Por João Carlos Bulla
Os antigos tinham costumes de adorarem árvores como o carvalho, o
salgueiro e outras árvores do centro-norte da Europa. Os celtas até
faziam sacrifícios humanos e rituais de canibalismo debaixo destas
árvores, consideradas sagradas. Segundo a tradição germânica e sua
mitologia baseada em deuses das forças naturais, como Thor, todos os
astros pendiam de ramos de uma árvore gigantesca, o Idrasil, ou, do deus
Odin. Todos os anos era costume iluminar um pinheiro com tochas
representando os astros celestes e cantar e dançar em volta deste. Os
escandinavos colocavam árvores em suas casas para afastar demônios
durante todo o ano, a partir do ano novo. Os primeiros cristãos, para
evangelizar esses povos, escolheram o pinheiro para representar a
Santíssima Trindade (o pinheiro é triangular, três pontas de uma só
árvore) e o amor de Cristo, pois era a única árvore que nunca perdia as
folhas no inverno.
Talvez a primeira árvore venha do ano de 615. São Columbano, um monge da
Irlanda, foi à França para abrir mosteiros, mas a população era
indiferente. Então, numa noite de Natal, ele pegou um pinheiro e o
adornou com tochas e contou o nascimento de Cristo. Mas a história mais
aceita é que, São Bonifácio, evangelizador da Alemanha, cortou a árvore
de celebração pagã da tradição germânica e plantou um pinheiro no local,
enfeitando-o com maçãs e velas. A maçã simboliza o pecado original e as
tentações, e a vela representa a luz de Cristo e sua graça. Mais uma
vez, os evangelizadores se adaptaram aos costumes locais e com
inspiração genial divina conseguiram conquistar mais cristãos.
São Bonifácio corta a árvore sagrada dos germânicos |
No século XVI, a árvore de natal ganhou outros enfeites. Anjos,
biscoitos e símbolos de hóstias (sinal de redenção) eram pendurados nos
galhos das árvores em igrejas. Riga, capital da Letônia, se diz a
primeira cidade onde se expôs uma árvore de natal no ano de 1510. O
costume se generalizou com as imigrações e conquistas e com a montagem
de uma árvore pelo príncipe Alberto da Inglaterra em 1841 no castelo de
Windsor e de lá se popularizou pelo mundo.
Era um costume colocar árvores em coros de igrejas |
http://gloriadaidademedia.blogspot.com.br/2007/12/rvore-de-natal-uma-tradio-medieval.html
http://caiafarsa.wordpress.com/a-mentira-lutero-criador-da-arvore-de-natal/
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/a-arvore-de-natal-uma-tradicao-milenar-de-povos-pagaos
Fonte: Castelo Histórico
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