sábado, 12 de janeiro de 2013

Exposição sobre São Félix de Cantalice (1515-1587)

ROMA, (Zenit.org).

A Basílica de São Lourenço Extramuros recebe de 13 a 20 de janeiro a exposição "Frei Deo Gratias: São Félix de Cantalice, Vida e Espiritualidade".

A mostra faz parte das comemorações pelo terceiro centenário da canonização do irmão leigo capuchinho (1712-2012).

A entrada é gratuita.


***

São Felix da Cantalice
 
 Também conhecido como “ Ás dos  Capuchinhos” e Irmão Deo Gratias  como era sua  habitual saudação.  
 
Nasceu em 18 de maio de 1515 em Catalice.  Filho de pais piedosos ele foi pastor de ovelhas na sua infância. Na idade de 9 foi empregado como pastor em uma fazenda em Cotta Ducale onde trabalhou  até os 20 anos. Um homem piedoso, Felix passava seu tempo livre em orações.
Tendo pouco educação ele tinha um amigo que lia para ele a vida dos “Padres do Deserto” e ele desejava viver como um eremita mas temia não resistir as tentações se não tivesse um superior para orienta-lo. Assim ele procurou entrar para os Capuchinhos, mas eles estavam relutantes em aceita-lo, mas finalmente o aceitaram como irmão leigo em 1543  no Mosteiro de Anticole perto de Roma. Enviado para Roma  em 1547 como representante da comunidade lá ficou o resto de sua vida.
A reputação de Feliz como homem santo se espalhou rapidamente. Ele não sabia ler, não obstante teólogos o consultavam sobre espiritualidade e sobre as Escrituras. A fama dele cresceu tanto que pecadores na rua escondiam de medo dele “ver” os seus pecados.
Felix pregava nas ruas e repreendiam os políticos e oficiais corruptos e exortava aos jovens a não continuar com a vida dissoluta que  viviam. Certa vez durante o Carnaval, Feliz e São Filipe Neri organizaram uma procissão dos Capuchinhos bem no meio da folia. Fra Lupo um conhecido Pregador Capuchinho falou para multidão e o Carnaval foi extinto por alguns anos.
Felix trabalhava com as crianças de Roma e sua inerente simplicidade fazia com que as crianças confiassem nele. Ele compôs pequenos hinos para ensiná-los o catecismo. Os hinos e cantigas ficaram muito populares  e quando Feliz estava fazendo pedindo esmolas de casa em casa vários cidadãos romanos o convidavam para entrar e cantar para eles. Ele via este convite como uma oportunidade para ensiná-los e sempre os atendia. 

Durante a fome de 1580 os pais da cidade, pediram aos Capuchinhos para que eles emprestassem Felix  como o angariador de fundos e ele trabalhou sem cessar durante todo período. Seu amigo São Felipe Neri, considerava Felix o maior santo vivo de sua época e se referia a ele como seu mestre espiritual.
Ele dormia  pouco, atendia a missa todas às manhãs, tinha uma grande devoção a Nossa Senhora e freqüentemente  recitava o Rosário e algumas vezes tinha visões e entrava em êxtase e ficava sem conseguir terminar as orações. Ele recebeu uma visão da Virgem Maria durante a qual ela o deixou segurar o Menino Jesus em seus braços. Ele faleceu no dia 18 de maio de 1587 de causas naturais e durante seu funeral centenas de pessoas se machucaram na ânsia de entrar na igreja e foi necessário furar as pressas, uma parede para fazer uma porta extra que permitissem aos fieis entrarem na igreja. Ele foi enterrado sob o altar da Igreja da Imaculada Conceição e seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.
Foi logo aclamado pelo  povo de Roma com santo. Foi beatificado em 1°  de outubro de 1625 pelo Papa Urbano VIII e canonizado em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente XI.
Na liturgia da Igreja, ele é representado como: 1) Um frei segurando o Menino Jesus ou ; 2)  com São Felipe Neri ou; 3)  com Carlos Borromeo ou; 4)  como um Capuchinho carregando uma sacola de pedinte.
 Sua festa é celebrada no dia 18 de maio.

 
 

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