Mancha
d´água no detalhe da tela “O Batismo”, de Candido Portinari, na Igreja
Senhor Bom Jesus da Cana Verde, de Batatais (SP). Edson
Silva/Folhapress
A Secretaria de Estado da Cultura anunciou que vai liberar R$ 374 mil para a prefeitura, por meio de um convênio, para o restauro.
Ao doar as telas à igreja, Portinari determinou que elas nunca saíssem do templo. Em razão dessa exigência, o restauro será feito na igreja.
A paróquia tem o maior acervo sacro do artista, mas as obras sofrem desde 2009 com a ação de cupins e infiltração. O impasse com o poder público para restaurar os quadros arrasta-se desde então e motivou até ação do Ministério Público Federal.
O início da restauração não foi confirmado pelo Estado, mas, segundo a prefeitura, deve começar até novembro.
Na avaliação da restauradora Florence White de Vera, escolhida para recuperar as obras, elas têm problemas sérios. “Há telas encaixadas na parede e o prédio sofre interferência climática”, afirmou.
“Mas o conjunto não corre grandes riscos”, disse ela, que já recuperou outras obras do artista, como as do Banco Central, em Brasília.
Iniciada a restauração, Florence estima que o trabalho dure cerca de um ano.
Segundo o advogado da igreja, Túlio de Carvalho, uma das razões para a demora desde que foram constatados os cupins era a necessidade do tombamento completo da obra pelo Condephaat, órgão estadual do patrimônio. Só 14 telas eram protegidas. O tombamento de todas foi concluído este ano.
Fonte: Folha de S. Paulo
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