduras, que foram totalmente recuperadas pelo Ateliê de Restauro do Museu.

As telas realizadas no século XIX com registro do local da sua execução, na cidade de Paris, estavam bastante danificadas, com rasgos, perdas do suporte, manchas, respingos de tinta, verniz oxidado além das molduras com ataque de cupins e perdas dos elementos decorativos.

Todo o trabalho que durou um ano e sete meses, foi coordenado pela restauradora do Museu, Cláudia Guanais, e uma equipe de alunos de Artes Plásticas da UFBA, através do Projeto Institucional mantido pela Universidade.

Fonte: UFBA

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Igreja tombada como patrimônio histórico restaurada em Ipatinga/MG

Igreja de Ipaneminha estava interditada desde 2009 para reformas. Obras de reestruturação duraram cerca de seis meses.
Parte frontal da igreja foi completamente mantida em sua estrutura original. (Foto: Patrícia Belo/G1)
A restauração da Capela de São Vicente, em Ipaneminha, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora do Rosário, localizada na zona rural de Ipatinga (MG) está concluída. No dia 27 de janeiro, uma celebração de ação de graças, missa e um almoço comunitário festejaram a rentrega deste patrimônio cultural à comunidade.
A obra de restauração foi feita pelo responsável da paróquia, padre José Enésio Pinheiro, e demorou cerca de seis meses para ser concluída. A reforma e restauração foram feitas a partir de projetos desenvolvidos pelos professores de Arquitetura do Unileste, Rogério Braga e Quênia Alves. Segundo o pároco, foram gastos na reforma o equivalente a R$ 48 mil.
“Recebemos muitas doações de materiais. Se tivessemos que comprar tudo, daria muito mais que R$ 48 mil. Também não pagamos nada de mão-de-obra, pois eu mesmo fiz a estruturação juntamente com dois ajudantes , aqui da comunidade”, conta.
A administração da paróquia quis manter todos os detalhes do altar principal. (Foto: Patrícia Belo/G1)
O aposentado Mário de Almeida diz estar impressionado com o trabalho de restauração, tamanha a originalidade da igreja reformada.
“Ficou igualzinha a igreja que eu vi na década de 1950. Não mudaram nada. No altar mantiveram todos os detalhes, como as cores, a posição dos santos e até mesmo algumas falhas que tinha no santíssimo”, destaca.

Restauração
O processo de restauração recuperou o telhado e seus beirais, assoalho, mezanino, campanário, altar-mor e bancos. Grande parte das vigas de sustentação de madeira foi substituída por concreto e revestida com madeira, reforçando-as, mas preservando a arquitetura original. O assoalho, antes rente ao chão, voltou a ser suspenso, como foi feito na primeira versão, mas com as tábuas corridas apoiadas sobre vigas de concreto, dando mais sustentação e durabilidade ao trabalho.
“Tentamos de todas as maneiras manter a ideia original da igreja, visto que de acordo com o projeto não se pode mexer na estrutura original. O difícil é aproveitar os restos da igreja, como as madeiras, e transformá-las em novas”, diz o padre.

História
Construída pelos primeiros moradores da zona rural de Ipatinga, a igreja São Vicente de Paulo, conhecida como igreja do Ipaneminha, teve as portas lacradas pelo município em de janeiro de 2009, após a queda do beiral frontal. Desde então, as missas não eram mais realizadas dentro do templo em função da falta de segurança.
A capela, tombada como patrimônio municipal com base no decreto 3.580, de 3 de setembro de 1996, é de propriedade da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano. Por Patrícia Belo

Defender

Mostra vê arte popular como ‘abrigo’ do barroco

‘A sagrada família’, no Centro Cultural Correios, começa nesta quarta, com cem obras

O GLOBO/ Audrey Furlaneto 

“Pietá”: escultura de artista anônimo
Foto: Divulgação
“Pietá”: escultura de artista anônimo Divulgação
RIO - Para o curador Romaric Büel, a arte popular brasileira é ainda hoje a morada do barroco. Ele reuniu cem peças, a maioria de coleções particulares, para a exposição “A sagrada família”, que o Centro Cultural Correios abre nesta quarta, às 19h, para convidados. Estão lá trabalhos das artes popular, sacra e barroca — todos com o mote religioso e a intenção de retratar personagens da vida de Jesus Cristo.

Com imagens de Pietá, Sant’Anna e outras figuras religiosas, a mostra, diz Büel, aponta para uma constatação: o barroco, no Brasil, nunca foi interrompido e sobrevive no “abrigo” da arte popular.
Se a chegada de Dom João VI ao país transforma a arte, até então essencialmente religiosa (e, depois, mais voltada para os retratos dos poderosos), por outro lado não consegue enterrar por completo a arte sacra nem o barroco — ambos sobrevivem por meio de artistas populares que buscam nas igrejas e na fé a inspiração para suas criações.

— A arte barroca se encerraria em 1800, mas é surpreendente que no Brasil, onde o movimento foi tardio, ela sobreviva até hoje. Me parece importante mostrar isso, que a arte popular se mantém, pela necessidade de criação, sem universidade, sem academia. A escola dos artistas populares é a igreja, a matriz, o convento — afirma o curador.

Para ele, também é surpreendente que a arte popular sobreviva para além do trabalho de museus, como o do Pontal ou o de Arte Naïf. Há muito interesse, segundo Büel, por parte de grandes colecionadores privados em manter trabalhos de arte popular brasileira em seus acervos.

Muitos artistas que estão em “A sagrada família” são anônimos. Isso porque, lembra o curador, a tradição barroca “não destaca o próprio artista, algo relativamente novo”.
— Era mais importante produzir e valorizar a fé do que destacar o autor. Os artistas barrocos brasileiros são pessoas humildes, muitas vezes negros formados por jesuítas. A fé, na verdade, predomina com relação ao nome dos artistas — completa Büel.

Entre as cem peças da exposição, há trabalhos que datam de desde o final do século XVI, alguns de origem portuguesa, até meados dos anos 1980. As imagens de Sant’Anna, segundo Büel, são as mais frequentes nas representações da arte sacra brasileira. São, diz ele, uma “herança ibérica”. Mas há inevitáveis presépios, imagens de Jesus, São José, Pietá, Adão e Eva, entre outros.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Grande procissão Mariana na Venezuela recebe três milhões de peregrinos

 
Barquisimeto - Venezuela (Gaudium Press)

Mais de três milhões de fiéis católicos da Venezuela reafirmaram sua devoção à Santíssima Virgem, venerada sob a invocação da Divina Pastora, em uma tradicional festa celebrada no dia 14 de janeiro. A cada ano, os fiéis se congregam em uma das maiores manifestações públicas de Fé do país e participam da Santa Missa e da multitudinária procissão até a cidade de Barquisimeto, localizada no Ocidente do país.
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Procissão reuniu uma multidão de fiéis
Neste ano, a mensagem do Arcebispo de Barquisimeto, Dom Antonio López Castillo, esteve centrada na petição do fim da violência e da cultura da morte. "Diante da imagem venerável da Divina Pastora lhes manifesto que me preocupa tanta violência, tanto crime", expressou o prelado. "Matar não é querido por Deus.

