Primeira leva de objetos restaurados pertencentes à paróquia foi entregue nesta quarta-feira, 9
"Estou muito feliz! Essas peças restauradas pelo Ipac [Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural] ficaram quase duas décadas na igreja fechada. Elas são antigas e fazem parte da nossa história. Graças a Deus estão voltando inteiramente restauradas!".
Com essas palavras, a juíza da Irmandade do Santíssimo Sacramento Nossa Senhora do Pilar, Josete Batista, comemorou na manhã desta quarta-feira, 9, a chegada de bens móveis da Igreja do Pilar, originária do século 17 e localizada no bairro do Comércio, em Salvador.
Os objetos religiosos dos séculos 17, 18 e 19 - restaurados pelo Ipac, da Secretaria estadual de Cultura (Secult) - fazem parte da 1ª etapa da restauração de pertences da paróquia, que devem ser totalmente entregues até o final de 2016. As obras foram devolvidas a tempo de integrar a festa de Santa Luzia, comemorada em 13 de dezembro, quando centenas de fiéis visitam a fonte e pedem proteção.
Para o procurador-geral da Irmandade, Roberto Santana, a ação tem importância não só pelo restauro, mas também por seus desdobramentos. "Igrejas como a do Pilar fazem parte do chamado turismo religioso, e é muito bom termos o nosso acervo recuperado para mostrar às pessoas", ressaltou Santana.
Entre os objetos entregues estão dois confessionários de 300 anos, tocheiros, pequenas mesas e cadeiras, todos em madeira. As peças receberam tratamento especial de restauradores da Coordenação de Restauro de Elementos Artísticos (Cores) do Ipac, que conservaram a forma e o máximo possível do material original, infestado por cupins.
Dedicação
Segundo a coordenadora da Cores, Kathia Berbert, esse é o resultado de um trabalho que requer cuidado e muito amor pelas peças. "Tudo depende do estado de conservação dos objetos, mas, à medida que o nosso trabalho se desenvolve, procuramos resguardar a parte estética, artística e histórica, sem mudar a concepção do artista que criou cada peça. É uma alegria ver objetos que estavam quase destruídos serem reintegrados ao seu ambiente natural".
O processo de restauração de objetos da Igreja do Pilar integra o trabalho continuado do Ipac de preservação de peças artísticas e pequenas edificações em todo o estado, conforme explicou o diretor do instituto, João Carlos de Oliveira. "Entendemos que a função do órgão de conservação do patrimônio do estado vai além da preservação da arquitetura", avaliou.
Fonte: A Tarde
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