terça-feira, 17 de setembro de 2013

A abertura noturna dos Museus Vaticanos

Cidade do Vaticano (RV) – Os Museus Vaticanos renovam a iniciativa da abertura noturna. Desde 6 de setembro a 25 de outubro, os Museus estarão abertos, às sextas-feiras, das 19 horas às 23. Para fazer visitas neste horário é necessário fazer uma reserva no site www.museivaticani.va. O ingresso será consentido até às 21h30min, para dar tempo de o visitante fazer todo o percurso.

A Rádio Vaticano conversou com o Diretor dos Museus, Antonio Paolucci:
R: “O conceito por trás da abertura noturna dos Museus Vaticanos é o de oferecer o museu aos cidadãos de Roma, sobretudo. Eu acredito que os romanos sintam-se, de alguma forma, expropriados dos seus museus: vêem as infinitas filas diante da entrada dos Museus Vaticanos e pensam que os museus dos Papas, num certo sentido, não sejam para eles. Devem, ao invés disto, fazer uma visita, ao menos por algumas horas no verão. Está escrito por tudo dentro dos Museus Vaticanos, em latim: os Papas do passado dedicaram justamente a eles os Museus, as suas coleções de arte, 'Populo romano', ao povo romano. Eis então, esta é a melhor ocasião para que o povo romano – as famílias, os casais, os amigos – se apropriem dos seus museus”.


RV: Qual a atmosfera desta visita notuna aos Museus?
R: “Não tem aquela ansiedade das grandes multidões, dos grandes número. Após, encontra o encanto de luzes particulares. Ver, por exemplo, as obras-primas das estátuas clássicas – o Laocoonte, o Apolo de Belvedere – no Pátio Octogonal, sob o céu de Roma, em uma noite de verão, creio que seja uma das experiências mais emocionantes que alguém possa ter. Não a pressa, não a ânsia de ver e depois sair, mas dar-se o prazer de olhar e de ser feliz em olhar. Tudo isto é a beleza dos Museus!”.


RV: As visitas terão também eventos musicais: mas como unem-se as artes figurativas com a música?
R: “Você deve vir uma vez e entenderá. São coisas, de fato, difíceis de explicar. Como se faz para explicar Mozart de 'Don Giovanni” e a visão dos afrescos ao redor, por exemplo, de Raffaello ou de Pinturicchio? É necessário estar alí e entender como a música e a beleza visiva sejam variações da mesma emoção. A arte se manifesta em mil variantes, nisto esta sua beleza”. (JE)

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