O homicídio é pecado, o suicídio é pecado, irmãs e irmãos, a vida é sagrada, respeitemos a vida; a violência nos destrói, procuremos viver em fraternidade".
Após superar uma interrupção ocasionada pelas autoridades militares locais, a procissão avançou pelas ruas da cidade sob forte sol e uma temperatura superior aos 30 graus Celsius. Durante a procissão, numerosos fiéis ofereceram testemunhos de milagres atribuídos a intercessão da Santíssima Virgem, motivo pelo qual seguiam a imagem para cumprir suas promessas. Numerosas instituições e voluntários distribuíram bebidas entre os peregrinos.

Milagrosa tradição de Fé
A invocação da Divina Pastora tem sua origem na Espanha, quando Santo Isidoro de Sevilla a observou em sonhos e a descreveu ao artista Alonso Miguel de Tovar, que a retratou em um quadro. O escultor Francisco Ruiz Gijón esculpiu uma imagem em tamanho natural, que foi levada em procissão pela primeira vez em 1705. Em 1736, o pároco de Santa Rosa, Venezuela, encarregou uma imagem a este mesmo artista.
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Nossa Senhora Divina Pastora
Sem embargo, a imagem requerida pelo sacerdote era a da Imaculada Conceição, e ao receber em troca a da Divina Pastora, tentou devolvê-la para a Espanha. Mas a imagem inexplicavelmente ficou pesada, e não foi possível regressá-la, feito que foi interpretado pelos fiéis como a vontade da Santíssima Virgem de ficar no país.

A imagem resistiu em 1892 a um terremoto que destruiu o templo onde se venerava, o qual consolidou a devoção popular. Em 1855, uma epidemia de cólera se desatou na zona e os fiéis solicitaram ao pároco Macario Yépez que se fizesse uma procissão com a imagem como última esperança da povoação. O sacerdote realizou a procissão e, estando o mesmo enfermo, pediu a Divina Pastora ser a última vítima da epidemia. Nesse mesmo dia, o pároco faleceu e cessaram por completo as mortes ocasionadas pela enfermidade.

Este milagre atraiu a multidão de fiéis que a cada ano se reúne para comemorar o fato. A tradicional festa atrai pessoas de todas as regiões do país e inclusive do estrangeiro. A procissão anual parte da povoação de Santa Rosa e percorre 7,5 quilômetros até a Catedral de Barquisimeto. (EPC/GPE)

Museu de Arte Sacra dos Jesuítas em Embu é uma boa opção de passeio nas férias


Para quem pretende passar o dia em Embu das Artes  uma boa dica, entre as atrações culturais da cidade, é visitar o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas (MASJ), que reúne um rico acervo de aproximadamente 400 obras. Localizado no Largo dos Jesuítas, centro de Embu das Artes, o Museu, reaberto em 2005, está instalado em uma construção de taipa de pilão, da virada do século XVII para o XVIII, onde ficavam a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a antiga residência dos padres da Companhia de Jesus – ambos conservam a arquitetura original.

No interior da Igreja, o visitante irá se deparar com um dos mais admiráveis exemplares do Barroco Paulista Jesuítico, para além da sacristia, do claustro e de mais de 10 salas expositivas instaladas na antiga residência dos padres jesuítas. É a expressão de três séculos de uma cultura histórica e religiosa, em que a arte, a fé e a arquitetura são indissociáveis.

Foto: Divulgação

A Santa Ceia é uma das peças mais importantes em exposição no museu

O Museu, que pertence à Companhia de Jesus e faz parte do Complexo do Pateo do Collegio (São Paulo/SP), é rico em imagens de vestir e imagens de roca, esculpidas em madeira e datadas dos séculos XVIII e XIX. As imagens de vestir possuem parte do corpo anatomicamente esculpida, já as imagens de roca são cobertas por vestimentas e, muitas vezes, recebem uma pintura que imita as “roupas de baixo”.

As imagens de roca, geralmente com base oca, possuem a parte superior esculpida e a inferior feita com ripas de madeira, formando uma estrutura vazada. Por sua leveza, são mais fáceis de serem transportadas nas procissões. Tanto as imagens de roca quanto as de vestir eram utilizadas pelos padres jesuítas para a recomposição de passagens bíblicas, durante o trabalho da catequese dos índios.

Outra peça de destaque do Museu é o órgão portátil, o mais antigo do Estado de São Paulo, construído artesanalmente. Essa preciosidade histórica é apropriada para acompanhar as celebrações litúrgicas, tanto na igreja quanto em pequenas procissões. 

O acervo também é composto por objetos sacros, entre eles andores, santos e paramentos litúrgicos, que pertenceram aos padres da Igreja de N. Srª. do Rosário e da Igreja de São Gonçalo Garcia (localizada no centro de São Paulo). O prédio e o acervo são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN (1938) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - Condephaat (1974), por se tratarem de um dos poucos exemplares da arquitetura e imaginária do barroco paulista.

As visitas ao Museu podem ser realizadas de terça a domingo, das 9h às 17h (fechado das 12h às 13h). Os ingressos são R$ 3,00 adultos; R$ 1,50, estudantes e professores.  Idosos, aposentados e crianças até 7 anos não pagam. Para agendar visitas monitoradas é necessário entrar em contato através do telefone 4704-2654, com pelo menos de 15 dias de antecedência.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A história do coral da Capela Sistina

Livro de Marcello Filotei é apresentado no Instituto Pontifício de Música Sacra

ROMA, (Zenit.org).
Na segunda-feira, 21, o Pontifício Instituto de Música Sacra acolhe a apresentação do livro de Marcello Filotei “La solita solfa. Storia della Cappella musicale pontificia Sistina”, que conta a história do coral da Capela Sistina.

Participam Carlos Alberto de Pinho Moreira Azevedo, delegado do Conselho Pontifício para a Cultura; mons. Vincenzo De Gregorio, presidente do Pontifício Instituto de Música Sacra; o professor Giovanni Carli Ballola, musicólogo; e o pe. Giuseppe Merola, coordenador do encontro.

