Sete entradas foram descobertas entre as paredes do local. Convento de São Francisco passa por obras de restauração.
De pé desde 1591, o convento de São Francisco, na Cidade Alta, em Vitória, passa por um processo de restauração iniciado em 4 de outubro de 2012, dia do santo. A fachada do patrimônio guarda séculos de história, que foram desvendados ao longo das obras. De acordo com a historiadora que coordena o trabalho, sete entradas secretas foram descobertas entre blocos de concreto. Como forma de expandir a restauração, recursos financeiros foram solicitados para fazer pesquisas e transformar os fundos do convento em um centro cultural. A previsão é que as obras de restauração da fachada sejam concluídas até o dia 27 deste mês de junho.
Uma fotografia tirada antes do início da restauração mostra como eram as paredes do local. Ao retirar o reboco, operários da obra descobriram uma entrada entre os blocos de concreto, que teria ficado isolada durante séculos. “Nós tinhamos aqui uma grande parede branca e, durante o processo de restauração, é normal que a gente retire o reboco que está ruim para fazer um reboco novo. E com isso apareceram esses tijolinhos que fazem parte da estrutura da porta. Essa deve ser a entrada original do século XVI para o XVII”, falou a historiadora Diovani Favoreto.
Única parte do patrimônio original do século XVI, a fachada do convento escondia no mínimo sete entradas. Na parte de trás, há um galpão e salas onde funciona o setor administrativo da Arquidiocese de Vitória. Em determinadas áreas do patrimônio, há pontos marcados onde amontoados de ossos foram enterrados. “Sobre esse xis nós temos uma grande câmara mortuária de aproximadamente quatro metros por quatro metros. E um metro e meio d eossos que foram regirados dos antigos cemitérios de São Francisco ”, disse Diovani.
A última ossada encontrada no convento foi de uma moradora de Nova Almeida, na Serra, chamada Catarina Francisca Ribeiro, que morreu no século XIX. Além disso, os ossos do Frei Pedro Palácios, fundador do Convento da Penha, também foram levados ao monumento do Centro de Vitória. “A gente acredita que ela estava sepultada no cemitério. Quando ele deixou de existir, foi recolhido e colocado no ossuário que hoje pertence ao pátio do convento”, relatou a historiadora.
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