Esculpida em madeira, imagem de Nossa Senhora da Luz estava na igreja desde a sua fundação, no século XVII.
Os fiéis que chegaram para a missa no último domingo, 31, na Capela da Luz, na Praia da luz, em Itaoca, São Gonçalo, sentiram falta do maior símbolo da igreja: a imagem de Nossa Senhora da Luz. O monumento não foi encontrado pelos seminaristas que ainda perceberam que a porta do templo religioso havia sido arrombada.
A igreja foi erguida no século XVII e hoje é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) segundo a prefeitura de São Gonçalo. O responsável pelo templo reclama, porém, do estado precário de conservação da igreja para receber os fiéis.
“Não sabemos se foi de sexta para sábado ou de sábado para domingo, mas quando os seminaristas da missa chegaram para celebrá-la não encontraram a imagem de Nossa Senhora da Luz no lugar. A igreja não tem muito movimento durante a semana, só mesmo aos domingos, quando celebramos a missa. Existe ainda um outro problema que é o estado de conservação, a cargo da prefeitura”, disse José Elias Fiúza, o padre Pedro.
Segundo o religioso, a imagem, que estava na igreja desde sua fundação, é esculpida em madeira e possui grande valor histórico e material. O padre lembra que o objeto é valioso.
“Lá não tem mais nada. A imagem era uma das poucas coisas que restaram. Possui um valor histórico e cultural, além de material muito grande. Agora não tem muito o que fazer porque não existe outra. Não há como fazer uma nova. Vamos torcer para que quem a roubou, devolva, disse o padre. A igreja é uma das mais antigas de São Gonçalo e recebe aproximadamente 80 fiéis nas celebrações de domingo.
A secretaria municipal de Turismo e Cultura do município, responsável pela gestão do local, informou que já elaborou um projeto de revitalização junto ao governo federal para promover melhorias na conservação da capela. De acordo com o Iphan, a Capela da Luz não consta na lista das igrejas que são tombadas e inventariadas pelo órgão, não tendo responsabilidade sobre a imagem roubada.
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