O livro reconstitui o período mais vivo do desenvolvimento do coral da Capela Sistina, que abrange os últimos dois séculos. Desde que, nas primeiras décadas do século XIX, decidiu-se nomear um maestro permanente para o coral, cada um dos músicos que assumiram esse papel colocou a sua marca na equipe, nas performances e nos repertórios. Cada um também produziu um corpo de trabalho que, juntamente com o legado dos séculos precedentes, faz parte de um imenso e inspirador tesouro.

Com linguagem direta e contundente, o livro percorre a capela papal nos últimos dois séculos, de Baini a Mustafà, de Perosi a Bartolucci, de Liberto a Palombella, o maestro atualmente em funções, sem deixar de lado a análise das escolhas feitas e das suas consequências, dentro do que cabe num período histórico tão breve.

A rota do autor se baseia em depoimentos diretos e em reconstituições feitas a partir de eventos bem documentados, dando ao coro da Capela Sistina uma imagem muito mais realista em comparação com a aura mítica que a envolve.

Marcello Filotei é compositor e crítico de música do jornal L'Osservatore Romano. Suas obras já foram executadas em festivais italianos e estrangeiros. Ele também recebe comissões de instituições ativas na música contemporânea e organiza e dirige concursos internacionais de composição e concertos.

A bela tradição do Santo Menino Peregrino de Xochimilco, México

Xochimilco - México (Gaudium Press)  

Pode-se dizer que a cidade de Xochimilco, no México, é um povo abençoado por Deus. Por quase 450 anos se mantêm uma bela tradição que involucra a um Santo Menino Peregrino.menino_jesus_ninopa.jpg
Trata-se do "Santo Menino do Povo" ou "Niñopa", como carinhosamente é chamada uma terna imagem do Menino Deus que a cada ano, durante a celebração da Festa da Candelária, é acolhida por uma família e comunidade da cidade mexicana.

A tradição é hoje uma das festas religiosas mais importantes e que maior número de fiéis reúne em Xochimilco ao redor da paróquia de São Bernardino de Siena, epicentro de uma solene cerimônia religiosa na qual se encomenda o Menino a um fiel e sua família.

Na ocasião ocorre uma grande manifestação de fervor popular que a cada ano ganha peregrinos, não somente no México, mas em outras partes do mundo. Os fiéis saem às ruas, entoam cantos, acendem luzes e elevam orações a Deus.

Este ano a família de Norma Costa Huerta teve o privilégio de receber o Menino em sua residência, após uma espera de 33 anos. "Estávamos o esperando com muito gosto e carinho, queremos dar-lhe o melhor possível dentro de nossas possibilidades". (EPC/GPE)

Com informações da SIAME.

Rio acolherá grande mostra de arte sacra para a JMJ deste ano

Rio de Janeiro, (EFE).Yahoo

Uma exposição de arte sacra de artistas da talha de Beato Angélico, Leonardo da Vinci, Bernini, Michelângelo e Caravaggio abrirá suas portas no próximo mês de junho no Rio de Janeiro dentro da agenda de atividades da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), informou hoje a "Agência Brasil".
A mostra, batizada "Nas Pegadas do Senhor" será integrada por uma centena de obras procedentes dos museus vaticanos e centros artísticos da Itália, e será exibida no Museu Nacional de Belas Artes da cidade entre 11 de junho e 15 de setembro.

O lema da 28ª edição da JMJ, que acontecerá do dia 23 a 28 de julho, "Ide e Fazei Discípulos Entre Todas as Nações" foi o fio condutor da mostra que será articulada em quatro seções relacionadas com a trajetória de Cristo, a missão dos apóstolos, a vida de Maria e o exemplo dos santos.

Segundo um comunicado dos organizadores, a exposição inclui peças que poderão ser vistas pela primeira vez no Brasil e constituem a mostra dessas características mais importante realizada na América Latina.
A JMJ foi criada em 1984, quando após concluir o Ano Santo da Redenção, o papa João Paulo II entregou uma cruz de madeira de quatro metros de altura aos jovens convidando-os a levá-la por todo o mundo.
A temática escolhida para a reunião do Rio de Janeiro está muito ligada às indicações do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), que reúne os bispos da América Latina e do Caribe. EFE

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

"Fragmentos de beleza"


Pintor e escultor grego Jannis Kounellis abre o projeto "Uma Porta para o Infinito

ROMA,  (Zenit.org).

Na próxima sexta-feira, 25 de janeiro, Jannis Kounellis abre a seção "Fragmentos de Beleza" na edição 2013 de "Uma Porta para o Infinito - O homem e o Absoluto na Arte", concebida e realizada pelo departamento de Comunicações Sociais do Vicariato de Roma, em parceria com o Conselho Pontifício para a Cultura.
O pintor e escultor grego, naturalizado italiano, nasceu em 1936 no Pireu e vive em Roma desde 1956, quando chegou à capital da Itália para completar a sua formação na Academia de Belas Artes, sob a orientação de Toti Scialoja. Também em Roma fez a primeira exposição individual na galeria La Tartaruga, em 1960, intitulada “O Alfabeto de Kounellis”. Desde então, realizou exposições na Itália e pelo mundo, em busca de formas de expressão e materiais diferentes, numa visão da arte não como estética, mas como criação.
De pintor, tornou-se também escultor e montou instalações até com animais vivos: memorável a de 1969, na galeria L’Attico, de Fabio Sargentini, em que Kounellis exibiu doze cavalos. Ele não despreza matéria alguma: em suas obras, expostas por todo o mundo, como no Museu Guggenheim de Nova York, há pó de café, sacos de estopa, máquinas de costura, camas dobráveis. É um dos fundadores, em 1967, da "arte povera".
Em 2007, fez o novo portão do jardim monástico da Basílica de Santa Cruz em Jerusalém. Em 2009, nos "40 Concertos no Dia do Senhor", em Roma, concebeu uma instalação específica na Basílica dos Santos Doze Apóstolos: "Dois feixes no chão, formando uma cruz assimétrica, marcam o centro de um círculo de 12 cadeiras, em que se sentam sacos de estopa cheios de pedra, secretamente envoltos em folhas brancas atadas" (Silvia Marsano).
Em 2011, por ocasião do sexagésimo aniversário do sacerdócio de Bento XVI, Kounellis participou da exposição "O esplendor da verdade, a beleza do amor", um tributo de sessenta artistas contemporâneos ao pontífice.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Divulgação de Livro



Foi lançada no dia 11 de Janeiro a Biografia reeditado Do Venerável Pe. Rodolfo Komórek.
Conheça a vida do "Padre Santo" de São José dos Campos-SP

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CAPELA DO MENINO JESUS E SANTA LUZIA - SÃO PAULO

Fonte: Catolicismo Romano
Capela do Menino Jesus e Santa LuziaA Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia, situada na Rua Tabatinguera, 104, no Bairro da Sé, no Centro da Cidade de São Paulo, com seu estilo neo-gótico (estilo típico das construções brasileiras erguidas no início do século XIX, onde se observa uma junção do estilo gótico medieval com estilos clássicos, junção esta encontrada nas antigas catedrais francesas), como a Catedral da Sé (início da construção em 1913), foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (CONDEPHAAT).

