Restauração de cada vitral custa, em média, R$ 10 mil. Reforma da Igreja contempla parte hidráulica, elétrica e pintura.
A Catedral Sagrado Coração de Jesus em Petrolina, no Sertão Pernambucano, está em reforma desde o mês de janeiro. Contudo por falta de orçamento, os vitrais franceses, detalhe marcante da estrutura do templo, deve ficar sem restauração. A obra vai abranger apenas a reforma hidráulica, elétrica, ampliação da capela do santíssimo, banheiros, telhado e troca do piso, além de novo altar e cátedra e pintura geral.
De acordo com o padre e historiador, Francisco Cavalcante, a catedral possui cerca de 57 vitrais trazidos da França e uma restauração foi feita há quase dez anos atrás. “Antes dos anos 2000 foram restaurados os vitrais dos corredores laterais. Depois, o vitral gigante que representa a santa ceia”, revela.
Apesar de observar a necessidade de uma restauração, pois muitos vitrais estão danificados, resultado da ação do tempo e também do vandalismo, o Padre revela que não há verba suficientes para a obra. “É importante que a comunidade venha ajudar com a reforma. Uma restauração de vitral é caríssima, mais de R$10 mil cada um. E aqui existe um gigante que merece mesmo ser restaurado”, conta.
Padre Francisco ressalta ainda que os vitrais são símbolo religioso que convoca as pessoas para o aspecto da beleza da cidade e de Deus. “Esses vitrais foram colocados por funcionários de uma empresa francesa. Eles contribuem com a beleza, mas são catequéticos tem significado teológico, falam sobre as passagens da vida de Jesus e os evangelhos”, explica.
Além de um ornamento, o posicionamento dos vitrais ajuda a entender a história de Jesus. “A própria arrumação deles é teológica e muita complexa. Um lado faz referência a encarnação de Jesus, outro mostram a ação redentora de Jesus e está interligado a posição do sol”, garante.
O bispo de Petrolina, Dom Manuel Reis Faria, argumenta que a reforma começou em fevereiro e está em bom andamento, mas falta investimentos e doações. “As verbas são limitadas, mesmo assim, a obra não parou. O trabalho está indo bem em meados de novembro queremos que essa obra esteja pronta”.
Dom Manuel lembra ainda que na reforma serão mantidas as características da igreja. “A restauração não vai mudar o jeito que é a catedral, tudo será respeitado. Essa é uma preocupação, conservar o original”, argumenta. Por Juliane Peixinho
Fonte: G1 Petrolina
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