“Os museus eclesiásticos apresentam enormes potencialidades de ação pastoral criativa, nomeadamente através das características únicas na possibilidade de diálogo e de acolhimento de crentes e não-crentes”, escreve o autor na obra que apresenta as conclusões de um estudo de mestrado.
Para André das Neves Afonso, esses elementos diferenciadores podem resumir-se na “missão pastoral que deve ser central em qualquer museu eclesiástico” e que deve estruturar e moldar toda a sua atividade.
Uma ação que “deve pautar-se” pelo respeito das mais variadas confissões e crenças, “agindo de forma dialogante, inteligente e pedagógica” ainda que assente na transmissão de uma mensagem cristã que “é proposta e não imposta”.
Segundo o mestre em Museologia e Museografia pela Faculdade de Belas-Artes, os museus eclesiais devem colaborar na missão existencial da própria Igreja de comunicar “Deus à humanidade”.
“É sobretudo a partir desta perspetiva dos museus da Igreja enquanto entidades e espaços assumidamente pastorais que surge o presente livro”, explica na introdução o também colaborador da Comissão Diocesana de Arte Sacra de Setúbal.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a Paulus Editora destaca que André das Neves Afonso, depois de refletir sobre as razões pelas quais estes espaços devem ser “valorizados e promovidos”, apresenta um modelo de organização que “pode ser aplicado a qualquer diocese ou paróquia”.
O historiador de arte José António Falcão, da Diocese de Beja, assina o prefácio onde considera o autor “traça, de maneira clara e fidedigna, uma notável perspetiva da problemática dos museus eclesiásticos”.
“A caracterização conceptual e tipológica destas instituições, que abre com justeza o trabalho, situa à perfeição o delicado equilíbrio da sua peculiar vocação, duplamente fiel às funções museológicas e ao anúncio do Evangelho”, desenvolve o também diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.
O livro «Museus da Igreja – Missão pastoral e cultural» vai ser apresentado no dia 23 de julho, às 19h00, na igreja de Santa Catarina, na Calçada do Combro, em Lisboa.
Fonte: Agência Ecclesia
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