Essa Capela, que possui um enorme valor em virtude de sua pintura mural estar totalmente preservada, foi construída pelo Arquiteto Domingos Delpiano (nascido na Itália, foi um dos sete primeiros padres salesianos que chegaram ao Brasil em 1883.

É dele o projeto e a construção de várias obras, dentre as quais se destaca o Monumento a Maria Auxiliadora, para propagar sua devoção à Santa, construído em Niterói, no alto de uma colina, a cem metros do nível do mar, sobre uma rocha que lhe serve de alicerce). As obras ornamentais são de autoria do pintor florentino Orestes Sercelli.

 A Capela de Santa Luzia hoje é de propriedade da Mitra Diocesana e está localizada onde outrora existiu uma Chácara, de propriedade da bisneta do Conde de Sarzedas (Capitão General Bernardo José de Lorena, Governador da Capitania de São Paulo), Anna Maria de Almeida Lorena Machado, uma “virtuosa dama da sociedade paulista”,  como a definiu um jornal da época, que  envidou grandes esforços para construir, em sua chácara, uma capela para homenagear o Menino Jesus e Santa Luzia, santos de sua devoção. A Capela sempre foi mantida em perfeito estado de conservação por Anna Maria, que patrocinava festas celebradas sempre nos dias 13 e 25 de dezembro, religiosamente.

Conforme narrado pela família da fundadora, sua devoção ao Menino Jesus e à Santa Luzia nasceram devido ao fato de, ao retornar de uma viagem de navio que fez a Paris, após ter havido um naufrágio, onde muitas pessoas perderam a vida, Dona Anna Maria foi salva e perdeu todos os seus pertences, entre eles uma lindíssima imagem, estimada por toda sua família,  do Menino Jesus de Praga.

Desesperada, começou a rezar, fervorosamente, por um milagre: o de reaver a imagem do Menino Jesus. Estando na praia, ao amanhecer, posto que se salvara e aguardava o retorno, viu, flutuando, a imagem se aproximar. Anna Maria foi correndo ao seu encontro e, nesse momento, prometeu que, ao regressar ao Brasil, construiria uma Capela em honra ao Menino Jesus e Santa Luzia, o que realizou em 13 de dezembro de 1901, vindo a falecer em 11 de junho de 1903.

Após sua morte, seus herdeiros mantiveram os cultos na Capela, em atenção a pedido expresso deixado em seu testamento. Com o passar do tempo, os herdeiros começaram a enfrentar problemas financeiros e os cultos e a conservação da Capela foram se tornando mais difíceis para eles, razão pela qual delegaram tal tarefa à Cúria Metropolitana, que se incumbiu dos cuidados até 1921, quando a incumbência passou a ser das religiosas Servas do Santíssimo Sacramento, que vieram a São Paulo para instalar a primeira sede da Adoração Perpétua ao Santíssimo Sacramento. Em 1929, as religiosas se mudaram para um prédio na Rua da Glória e o cuidado da Capela passou aos Padres Sacramentinos.

Tempos depois, a Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia passou a ser cuidada pelos Missionários de São Francisco de Salles, que estabeleceram ali a Capelania dos franceses durante 30 anos até transferi-la para o Colégio Pasteur. A Missão Católica Espanhola instalou-se na Capela e ficou ali por seis anos. Após a saída dos padres espanhóis, a Capela ficou praticamente abandonada. Eis que, em 1970, a pedido de Dom Agnelo Rossi, assumiu a Capelania Dom Ernesto de Paula, bispo da Diocese de Piracicaba que, mesmo com sérios problemas de saúde e com idade avançada, imprimiu uma nova vida à Capela: restaurou o salão paroquial; construiu a ante-sala da sacristia; promoveu festas religiosas e a devoção do Menino Jesus e Santa Luzia, recolheu valiosas obras de arte e as encaminhou ao Museu de Arte Sacra, na Avenida Tiradentes, entre outros feitos. Dom Ernesto faleceu em 1994  e está sepultado na Cripta da Catedral da Sé. Nesse mesmo ano de 1994, mais precisamente no dia 13 de junho, a Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia foi tombada.

Rua:Tabatinguera, 104
Sé, São Paulo- SP
Fone: (11) 3104-8032

domingo, 13 de janeiro de 2013

Museu de Arte Sacra abre exposição de seu acervo

Munir El Hage | PMSS
Marianita Bueno e Rosângela da Ressurreição acertam os últimos detalhes para a mostra permanente
A população terá a oportunidade de conhecer os ‘santos emparedados’ restaurados
No próximo dia 16, às 19h30, o Museu de Arte Sacra de São Sebastião, instalado na Capela de São Gonçalo, no Centro Histórico da cidade, recebe oito imagens e um óleo sobre tela abrindo à exposição permanente de seu acervo.
Na ocasião será lançado o “Catálogo do Museu de Arte Sacra de São Sebastião”, criado pelo Departamento de Patrimônio Histórico Cultural com o objetivo de levar ao conhecimento público o trabalho de restauração do acervo que, segundo a secretária de Cultura e Turismo, Marianita Bueno, “traz importantes obras com um rico contexto histórico da cidade que representa um capitulo importante dentro da história do País e que deve ser motivo de orgulho para caiçaras e de enriquecimento cultural para moradores e visitantes”.
Restauro
Durante a reforma da Igreja Matriz, no ano de 2001, cinco imagens sacras foram encontradas no interior de uma parede, num vão obstruído no fim do século XIX.
As imagens encontravam-se em estado de conservação diferenciados, porém bastante deterioradas, algumas despedaçadas em centenas de fragmentos. Uma das imagens, a de Santa Luzia, foi restaurada em 2006; as demais ficaram catalogadas e armazenadas.
A atual Administração, durante a gestão 2009/2012, por meio do Departamento de Patrimônio Histórico Cultural do município, recuperou um antigo projeto junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar o restauro destas obras que fazem parte da história de São Sebastião.
O BNDES já havia sido acionado anteriormente e destinado uma verba no valor de R$ 56 mil, mas a transação acabou por não se efetivar, sendo este projeto retomado pela Administração de Ernane Primazzi (PSC) por meio da gestora do Museu de Arte Sacra, Rosângela Dias da Ressurreição que, ao assumir o cargo, retomou os diálogos com o órgão e  conseguiu a viabilização do convênio; a empresa Julio Moraes Conservação e Restauro Ltda, especializada em restauro de imagens sacras, foi contratada para a execução dos trabalhos.

