Igreja Matriz, em Trindade, completou 100 anos em setembro deste ano. Anúncio foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (28).
O Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, na Região
Metropolitana de Goiânia, foi tombado como patrimônio histórico pelo
Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A oficialização do reconhecimento foi publicada no Diário Oficial da
União desta sexta-feira (28). De acordo com a publicação, parte dos bens
móveis também foi tombada: cortavento, Cristo crucificado, balaustrada e
altar-mor da capela mor, altares lateral esquerdo e direito, acesso ao
púlpito e o próprio púlpito.
“Foi uma notícia muito boa, muito esperada e a recebemos com muita
alegria. Nossa igreja tem uma história de 100 anos e uma tradição de 172
anos de devoção ao Divino Pai Eterno e merece isto”, afirma o pároco
responsável pela igreja, Marco Aurélio Martins da Silva.
No início deste mês, foram comemorados os 100 anos do templo,
conhecido também como Igreja Matriz. Totalmente restaurada, o local não
perdeu os detalhes que deram origem a uma das maiores romarias do país.
No altar, predominam as características do estilo barroco. Tudo foi
talhado na aroeira por um padre redentorista em 1912.
Ao andar pelo templo é possível perceber a simplicidade da obra de
adobe, uma espécie de tijolo rústico feito de terra, água e palha. Da
madeira de sustenção cortada no facão, do piso cheio de falhas, da
cúpula da torre, erguida sem técnica. Os sinos vieram da Alemanha na
época da inauguração, assim como o relógio, também alemão, que agora não
funciona, mas durante anos marcou a vida dos moradores da cidade.
A história do Santuário se confunde com a de Trindade, que cresceu em
torno da igreja. Nesses 100 anos, os devotos do Divino Pai Eterno se
multiplicaram e festa em devoção ao padroeiro se tornou uma das maiores
do país. A Igreja Matriz recebe, por ano, aproximadamente 2,5 milhões de
fieis.
Para o pároco Marco Aurélio, o tombamento trará benefício. “Primeiro,
a segurança histórica e a preservação, para que as próximas gerações
possam usufruir da igreja. Segundo, a garantia de mais visibilidade e
reconhecimento pela sua história”.
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