Num amplo
aprofundamento Sylvie Barnay narra o génesis e o significado das imagens
de Jesus de cera que se colocam no
presépio.
«Os tesouros das igrejas e os depósitos dos museus às vezes
conservam-nos ainda nos seus escrínios de palha. Desde sempre são fabricados
artesanalmente nos mosteiros. Estes brinquedos teológicos narram também à sua
maneira a bonita história da Natividade», escreve a historiadora. Os
primeiros Jesus de cera – continua o
artigo – surgiram no final do século XIV. Ver o Menino de Natal modelado em
cera era para o mundo medieval um modo
de exprimir a dúplice natureza de Cristo, humana e divina, como a cera, que é
sólida e líquida. Na Itália, nas casas da classe alta de Florença, as jovens possuíam
objectos semelhantes para brincar com o Menino Jesus, numa santa familiaridade
que consistia em imitar a vida da Virgem Maria. Usavam-nos então para a
meditação e a edificação, mas também como modelo e materialização das suas
imagens interiores.
Fonte: L'osservatore Romano
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