Catálogo
De acordo com Rosângela, responsável ainda pelo Departamento de Patrimônio Histórico Cultural, a verba recebida do Programa de Preservação de Acervos do BNDES, aliada a mais R$ 50 mil, provenientes do convênio com a secretaria Estadual de Cultura, pelo então deputado estadual Carlinhos de Almeida, proporcionou o restauro das quatro obras emparedadas e mais três imagens e uma tela a óleo do acervo. “Todas ricamente recuperadas serão entregues à população mediante exposição pública prevista para começar no próximo dia 19 de janeiro”, mencionou a diretora. Ela acrescentou que a além da verba destinada ao restauro, este segundo convênio proporcionou a liberação de R$ 30 mil para o projeto de confecção do Catálogo do Museu de Arte Sacra de São Sebastião. “Produzido pelo Patrimônio Histórico municipal, o trabalho tem por objetivo levar ao público o conhecimento de toda a riqueza contida neste patrimônio da história sebastianense, um verdadeiro testemunho da fé caiçara.”, completou.
O catálogo, além da descrição das restaurações e introdução da responsável pelo projeto, traz depoimentos dos envolvidos neste processo, como o do restaurador Julio Moraes; da diretora do grupo técnico de coordenação do Sistema Estadual de Museus do BNDES, Renata Motta e do museólogo e coordenador do departamento dos bens culturais da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, frei Róger Brunorio.

Descrição
1 – Imagem (emparedada): ‘Virgem e o Menino’ – autor não identificado, séculos XVI-XVII, cerâmica.
2 – Imagem (emparedada): ‘Imagem de Bispo’ – autor não identificado, século XVII, cerâmica modelada e policromada.
3 – Imagem (emparedada): ‘Imagem de Cristo’ (crucifixo) – autor não identificado, séculos XVIII-XIX, cera e gesso tingido, modelado e policromado.
4 – Imagem (emparedada): ‘Santo Antônio’ – autor não identificado, século XVII, cerâmica modelada e policromada.
5 – Imagem (emparedada): ‘Santa Luzia’ – autor não identificado – século XIX – cerâmica
6 – Imagem (acervo): ‘Cristo Morto’ – autor não identificado, séculos XVIII-XIX, madeira.
7 – Imagem (acervo): ‘São Gonçalo’ – autor não identificado – séculos XVII-XVIII, cerâmica policromada com adereços em metal e madeira.
8 – Imagem (acervo): ‘São João Batista’ – autor não identificado – séculos XVII-XVIII, madeira entalhada e policromada com adereços em metal.
9 – Tela (acervo): ‘Martírio de São Sebastião’ – autor não identificado – século XIX, óleo sobre tela.
(VB/RF)
Fonte: Depto de Comunicação

sábado, 12 de janeiro de 2013

Exposição sobre São Félix de Cantalice (1515-1587)

ROMA, (Zenit.org).

A Basílica de São Lourenço Extramuros recebe de 13 a 20 de janeiro a exposição "Frei Deo Gratias: São Félix de Cantalice, Vida e Espiritualidade".

A mostra faz parte das comemorações pelo terceiro centenário da canonização do irmão leigo capuchinho (1712-2012).

A entrada é gratuita.


***

São Felix da Cantalice
 
 Também conhecido como “ Ás dos  Capuchinhos” e Irmão Deo Gratias  como era sua  habitual saudação.  
 
Nasceu em 18 de maio de 1515 em Catalice.  Filho de pais piedosos ele foi pastor de ovelhas na sua infância. Na idade de 9 foi empregado como pastor em uma fazenda em Cotta Ducale onde trabalhou  até os 20 anos. Um homem piedoso, Felix passava seu tempo livre em orações.
Tendo pouco educação ele tinha um amigo que lia para ele a vida dos “Padres do Deserto” e ele desejava viver como um eremita mas temia não resistir as tentações se não tivesse um superior para orienta-lo. Assim ele procurou entrar para os Capuchinhos, mas eles estavam relutantes em aceita-lo, mas finalmente o aceitaram como irmão leigo em 1543  no Mosteiro de Anticole perto de Roma. Enviado para Roma  em 1547 como representante da comunidade lá ficou o resto de sua vida.
A reputação de Feliz como homem santo se espalhou rapidamente. Ele não sabia ler, não obstante teólogos o consultavam sobre espiritualidade e sobre as Escrituras. A fama dele cresceu tanto que pecadores na rua escondiam de medo dele “ver” os seus pecados.
Felix pregava nas ruas e repreendiam os políticos e oficiais corruptos e exortava aos jovens a não continuar com a vida dissoluta que  viviam. Certa vez durante o Carnaval, Feliz e São Filipe Neri organizaram uma procissão dos Capuchinhos bem no meio da folia. Fra Lupo um conhecido Pregador Capuchinho falou para multidão e o Carnaval foi extinto por alguns anos.
Felix trabalhava com as crianças de Roma e sua inerente simplicidade fazia com que as crianças confiassem nele. Ele compôs pequenos hinos para ensiná-los o catecismo. Os hinos e cantigas ficaram muito populares  e quando Feliz estava fazendo pedindo esmolas de casa em casa vários cidadãos romanos o convidavam para entrar e cantar para eles. Ele via este convite como uma oportunidade para ensiná-los e sempre os atendia. 

Durante a fome de 1580 os pais da cidade, pediram aos Capuchinhos para que eles emprestassem Felix  como o angariador de fundos e ele trabalhou sem cessar durante todo período. Seu amigo São Felipe Neri, considerava Felix o maior santo vivo de sua época e se referia a ele como seu mestre espiritual.
Ele dormia  pouco, atendia a missa todas às manhãs, tinha uma grande devoção a Nossa Senhora e freqüentemente  recitava o Rosário e algumas vezes tinha visões e entrava em êxtase e ficava sem conseguir terminar as orações. Ele recebeu uma visão da Virgem Maria durante a qual ela o deixou segurar o Menino Jesus em seus braços. Ele faleceu no dia 18 de maio de 1587 de causas naturais e durante seu funeral centenas de pessoas se machucaram na ânsia de entrar na igreja e foi necessário furar as pressas, uma parede para fazer uma porta extra que permitissem aos fieis entrarem na igreja. Ele foi enterrado sob o altar da Igreja da Imaculada Conceição e seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.
Foi logo aclamado pelo  povo de Roma com santo. Foi beatificado em 1°  de outubro de 1625 pelo Papa Urbano VIII e canonizado em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente XI.
Na liturgia da Igreja, ele é representado como: 1) Um frei segurando o Menino Jesus ou ; 2)  com São Felipe Neri ou; 3)  com Carlos Borromeo ou; 4)  como um Capuchinho carregando uma sacola de pedinte.
 Sua festa é celebrada no dia 18 de maio.

