Palestra do Pe. Lang na Academia Urbana das Artes de Roma
O canto gregoriano é a chave para a renovação da música sacra.
Esta é a conclusão da conferência que o Pe. Uwe Michael Lang, consultor da Secretaria de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice, pronunciou na Academia Urbana das Belas Artes, em Roma.
Na primeira sessão do ano acadêmico 2010-2011 do seminário superior "As razões da arte", o Padre Lang explicou que "a carta encíclica Annus qui de 1749 é o pronunciamento papal mais importante sobre a música sacra, antes do motu proprio Tra le sollecitudini de São Pio X em 1903".
"Nela - explica -, o Papa Bento XVI propõe critérios importantes da música sacra, que são válidos para além dos limites de seu contexto histórico e também em nosso tempo."
"A encíclica - destacou o Pe. Lang - apresenta o canto simples como normativa para a liturgia romana, enquanto aprova a polifonia não acompanhada e permite também a música orquestral, ainda que com certas condições, no culto divino."
"Esta foi a postura secular da Igreja Católica e se reflete na Constituição sobre a sagrada liturgia do Concílio Vaticano II, que exalta o canto gregoriano como a música ‘própria' da liturgia romana."
"A preeminência do canto - recordou - foi confirmada por Bento XVI em sua exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis, de 2007."
"O valor do canto gregoriano é sua íntima relação com o texto litúrgico, o qual dá forma à música", indicou.
"Annus qui pede explicitamente a integridade e a inteligibilidade dos textos que são cantados na Missa e no ofício divino - disse. Essa preocupação já foi debatida em Trento, mas não foi incluída nos documentos oficiais do concílio."
E concluiu: "Ainda que a música sacra não possa se limitar exclusivamente ao canto gregoriano, é isso, entretanto, que tem em si as chaves para uma verdadeira renovação da própria música sacra".
Fonte: Subsídios Litúrgicos
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