segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Linha do tempo de Aleijadinho


1720
 - Chegam a Ouro Preto, vindos de Portugal, João Francisco e três filhos, sendo um deles Manuel Francisco Lisboa.

1737
 - Em 26 de junho, Antonio Francisco Lisboa, que se tornaria imortalizado sob o apelido Aleijadinho, é batizado na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, em Ouro Preto. Ele é filho de Manuel Francisco Lisboa com a negra forra Isabel. Alguns estudiosos apontam 1730 ou 1738 como o ano do nascimento. 

1750
 - O menino Antonio frequenta o internato do Seminário dos Franciscanos Donatos do Hospício da Terra Santa, em Ouro Preto, onde aprende gramática, latim, matemática e religião.

1755 - Nasce Félix Antonio Lisboa, irmão de Aleijadinho. Foi padre e escultor talentoso.

1763 - O artista faz sua primeira intervenção com características arquitetônicas: frontispício e torres sineiras da Matriz de São João Batista, em Barão de Cocais (foto), e ainda a imagem de São João Batista.




1766
 - Em Ouro Preto, o artista executa o projeto da Igreja de São Francisco de Assis, as imagens do frontispício e a fonte-lavabo da sacristia.  




1768
 - Antonio se alista no Regimento da Infantaria dos Homens Pardos de Ouro Preto e, durante três anos, presta serviço militar, o qual conjuga com uma intensa atividade profissional.

1774 - Recebe a encomenda do projeto da Igreja de São Francisco de Assis, de São João del- Rei, e executa o projeto da Igreja de São José, de Ouro Preto. Em Sabará, faz trabalhos para a Igreja do Carmo.

1777 - Nasce o filho do escultor, que recebe o mesmo nome do avô – Manuel Francisco Lisboa. O menino é batizado em 23 de janeiro, na catedral do Rio de Janeiro. É detectada uma grave doença degenerativa, que deforma corpo e membros do artista.

1780 - Antonio Francisco Lisboa é contratado para execução da balaustrada, púlpito e coro da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Sabará.

1784/1786 - O artista esculpe o conjunto em madeira da Fazenda da Jaguara, em Matozinhos. No início do século 20, o acervo é transferido para a Matriz do Pilar, em Nova Lima, na Grande BH.




1790
 - Recebe o apelido de Aleijadinho. Tem obra elogiada no levantamento de fatos notáveis, ordenado pela Coroa Portuguesa em 1782 e feito pelo vereador da Câmara de Mariana capitão Joaquim José da Silva.

1790/1794 - Aleijadinho se ocupa do retábulo da capela-mor da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, com grande equipe de oficiais de talha. A obra é a coroação da atividade de escultor e entalhador.

1796/1799 - Nas capelas que recriam a via-crúcis, em Congonhas, Aleijadinho esculpe 64 figuras em madeira (na foto, a Santa Ceia). Nas paredes, estão as pinturas bíblicas de Manuel da Costa Ataíde (1762-1830).




1800/1805
 - No Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Aleijadinho esculpe os 12 profetas, que receberam reconhecimento da Unesco como Patrimônio Mundial.


1812/1813 - O estado de saúde de Aleijadinho se agrava. Passa a viver em uma casa perto da Igreja do Carmo, em Ouro Preto, para supervisionar as obras que lá estavam em andamento.

1814 - Aleijadinho morre em 18 de novembro, segundo certidão de óbito arquivada na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Está sepultado sob o altar de Nossa Senhora da Boa Morte. 




1858
 - Publicada a primeira biografia do mestre do barroco, escrita pelo promotor de Justiça Rodrigo José Ferreira Bretas.

1930 - Feita a primeira exumação dos restos mortais de Aleijadinho para lembrar o bicentenário do artista, que, segundo nova pesquisa, nasceu em 1737 e não em 1730 ou 1738, como se considerava anteriormente.

1947 - Feita a segunda exumação, de forma clandestina. Pedaços de ossos são levados para exames na Inglaterra. Outras duas ocorreriam em 1970 e em 2003.

Texto de Gustavo Wenerck
Fonte: EM

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