 
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Curso de Extensão Universitária em Arte, Arte Sacra e Bens Culturais


Uma parceria entre a Associação Museu de Arte Sacra (SAMAs)
e a Faculdade de São Bento
.

1º semestre de 2013: inscrições até 18 de março



Taxa de inscrição: R$ 60,00
Investimento por módulo: R$ 600,00 (à vista) ou R$ 690,00 (parcelado)
Solicite a ficha de inscrição pelo email mfatima@museuartesacra.org.br

Grades curriculareS

Módulo I - Arte Sacra E Bens Culturais: Introdução*

Grade curricular – Módulo I – matutino - sábados
Grade curricular – Módulo I – noturno – segundas-feiras

Matutino: Aos sábados
  • Início: 27 de fevereiro
  • Término: 8 de junho
Noturno: Às segundas-feiras
  • Início: 27 fevereiro
  • Término: 24 junho
Carga horária: 52 horas
Disciplinas:
  • Introdução à Arte, Arte Sacra e Bens Culturais
  • Introdução à Arte e Arquitetura e Liturgia Cristã
  • Museologia e Bens Patrimoniais I
  • Música Sacra I
  • Iniciação a Historia da Arte Sacra no Ocidente
  • Introdução Filosófica à Estética
  • Método na Arte: Iconografia e Iconologia

Módulo II - Universos Simbólicos*

Grade curricular – Módulo II – vespertino - sábados
Grade curricular – Módulo II – noturno – terças-feiras

Vespertino: Aos sábados
  • Início: 27 de fevereiro
  • Término: 8 de junho
Noturno: Às terças-feiras
  • Início: 27 fevereiro
  • Término: 2 de julho
Carga horária: 52 horas
Disciplinas:
  • Fundamentos Filosóficos e Teológicos da Arte Sacra e Bens Culturais da Igreja
  • Espaços Litúrgicos Contemporâneos: evolução da Mentalidade Litúrgica
  • História da Arte Sacra I - Paleocristã
  • Música Sacra II
  • Arte Sacra no Brasil: Devoção Popular e Arte Religiosa
  • Arte: Antropologia Cultura e Ciência da Religião a partir da Cosmovisão de Teilhard Chardin
  • Museus na América Latina

Módulo III - Museologia e História*

Grade curricular – Módulo III – matutino – sábados
Grade curricular – Módulo III – noturno – quartas-feiras

Matutino: Aos sábados
  • Início: 27 de fevereiro
  • Término: 8 de junho
Noturno: Às quartas-feiras
  • Início: 27 de fevereiro
  • Término: 10 de julho
Carga horária: 52 horas
Disciplinas:
  • Teologia e Arte Sacra I
  • Ritos Litúrgicos: Oriental
  • Primeiro milênio cristão - Iconoclasmo
  • Museologia e Bens Patrimoniais II
  • Arte Cristã e Simbologia
  • Arte Sacra no Brasil: mobiliário
  • Museus e seus conceitos
  • História da Igreja em São Paulo
  • Arte Cristã e Simbologia

Módulo IV - O Universo Paulista*

Grade curricular – Módulo IV - tarde - sábados
Grade curricular – Módulo IV - noturno - quintas-feiras

Vespertino: Aos sábados
  • Início: 27 de fevereiro
  • Término: 8 de junho
Noturno: Às quintas-feiras
  • Início: 27 fevereiro
  • Término: 4 de julho
Carga horária: 52 horas
Disciplinas:
  • Segundo milênio cristão - Modernismo
  • Arte Sacra Paulista
  • História da Filosofia I
  • Música Sacra III
  • Patrimônio, Conservação e Zeladoria
  • História da Igreja em São Paulo
  • Metodologia da Pesquisa
  • Ordens Religiosas e Arte Sacra

Contato

Sede Administrativa da Associação Museu de Arte Sacra de São Paulo (SAMAS)
Rua São Lázaro, 271, Luz.
(11) 5627.5393
www.museuartesacra.org.br

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Curso de Especialização de Arte Sacra de Pernambuco

A Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE) em parceria com a Ordem Terceira de São Francisco do Recife, Capela Dourada e a Arquidiocese de Olinda e Recife, promovem o Curso de Especialização de Arte Sacra de Pernambuco, com ênfase no acervo barroco do Nordeste do Brasil; as aulas têm início em fevereiro. O objetivo do curso é despertar nos gestores a importância deste acervo para a educação, turismo e para os cristãos que não conhecem a simbologia das peças e os locais desta arte.

O público-alvo são graduados em educação, turismo e áreas afins, além de sacerdotes, religiosos, arquitetos e restauradores. A idéia é dar valor ao rico patrimônio artístico do Estado. O corpo docente é formado por especialistas, mestres e doutores. As aulas serão às terças-feiras, das 18h30 às 21h30, e aos sábados, das 8h às 12h e das 13h às 17h, com investimento de R$ 40 de taxa de inscrição, mais 16 parcelas de R$ 285 reais. Inscrição no www.fafire.br

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

À Venda




 Sagrada Face - Pano da Verônica
50 cm X 40 cm
R$ 150,00 ou a combinar

Entre em contato/ Faça sua encomenda
Rodolfo Cristiano (12) 8123-1794

Museus do Estado recebem obras de arte no aniversário de Belém

Como parte das comemorações oficiais do governo do Estado pelos 397 anos da fundação de Belém, comemorados no próximo sábado (12), a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) incorpora ao acervo do Museu de Arte Sacra (MAS) duas esculturas barrocas do século XVIII, além de uma gravura, que vai para o Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP). A entrega das obras de arte ocorre dia 12, após ato litúrgico na Igreja de Santo Alexandre, em programação que terá as presenças do governador Simão Jatene e do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

As esculturas são duas imagens, de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Rosário. Além delas, será apresentada durante o evento uma gravura do pintor italiano Guiseppe Leone Righini, recém-adquirida pelo Sistema Integrado de Memoriais e Museus (SIM) da Secult. A obra será apresentada na Galeria Fidanza, ao lado da Igreja de Santo Alexandre.

