Primeiro dia do Átrio dos Gentios debateu arte, cultura e transcendência
BARCELONA, (ZENIT.org)
No dia 17 de maio, em Barcelona, teve início uma nova sessão do Átrio dos Gentios, valiosa iniciativa que o Conselho Pontifício da Cultura vem organizando em diversas cidades do mundo, em harmonia com o pensamento do papa Bento XVI, que pede novos átrios para o homem contemporâneo entrar em contato com Deus, "aquele desconhecido".
Crentes e não crentes, unidos sob o Cristo Pantocrátor de Taüll no Museu Nacional de Arte de Barcelona, escutaram ideias e conceitos de grande profundidade sobre a arte como caminho de transcendência, multiplicados instantaneamente por milhares de tweets, um dos novos átrios dos nossos tempos.
O cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, motivou os presentes ao afirmar que a "arte impressiona como a fé", porque "a verdadeira arte gera inquietação e não nos deixa indiferentes". O prelado convidou todos a "lutarem contra a superficialidade da arte" e a buscarem "o invisível no visível, dado que a arte e a fé querem ser uma abertura para o absoluto".
Após a abertura, que contou com a presença do conselheiro de Cultura do governo da Catalunha, Ferran Mascarell, os presentes no Museu e aqueles que acompanhavam o evento ao vivo pela internet puderam apreciar a arte em forma de música na interpretação de Lidia Pujol, que subiu duas vezes ao palco para cantar composições dos séculos XI e XII.
O evento prosseguiu com novas ideias, agora comentadas pelo antropólogo e monge de Montserrat Lluís Duch, que garantiu que "o símbolo é fundamental, inerente à condição humana, que torna presente o ausente". Na mesma mesa, o crítico e historiador da arte Daniel Giralt-Miracle destacou "a grande necessidade da arte na vida humana".
O evento foi encerrado pelo poeta e professor de estética Rafael Argullol, cuja análise afirmou que "na arte encontramos a unidade enquanto dura a experiência estética", e pela diretora da seção de arte contemporânea dos Museus Vaticanos, Micol Forti, que identificou a arte como "autêntico lugar de revelação".
O Átrio dos Gentios em Barcelona, que terminou no dia 18, contou ainda com a participação do cardeal Gianfranco Ravasi, que dialogou com os presentes sob a moderação de Esther Giménez-Salinas, reitora da Universidade Ramon Llull.
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