terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Grande procissão Mariana na Venezuela recebe três milhões de peregrinos

 
Barquisimeto - Venezuela (Gaudium Press)

Mais de três milhões de fiéis católicos da Venezuela reafirmaram sua devoção à Santíssima Virgem, venerada sob a invocação da Divina Pastora, em uma tradicional festa celebrada no dia 14 de janeiro. A cada ano, os fiéis se congregam em uma das maiores manifestações públicas de Fé do país e participam da Santa Missa e da multitudinária procissão até a cidade de Barquisimeto, localizada no Ocidente do país.
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Procissão reuniu uma multidão de fiéis
Neste ano, a mensagem do Arcebispo de Barquisimeto, Dom Antonio López Castillo, esteve centrada na petição do fim da violência e da cultura da morte. "Diante da imagem venerável da Divina Pastora lhes manifesto que me preocupa tanta violência, tanto crime", expressou o prelado. "Matar não é querido por Deus.

O homicídio é pecado, o suicídio é pecado, irmãs e irmãos, a vida é sagrada, respeitemos a vida; a violência nos destrói, procuremos viver em fraternidade".
Após superar uma interrupção ocasionada pelas autoridades militares locais, a procissão avançou pelas ruas da cidade sob forte sol e uma temperatura superior aos 30 graus Celsius. Durante a procissão, numerosos fiéis ofereceram testemunhos de milagres atribuídos a intercessão da Santíssima Virgem, motivo pelo qual seguiam a imagem para cumprir suas promessas. Numerosas instituições e voluntários distribuíram bebidas entre os peregrinos.

Milagrosa tradição de Fé
A invocação da Divina Pastora tem sua origem na Espanha, quando Santo Isidoro de Sevilla a observou em sonhos e a descreveu ao artista Alonso Miguel de Tovar, que a retratou em um quadro. O escultor Francisco Ruiz Gijón esculpiu uma imagem em tamanho natural, que foi levada em procissão pela primeira vez em 1705. Em 1736, o pároco de Santa Rosa, Venezuela, encarregou uma imagem a este mesmo artista.
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Nossa Senhora Divina Pastora
Sem embargo, a imagem requerida pelo sacerdote era a da Imaculada Conceição, e ao receber em troca a da Divina Pastora, tentou devolvê-la para a Espanha. Mas a imagem inexplicavelmente ficou pesada, e não foi possível regressá-la, feito que foi interpretado pelos fiéis como a vontade da Santíssima Virgem de ficar no país.

A imagem resistiu em 1892 a um terremoto que destruiu o templo onde se venerava, o qual consolidou a devoção popular. Em 1855, uma epidemia de cólera se desatou na zona e os fiéis solicitaram ao pároco Macario Yépez que se fizesse uma procissão com a imagem como última esperança da povoação. O sacerdote realizou a procissão e, estando o mesmo enfermo, pediu a Divina Pastora ser a última vítima da epidemia. Nesse mesmo dia, o pároco faleceu e cessaram por completo as mortes ocasionadas pela enfermidade.

Este milagre atraiu a multidão de fiéis que a cada ano se reúne para comemorar o fato. A tradicional festa atrai pessoas de todas as regiões do país e inclusive do estrangeiro. A procissão anual parte da povoação de Santa Rosa e percorre 7,5 quilômetros até a Catedral de Barquisimeto. (EPC/GPE)

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