Ouro Preto, Mariana e
Congonhas receberam, de 17 a 23 de agosto, a Oficina de Conservação de
Peças Sacras voltada para os zeladores de igrejas. Além de capacitar a
comunidade para conservar o patrimônio devocional e artístico, os
municípios participantes podem aumentar a pontuação do ICMS Cultural,
garantindo recursos que podem ser reinvestidos na preservação ou na
restauração de bens culturais.
Cerca
de 140 pessoas, entre zeladores de igrejas e seminaristas, participaram
do projeto “A comunidade e o patrimônio cultural”, organizado em
parceria entre a Associação Amigos da Cultura de Ouro Branco (AACOB),
Arquidiocese de Mariana, Comissão Arquidiocesana de Bens Culturais,
Prefeitura de Ouro Preto, Faculdade Arquidiocesana de Mariana (FAM),
Prefeitura de Congonhas e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A
iniciativa reuniu agentes comunitários para tratar de questões
centradas na conservação do acervo sacro, devocional e artístico das
igrejas de três cidades: Ouro Preto, Mariana e Congonhas.
O projeto foi iniciado em Ouro Preto,
no dia 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Cultural. De acordo com o diácono
Agostinho Barroso de Oliveira, coordenador da Comissão Arquidiocesana de
Bens Culturais, a iniciativa deve ser estendida para outros municípios.
“O que nos motiva para conservar o acervo sacro das igrejas é a devoção
dos fiéis e devemos apoiar sempre ações que levam informações
essenciais para as pessoas que cuidam de nossos bens culturais e
espirituais”, explica o diácono.
O coordenador do projeto Éverlan Stutz
considera a ação educativa essencial para retardar o processo de
envelhecimentos das imagens sacras e dos altares. “É necessário
pensarmos em ações preventivas que possam assegurar a integridade de
bens culturais tombados. A capacitação de zeladores é fundamental para
isso, são eles que cuidam diretamente do patrimônio cultural das
igrejas”, argumenta Stutz.
Em Mariana, a Oficina de Conservação
de Peças Sacras foi realizada na Faculdade Arquidiocesana. A zeladora
Ana Beatriz de Souza, da igreja Nossa Senhora do Rosário, disse que o
treinamento possibilitou levar novas informações para comunidade
paroquial.“Com a oficina, percebi que não é preciso limpar
excessivamente as imagens, nem mesmo utilizando pano seco. Essas
informações são muito importantes, agora posso orientar outras pessoas
sobre como higienizar as peças sacras e terei embasamento para explicar
isso”, relata Ana Beatriz.
Congonhas do Campo recebeu as
atividades do projeto no dia 23 de agosto. A oficina
foi realizada na Romaria, de 14h às 17 horas, e contou com a
participação de zeladores de igrejas e funcionários de museus. Luciomar
Sebastião de Jesus, Diretor do Patrimônio Cultural de Congonhas, elogiou
a iniciativa e principalmente a especificidade do público. “Quando o
projeto foi proposto para o nosso setor, abraçamos a ideia porque
conhecemos as dificuldades diárias para preservar o patrimônio cultural e
nossas igrejas são constituídas de relíquias que devem ser preservadas
por todos nós”, relembra Luciomar.
Fonte: AACOB
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