A definição pessoal de Márcio Braga*:
Primeiramente, Arte Sacra para mim é o reconhecimento das
imperfeições do ser humano. O homem se sabe limitado, se entende como
imperfeito, pecador, e traduz em representação artística seu
entendimento de beleza, de elevação, de compreensão do sobrenatural.
Todavia, essa máximo do limite humano é trazido de maneira prostrada,
quase antagônica. Enfim, Arte Sacra é o profundo desejo do homem de
representar o que há de mais belo - Deus, e coisas que nos conduzam a
Ele - no reconhecimento paradoxal de seus limites. É o máximo através do
mínimo.
Sou
um grande amante das pinturas, e resumir a apenas uma obra é deveras
pouco. Serei sucinto, pois é mister: Três obras que me impressionam são:
1) Madona das Rochas, de Leonardo da Vinci (note-se a proteção
expressa no olhar e nos gestos da Santíssima Virgem);
2) Anunciação, de Fra Angelico (amo observar a curvatura da Virgem Santa, expressando acolhimento, amor e sobretudo adoração);
3) A Incredulidade de São Tomé, de Caravaggio (dois olhares, o de Tomé convencido pela divindade - vide as rugas - e o de Cristo, cheio de amor ao tranquilizar o coração incrédulo)
*Márcio Braga, 28 anos, casado, mora em São José dos Campos e é profissional tributário,
graduando em Administração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário