O Museu Diocesano de Santarém (Portugal) apresenta ao público uma exposição temporária evocativa da vida de São Frei Gil de Santarém, no âmbito das Comemorações dos 750 anos da sua morte.
Apresentando um conjunto de peças de diferentes proveniências, o objetivo principal é dar a conhecer a vida desta personagem medieval, que nasceu em Vouzela, estudou em Coimbra, formou-se em medicina em Paris, logo após alguns anos em Toledo, principal centro das ciências medievais entre os século X e XIII.
Depois de uma passagem por Palência, onde terá recebido o hábito dominicano, Gil regressa a Portugal, e há-de escolher Santarém, e o novo convento que ali se edificava, como a sua nova casa.
Eleito 2.º Prior Provincial da Hispânia, a sua fama de santidade tornou-o figura marcante para a Ordem fundada por São Domingos de Gusmão.
As vicissitudes da História nacional, e em particular de Santarém, dispensaram a presença da Casa onde foi sepultado, demolindo quase por completo toda a estrutura edificada.
Face a tal circunstância, permitiu manter vivo o culto a São Frei Gil, oficializado pelo Papa Bento XIV em 1748, um manifesto interesse académico nacional e internacional no estudo desta figura medieval, a hagiografia, as biografias de vários autores, como Frei Baltazar de São João, André de Resende, Frei Luís de Sousa, e até Almeida Garrett e Eça de Queirós.
A par disso, um conjunto de iconografia, de relicários e elementos do seu túmulo, bem como a memória do Convento de São Domingos de Santarém, podem sustentar, ainda hoje, a divulgação desta figura tão cara à Diocese de Viseu e a Vouzela, sua terra natal, à Diocese de Santarém, seu território de adoção, e à Ordem dos Pregadores, em plena Comemoração Jubilar dos 800 anos de existência.
Fonte: Museu diocesano de Santarém
Nenhum comentário:
Postar um comentário