Na primeira fase estão sendo investidos cerca de R$ 120 mil nas obras. |
Depois de quase três anos de atraso, começou nesta semana a reforma da Capela do Pilar, um dos patrimônios históricos e culturais de Taubaté. Nessa primeira fase estão sendo investidos cerca de R$ 120 mil nas obras.
Quem passa por ela mal nota. A Capela de Nossa Senhora do Pilar, em Taubaté, parece mesmo esquecida. “O pessoal nem presta atenção”, conta um taxista. O prédio construído em meados de mil 1700 é tombado pelo Iphan. Só que a imagem foi manchada pela falta de manutenção. As paredes de taipa estão tomadas pela umidade. E por causa das infiltrações, houve deslocamento em parte da estrutura, principalmente, na região do altar. No começo do ano passado, cerca de 250 peças históricas, como quadros e antigas imagens de santos que ficavam na Capela do Pilar, foram transferidas para a atual sede da Diocese de Taubaté. A mudança foi para preservar o acervo do Museu de Arte Sacra e ficar mais acessível ao público. Depois de quase três anos de atraso nas obras emergenciais, essa semana, finalmente, os trabalhos foram iniciados. O engenheiro responsável pela reforma e restauração disse que na primeira fase os serviços vão se concentrar no telhado. O investimento, bancado pelo Governo Federal, é de quase R$ 120 mil. “Essa obra emergencial visa unicamente o telhado. Nós temos problemas aí de água furtada entupida, criação de mato, bolor, muita sujeira. E o que o Iphan está propondo é que a gente seque tudo isso e depois possam fazer algumas obras de recuperação mesmo do patrimônio, para deixá-lo integro para a sociedade” diz o engenheiro responsável Mauro Arruda. Mas, por enquanto, os trabalhos estão limitados a parte dos fundos da capela. A dificuldade, segundo a diocese, é isolar a área no entorno do prédio. O obstáculo das obras está do lado de fora da capela. Como ela fica na região central, existe um ponto de taxi bem ao lado e ambulantes que trabalham em frente à entrada da igreja. A prefeitura já teria se prontificado a remover essas pessoas para outra área. Só que até agora não cumpriu o prometido. Técnicos do Iphan estiveram na segunda-feira (13) no local. Segundo a representante da Diocese, também será necessário cortar as árvores que ficam ao lado do prédio. “Hoje o grande empecilho é sim o que foi acordado junto a Prefeitura Municipal de Taubaté. Na verdade o início seria pela mobilização da obra. Que seria a colocação dos tapumes, a retirada dos fícus, porque até uma determinação do Iphan, visto que a raiz das árvores elas são espessas enormes e vem prejudicando a estrutura da capela. Como isso não foi possível até agora nós iniciamos pelos fundos”, diz a representante da Diocese Lilian Mansur. Os taxistas se dizem dispostos a colaborar. Mas não gostariam de perder a sombra. “Nós estamos dispostos a colaborar. Colocar nossos carros mais pra frente ou mais pra trás de acordo com o que o pessoal for precisando. Nós preservamos o museu, mas também queremos as árvores aqui para nos ajudar”, diz um taxista. Por telefone, a prefeitura reafirmou o compromisso de retirar os ambulantes e as árvores do local. Mas não deu prazo e nem explicou os motivos de não ter feito a retirada até agora.
Fonte: VNews
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