JOSÉ MARIA TOMAZELA - O Estado de S.Paulo
A escultura, em madeira com vestígios de policromia, mede 30 cm e foi feita provavelmente entre 1781 e 1790. De acordo com a avaliação do historiador Márcio Jardim, autor dos mais recentes catálogos gerais da obra do mestre mineiro, a imagem pertence ao ciclo de plena maturidade do artista, marcada pela extrema erudição e erotismo. "O perizonium (pano que recobre as partes pudicas) é curto, mostrando o seu corpo completamente desnudo em seu perfil direito", escreve no laudo. Os cabelos de Cristo recaem sobre o ombro direito em mechas sinuosas, revelando o rosto típico do mestre, semelhante ao Cristo Crucificado do Museu do Aleijadinho, em Ouro Preto.
"A obra evidencia a plena maturidade técnica de Aleijadinho no que se refere à anatomia", detalha o laudo. Coimbra planeja mostrar o Cristo bailarino com outras esculturas da mesma fase. Por ora, a peça está à disposição apenas de pesquisadores, como um grupo que já o procurou, interessado em expor a obra em Minas.
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