domingo, 13 de maio de 2012

Maestro Muti, que dirigiu o concerto de música sacra italiana oferecido ao Papa pelo PR Giorgio Napolitano, condecorado por Bento XVI

(11/04/12) Um clima de grande cordialidade caraterizou o concerto que o Presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, ofereceu nesta sexta à tarde ao Papa, no início do sétimo ano de pontificado. A orquestra e o coro da Ópera de Roma, dirigidas pelo Maestro Ricardo Muti, executaram três peças de dois compositores italianos: o Magnifica em sol menor, de António Vivaldi; e o “Stabat Mater” e o “Te Deum” – de Giuseppe Verdi.
Um concerto todo italiano, portanto, como sublinhou o presidente Napolitano, a introduzir o serão, agradecendo a Bento XVI pela “solicitude e confiança” que revela em relação à nação italiana. Por outro lado, uma profunda partilha de preocupações e de objetivos pelas vicissitudes do mundo, que progride, mas que leva também consigo o peso de regressões e de antigos flagelos – observou o Presidente italiano, que mencionou também as alarmantes perseguições contra os cristãos no Médio Oriente, e a crise económica. “Num momento difícil como este – acrescentou Napolitano – conforta a atenção do Papa à unidade europeia e à leitura ética da crise, que exige que se estabeleçam novos parâmetros de bem-estar”.
Temas enfrentados também no cordial colóquio antes do concerto, em que o Papa exprimiu o seu afeto pela Itália e a sua proximidade neste “momento árduo e exigente”. Depois a música e o Papa, no coração das peças executas, a começar pelo Magnificat de António Vivaldi:
“O Magnificat que escutámos è o canto de louvor de Maria e de todos os humildes de coração, que reconhecem e celebram com alegria e gratidão de Deus na própria vida e na história de Deus que tem um estilo diferente do do homem, porque se coloca ao lado dos últimos, para lhes dar esperança”
Se era o louvor, a ação de graças e o deslumbramento perante a obra de Deus assinalam a música de Vivaldi, muda completamente o registo nas duas peças sacras de Verdi :
Se “piedade, súplica e aspiração à glória se alternam no “Stabat Mater”, no “Te Deum” há uma sucessão de contrastes. Contrariando a tradição de tratar o Te Deum como o canto das vitórias militares e das coroações reais ou imperiais, Verdi exprime não só a exultação inicial (Te Deum), mas contempla também Cristo incarnado (Sanctus), que liberta e abre ao Reino dos Céus, para passar depois, na invocação do “Judex venturus” a exprimir o apelo à misericórdia, concluindo o coro a cantar “In Te, Domine, speravi”, como uma oração do próprio Verdi pedindo esperança e luz no percurso final da sua vida terrena.

“Caros amigos, faço votos de que esta tarde possamos repetir a Deus, com fé: ‘Em Ti Senhor, ponho, com alegria, toda a minha esperança. Faz com que eu te ame como a tua Santa Mãe, para que à minha alma, no termo do caminho, seja dada a glória do Paraíso”. 


Fonte: Rádio Vaticano

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...