“É uma imagem panorâmica da cidade, uma iconografia rara adquirida em Londres, apesar de ter sido feita em Belém por um artista italiano que morou a vida toda aqui. Cerca de 200 anos depois, ela é recuperada e volta ao Estado para integrar o acervo do MHEP”, diz o diretor do museu, Sérgio Melo. “As imagens sacras são peças únicas, com características de um período muito especial, que vão enriquecer o acervo do Museu de Arte Sacra, que já é bastante rico”, continua.

Serviço: apresentação de obras de arte pelo aniversário de Belém. Sábado (12), a partir das 9h30, na Igreja de Santo Alexandre, com ato litúrgico e integração de imagens barrocas; às 10h, na Galeria Fidanza, apresentação da gravura de Guiseppe Righini; às 20h, na Sala das Artes do Palácio Lauro Sodré, apresentação do “Concerto Equatorial: Belém 397 anos”, com o musico Salomão Habib. Entrada franca.


Texto:
Pablo Almeida - Secom
Fone: (91) 3202-0910 / (91) 8240-2141
Email: pabloc.almeida@gmail.com

Secretaria de Estado de Comunicação
Rodovia Augusto Montenegro, km 09 - Coqueiro - Belém - PA CEP.: 66823-010
Fone: (91) 3202-0901
Site: www.agenciapara.com.br Email: gabinete@secom.pa.gov.br

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

À Venda




  Gravuras antigas restauradas
25 cm X 18 cm
com ou sem moldura
Valor a Combinar

Entre em contato/
Rodolfo Cristiano (12) 8123-1794

Fátima e a criação artística


Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário de Fátima, dedica a sua investigação aos peregrinos do Belo

ROMA, (Zenit.org).

Com base na investigação que intitulou “Fátima e a criação artística (1917-2007): o Santuário e a Iconografia – a arte como cenário e como protagonista de uma específica mensagem”, Marco Daniel Duarte defendeu em provas públicas a sua dissertação de doutoramento, na Universidade de Coimbra.
Marco Daniel Duarte, natural da Covilhã, é funcionário do Santuário de Fátima desde janeiro de 2008, onde é diretor do Museu do Santuário e responsável pela secção de Arte e Património. Autor de várias publicações nas áreas da História e da História da Arte, pertence à Academia Portuguesa da História, à Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa e ao Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, sendo ainda membro da Associação Portuguesa de Historiadores da Arte e do Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima.
Após a defesa da tese, em breve entrevista a LeopolDina Simões,divulgada pela assessoria de imprensa do Santuário de Fátima,  o investigador fala sobre este seu trabalho.

Porquê uma tese de doutoramento relacionada com Fátima?
Marco Daniel Duarte – Ao querer especializar-me numa das áreas que me são mais caras – a arte sacra contemporânea – encontrei no Santuário de Fátima um especial lugar artístico, não só ao nível da sua evolução física, mas também ao nível da iconografia que da Mensagem de Fátima dimana. Estes dois eixos de análise vieram, passados onze anos de investigação, a ditar a estruturação da dissertação apresentada. Pareceu-me importante perceber de que modo a arte se viu convocada a servir de cenário às práticas rituais de um dos mais importantes lugares do sagrado e percebi como, para além de cenário, a arte tomou um outro papel, o de protagonista.

O que destaca como conclusão da sua investigação?
MDD – A investigação operada leva a concluir que o santuário se mostra, ao longo de 90 anos de história, como estaleiro por onde passam vários movimentos estéticos, desde os que se fazem repercutores da arte de Oitocentos, dando início à construção de um santuário de traçado revivalista coroado por uma monumental basílica riscada por Gerardus van Krieken, até aos que já podem ser entendidos como exibidores da arte do século XX. Num primeiro capítulo desta última taxonomia, encontra-se, a partir dos anos finais da década de40, a culta edificação de um deserto artificial que arrancava ao desconforto natural que era a Cova da Iria um espaço espiritual constituído por uma enorme e cenográfica esplanada traçada por Cottinelli Telmo, espaço posteriormente delimitado pela colunata de António Lino, solene equilíbrio de um cenário que vinha a ser criado desde 1928. Um outro grande período de construções foi depois preparado ao longo da década de 70, na qual se prepara uma nova imagem do Santuário, imagem essa que viria a concretizar-se na década seguinte, quando, em 1982, se inaugurou o primeiro ponto – e talvez o mais importante – desse plano: a reestruturação arquitetónica e urbanística da Capelinha das Aparições.
A renovação artística não ocorreu apenas ao nível da arquitetura assinada por José Carlos Loureiro. As plantas e alçados dos novos edifícios exigiam outrossim nova campanha de valorização artística, marca de um profícuo tempo que transformou o santuário num laborioso laboratório de arte protagonizado por nomes cimeiros da produção artística nacional, como se prova pelas obras de pintura, de estatuária e de vitral datadas dos anos 80 e 90.
A basílica da Santíssima Trindade, como última campanha artística, sem aniquilar – nem na implantação, nem no alçado, nem na volumetria – a tradição construtiva monumental erigida ao longo de nove décadas, veio ainda sublinhar mais essa importância artística do lugar.

Como avalia Fátima em termos de iconografia religiosa?
MDD – Fátima é um especial ‘topos’ iconográfico. A representação plástica de uma nova titulatura da Virgem Maria – aqui venerada como a Senhora do Rosário de Fátima – fez da Cova da Iria um terreno profícuo para o aparecimento de um dos mais interessantes episódios da iconografia católica.
Provam esta importância as diferentes estações que levaram à constituição de uma verdadeira “árvore imagética” que tem em Fátima as diferentes fases tipológicas, desde o arquétipo (a escultura de Nossa Senhora da Lapa que dá origem à maioria dos traços fisionómicos da imagem oficial), ao tipo (a escultura da Capelinha das Aparições, de José Ferreira Thedim) e aos subtipos (a imagem da Virgem Peregrina e a imagem do Imaculado Coração de Maria), para já não falar de outras representações ligadas ao ciclo angélico e à iconografia dos videntes.

