As catedrais góticas são valorizadas como umas das mais valiosas joias arquitetônicas do mundo. Monumentais e grandiosas obras como a Catedral de Notre Dame em Paris (França), ou a Catedral de Burgos (Espanha), são a mostra das mais exigentes obras de arquitetura postas ao serviço do culto divino. Sobre sua extraordinária riqueza e significado, o Professor Alberto Bárcena, coordenador cultural do Foro São Bento da Europa dialogou com o informativo Religión en Libertad, no marco do segundo Ciclo de Conferências Dominicais no Vale dos Caídos, na Espanha.
A iniciativa, que nesta oportunidade ostenta o lema "Europa: raízes, identidade e missão", acolherá ao Prof. Bárcena em sua segunda conferência o dia 23 de novembro e o tema exposto será "A Europa das Catedrais". Para o especialista, estes majestosos lugares de culto são peças chave da história e a identidade europeias. "Sem essa plenitude cultural dos séculos XII e XIII a Europa que conhecemos não teria existido", afirmou.
Obras mestras feitas para Deus
Para Bárcena, o estilo arquitetônico gótico é altamente representativo do cristianismo: "É um estilo que expressa uma elevada espiritualidade, um esforço assombroso por aproximar-se de Deus; por louvar-lhe através da arte", explicou. "Os melhores resultados do gótico, sem dúvida alguma, foram os edifícios dedicados ao culto divino". As Catedrais foram o centro da vida da sociedade em sua dimensão religiosa, mas também cultural e educativa. "Foram sinais de identidade das cidades onde se construíram", acrescentou.
As catedrais "eram o lugar de reunião de toda a comunidade, um espaço aberto a todos os seus habitantes que ali se reuniam pelo mais forte que tinham em comum: a Fé", continuou o especialista. "Junto às catedrais, nasceram também as escolas catedráticas, origem das universidades às quais me referi antes. Uma iniciativa de Carlos Magno e, já antes, de Santo Isidoro de Sevilla".
Para fazer possível estas importantes obras, que para seu momento tinham a envergadura dos modernos arranha-céus sem as ajudas tecnológicas atuais, se deu um compromisso da sociedade inteira, em seus pilares estatais e religiosos. "Podiam tardar séculos em acabar-se", comentou. "Há muita tenacidade e confiança em Deus e no futuro por trás delas". As obras, profundamente inspiradas na intenção religiosa, eram levadas a um nível de perfeição que supera o parâmetro da utilidade humana. Nas catedrais góticas é possível ver um elaborado trabalho em pedra "não só nas zonas mais visíveis mas também nas agulhas das torres, e nas cobertas. Uns trabalhos artísticos que somente poderia ver Deus; se faziam para Ele", expressou Bárcena.
O ciclo de conferências do Foro São Bento da Europa se leva a cabo na Hospederia do Vale dos Caídos, às 12h45. As seguintes conferências, "A influência da doutrina na formação da Europa" e "Liberdade, igualdade, fraternidade e descristianização" serão comunicadas entre os dias 14 de dezembro e 25 de janeiro por Antonio Alonso Marcos e Javier Paredes Alonso, respectivamente. (GPE/EPC)
Fonte: Gaudiumpress
A Sainte-Chapelle, em Paris, França. Foto: Gustavo Kralj / Gaudium Press. |
Obras mestras feitas para Deus
Para Bárcena, o estilo arquitetônico gótico é altamente representativo do cristianismo: "É um estilo que expressa uma elevada espiritualidade, um esforço assombroso por aproximar-se de Deus; por louvar-lhe através da arte", explicou. "Os melhores resultados do gótico, sem dúvida alguma, foram os edifícios dedicados ao culto divino". As Catedrais foram o centro da vida da sociedade em sua dimensão religiosa, mas também cultural e educativa. "Foram sinais de identidade das cidades onde se construíram", acrescentou.
As catedrais "eram o lugar de reunião de toda a comunidade, um espaço aberto a todos os seus habitantes que ali se reuniam pelo mais forte que tinham em comum: a Fé", continuou o especialista. "Junto às catedrais, nasceram também as escolas catedráticas, origem das universidades às quais me referi antes. Uma iniciativa de Carlos Magno e, já antes, de Santo Isidoro de Sevilla".
Para fazer possível estas importantes obras, que para seu momento tinham a envergadura dos modernos arranha-céus sem as ajudas tecnológicas atuais, se deu um compromisso da sociedade inteira, em seus pilares estatais e religiosos. "Podiam tardar séculos em acabar-se", comentou. "Há muita tenacidade e confiança em Deus e no futuro por trás delas". As obras, profundamente inspiradas na intenção religiosa, eram levadas a um nível de perfeição que supera o parâmetro da utilidade humana. Nas catedrais góticas é possível ver um elaborado trabalho em pedra "não só nas zonas mais visíveis mas também nas agulhas das torres, e nas cobertas. Uns trabalhos artísticos que somente poderia ver Deus; se faziam para Ele", expressou Bárcena.
A Catedral de Notre Dame em Paris, França. Foto: Gustavo Kralj / Gaudium Press. |
O ciclo de conferências do Foro São Bento da Europa se leva a cabo na Hospederia do Vale dos Caídos, às 12h45. As seguintes conferências, "A influência da doutrina na formação da Europa" e "Liberdade, igualdade, fraternidade e descristianização" serão comunicadas entre os dias 14 de dezembro e 25 de janeiro por Antonio Alonso Marcos e Javier Paredes Alonso, respectivamente. (GPE/EPC)
Fonte: Gaudiumpress
Nenhum comentário:
Postar um comentário