Roma (Gaudium Press)
No dia 18 de fevereiro passado, ocorreu um encontro cultural e espiritual organizado pelas Comunicações Sociais do Vicariato de Roma, com o apoio do Pontifício Conselho da Cultura. Essa foi uma oportunidade para celebrar a memória litúrgica do Beato Angélico, patrono dos artistas, e refletir sobre a Arte como instrumento privilegiado para a nova evangelização.
Segundo Monsenhor Verdon a relação entre a Arte e a Fé é fundamental |
Num diálogo com a agência Zenit, Monsenhor Verdon manifestou que a relação entre a fé e a arte é "a relação fundamental", posto que, em sua tentativa de revelar no visível as realidades de um Deus invisível, se converte em uma dimensão muito profunda. É para o cônego uma "analogia direta com aquele que de Verbo expressivo se converteu em Verbo encarnado e visível".
Esta identificação do trabalho do artista sacro com a missão de Cristo como revelação do Pai é atualmente mais difícil: "O artista, igual a todos nós, vive em uma sociedade secularizada, alimentado ocasionalmente e de maneira inadequada de conteúdos religiosos", admite Monsenhor Verdon. É então missão da Igreja ajudar-lhe a compreender o significado de sua vocação.
Como modelo desta vocação especial, o Beato João Paulo II propôs o Beato Frá Angélico, dominicano do século XV e autor de numerosas obras mestras da arte sacra.
"Frá Angélico foi um artista que se identificava profundamente com o tema que pintava", assinalou o prelado. "Não iniciava sua tarefa de pintar sem ter antes rezado. Inclusive aos poucos, quando representava uma cena da paixão de Cristo chegava ao ponto de comover-se até banhar seu rosto em lágrimas".
"Frá Angélico foi um artista que se identificava profundamente com o tema que pintava", assinalou o prelado. "Não iniciava sua tarefa de pintar sem ter antes rezado. Inclusive aos poucos, quando representava uma cena da paixão de Cristo chegava ao ponto de comover-se até banhar seu rosto em lágrimas".
Monsenhor Timothy Verdon, sacerdote, doutor em História da Arte e reconhecido professor, é responsável, segundo seus próprios cálculos, por 80% das obras de arte da cidade de Florença.
A maioria delas é conservada nos muitos templos da cidade e são de responsabilidade da Igreja. Com muitas das obras restantes --correspondentes a coleções privadas e museus-- também se sente comprometido: "Sou uma das pessoas que deve explicar seu significado em seu contexto eclesiástico original".
Por este motivo, é diretor do escritório diocesano para a catequese através da arte. "A maioria desta arte foi concebida originalmente para ensinar a fé", acrescenta.
A maioria delas é conservada nos muitos templos da cidade e são de responsabilidade da Igreja. Com muitas das obras restantes --correspondentes a coleções privadas e museus-- também se sente comprometido: "Sou uma das pessoas que deve explicar seu significado em seu contexto eclesiástico original".
Por este motivo, é diretor do escritório diocesano para a catequese através da arte. "A maioria desta arte foi concebida originalmente para ensinar a fé", acrescenta.
Diante dessa nova situação da arte em um mundo que se distancia de Deus, Monsenhor Verdon afirma com esperança: "A arte será sempre um meio para descobrir a grandeza de Deus aos seres humanos, pelo fato de que o talento artístico vem d'Ele. Inclusive os artistas não crentes, em alguma maneira reconhecem não serem criadores de seus próprios talentos, mas havê-los recebido como um presente d'Ele".
Com informações da Agência Zenit e The Florentine.
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