Que aspetos considera que mais terão surpreendido a comunidade científica? 
MDD –
 Penso que a investigação realizada conseguiu evidenciar que o santuário foi e é um laboratório de experimentações e concretizações artísticas que o fazem ser lido como um laborioso laboratório de arte construído através de uma tensão entre a arte popular e a arte erudita, sendo esta afinal a que mais vezes ali foi experimentada, sempre com um objetivo de servir uma específica mensagem e a ritualidade a ela associada. O próprio tema da iconografia de Fátima interessou autores das mais variadas sensibilidades e cunhos estéticos, desde os mais associados a um academismo passadista aos que se muniram de estéticas mais ousadas. Nomes cimeiros do mundo artístico nacional e internacional fazem parte do inventário dos artistas que trataram o tema da Virgem de Fátima, desde António Teixeira Lopes a José de Almada Negreiros, de Leopoldo de Almeida a Salvador Barata Feyo, de Maria Amélia Carvalheira da Silva a Raul Xavier, de Canto da Maia a Álvaro de Brée, de António Duarte a Domingos Soares Branco, de Irene Vilar a Luiz Cunha, de Clara Menéres a Nuno de Siqueira, a Benedetto Pietrogrande, Salvador Dalí, se quisermos citar um ou dois nomes estrangeiros, entre tantos que poderíamos juntar ao rol.

Por que dedica o seu trabalho “aos peregrinos do Belo”?
MDD – 
A dedicatória assenta na consciência que me leva a ter cada vez mais claro que arte e beleza, não obstante alguns movimentos estéticos residuais, são dois binómios que se encontram umbilicalmente associados desde as primeiras manifestações artísticas da humanidade. Ao olhar para o Santuário de Fátima, lugar de peregrinação por excelência, vejo muitos peregrinos que procuram essa beleza que é visivelmente conotada com Deus e vejo também muitos outros que são atraídos pela beleza que fala de Deus, mesmo que a não entendam como a «beleza sempre antiga e sempre nova» de que falava Santo Agostinho. A todos eles dedico este labor.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

SUGESTÕES PARA ORAR COM OS ÍCONES

Observando um ícone com atenção, percebemos que não conseguimos abraçar de uma só vez o seu significado e a sua espiritualidade. Será preciso escolher um detalhe, um gesto, um rosto e concentrar ali a nossa atenção. Por exemplo: diante da Virgem de Vladimir, Mãe da Ternura, podemos fixar o nosso olhar no da Virgem, ou num só olho, ou numa só pupila, perdendo-nos naquele olhar sofrido e preocupado e, ao mesmo tempo, sereno e consciente (quanto menor for o detalhe escolhido, melhor será a nossa concentração).
Antigos textos orientais afirmam que o ícone diante do qual se reza não é apenas contemplado por aquele que reza, mas ele olha o orante e o faz sentir amado. Isso não acontece, certamente, ao observador distraído ou com pressa, e nem mesmo a quem tem um olhar apenas técnico.
A união do orante com o Amado se realiza no esquecimento de si e no estupor da adoração. Se o próprio Mestre Jesus se afastava de tudo e de todos para orar, quanto mais nós devemos adquirir esse hábito. Aprende-se a rezar rezando. Se contemplamos o ícone por um tempo prolongado, ele retribuirá o nosso olhar amoroso.
A oração pessoal ou comunitária poderá articular-se da seguinte forma:
1) Um tempo para ouvir: ler o texto bíblico correspondente ao ícone.
2) Um tempo para amar: observar o ícone, escolher um detalhe.
3) Um tempo para deixar-se amar: imprimir no nosso coração e na nossa mente o detalhe escolhido para levá-lo conosco no nosso dia a dia como sinal de ternura do ícone.
4) Desejar ter os mesmos sentimentos que foram em Cristo Jesus.
Feito isso com fidelidade e amor a Deus, experimentaremos a paz que Jesus prometeu aos seus amigos. Se esta prática de contemplação se tornar um hábito na nossa vida, a nossa espiritualidade será vivida na plenitude e penetraremos nos mistérios do "Emanu-El", o Deus conosco.     
 
pe. Saverio- Blog: Cristianismo e Arte

À Venda



 Gravura da Santa Ceia
24 cm X 16 cm
com ou sem moldura 
Valor a combinar
 
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sábado, 5 de janeiro de 2013

Reis Magos

Os Três Reis Magos, ou simplesmente Reis Magos ou Magos (em grego: μάγοι, transl. magoi), na tradição cristã, são personagens que teriam visitado Jesus logo após o seu nascimento, trazendo-lhe presentes. Foram mencionados apenas no Evangelho segundo Mateus, onde se afirma que teriam vindo "do leste" para adorar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus". Como três presentes foram registrados, diz-se tradicionalmente que tenham sido três, embora Mateus não tenha especificado seu número. São figuras constantes em relatos do natividade e nas comemorações do Natal.

Belchior (também Melchior ou Melquior), Baltazar e Gaspar, não seriam reis nem necessariamente três mas sim, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos. Não há relatos biblicos sobre o nome dos magos.
Talvez fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém na Judeia. Perguntaram eles ao rei sobre a criança. Este disse nada saber. Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado, e pediu aos magos que, se o encontrassem, falassem a ele, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo. Até que os magos chegassem ao local onde estava o menino, já havia se passado algum tempo, por causa da distância percorridas, assim a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de janeiro.

Adoração dos Magos - Fra Angélico

A estrela, conta o evangelho, os precedia e parou por sobre onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mateus 2:10). "Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, ser um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles. O ouro pode representa a realeza (além providência divina para sua futura fuga ao Egito, quando Herodes mandaria matar todos os meninos até dois anos de idade de Belém). O incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus assim como a fumaça sobe ao céu (Salmos 141:2). A mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo, nos remete ao gênero da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (João 19:39-40), sendo que estudos no Sudário de Turim encontraram estes produtos.

Adoração dos magos - A. Durer

Adoração dos Magos

A narrativa no Evangelho de Mateus segue:
«Entrando na casa, viram o menino, com Maria sua mãe. Prostando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra.» (Mateus 2:11-12)
Nada mais a Escritura diz sobre essa história, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.
Uma descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata:
Belquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz. 
.

Interpretações

A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida «Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo» (Salmos 72:11).

Na antigüidade, o ouro era um presente para um rei, o olíbano (incenso) para um sacerdote, representando a espiritualidade, e a mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).

 

Celebrações

Durante a Idade Média começa a devoção dos Reis Magos (e que são "baptizados"), tendo as suas relíquias sido transladadas no séc. VI desde Constantinopla (Istambul) até Milão. Em 1164, com os três já a serem venerados como santos, estas foram colocadas na catedral de Colônia, em Colônia (Alemanha), onde ainda se encontram.
Em várias partes do mundo, há festas e celebrações em honra aos Magos. Com o nome de Festa de Santos Reis há importantes manifestações culturais e folclóricas no Brasil.
Devemos aos Magos a tradição de trocar presentes no Natal. Dos seus presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países, como por exemplo os de língua espanhola, a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de janeiro, e os pais muitas vezes se fantasiam de reis magos. No Brasil e em Portugal, o evento é conhecido como Dia de Reis ou Epifania.

Fonte: Wikipédia


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