As leituras prescritas para o dia são 1 João 4:16-21 e Lucas 16:19-31. Os textos dos movimentos 1, 7 e 11 da cantata foram escritos por Johann Rist , enquanto a autoria dos movimentos restantes é desconhecida.
Segue abaixo a tradução de um folheto francês do século XIX, que convida os fiéis à meditação sobre a Eternidade segundo a doutrina:
PENSA NISTO
Homem mortal, teu corpo logo se transformará em pó, mas tens uma alma imortal e nem pensas nisso!
Estuda, medita, aprofunda esta grande palavra:
Eternidade!
Ó homem, que dirás um dia? Que será para ti esta inevitável
Eternidade?
Ah! Como é longa! Como é
profunda! Como é imensa e infinita em seus bens e seus males, esta
rainha de todos os séculos, esta interminável e sempre viva
Eternidade!
Para o verdadeiro cristão, ela é infinita nos seus bens.
Para o pecador, é infinita nos seus males, essa interminável
Eternidade!
Conta tantos milhões de anos quantos são
os grãos de areia nas praias,
as folhas das árvores nas florestas,
as folhas de relva nos prados,
as gotas d'água no oceano,
as estrelas no firmamento,
Continua contando - conta mais:
Teus números nada são quando comparados à incomensurável Eternidade!
Eternidade! Eternidade!
Um dia virá em que o sol se
terá extinguido, o mundo terá sido consumido, a raça humana terá
acabado, os vivos e os mortos terão sido julgados; os séculos e os
séculos se terão amontoado, e depois terá havido abismos de tempo desde
este dia da vida, que tão rápido passa; ela só aparecerá, então, numa
imensa distância, como essas estrelas quase imperceptíveis que o olho só
descobre depois de muito fixar-se, como um sonho que passou...E será
ainda e será sempre
a Eternidade por mais uma Eternidade!
Pois ela durará para sempre, não acabará NUNCA! Ó SEMPRE! Ó JAMAIS! Ó ETERNIDADE!
Se for para a ETERNIDADE nos Céus, incompreensível felicidade!
Sempre a verdade e a virtude, a vida e as delícias, os bem-aventurados e os anjos.
Sempre Deus
Para contemplar, para amar, para possuir, para abençoar, SEMPRE.
E NUNCA mais lágrimas, morte, luto, gritos nem dor! NUNCA! (Apocalipse, 24-4).
Mas se for para mim a ETERNIDADE nos infernos, pavorosa desgraça!
Sempre o remorso que me rói,
Sempre o fogo que me queima,
Sempre o fogo que me queima,
Sempre as lágrimas que rolam,
Sempre os dentes que rangem,
Sempre os dentes que rangem,
Sempre os demônios que atormentam,
Sempre a maldição de Deus!
Um raio de luz que alegra, nunca!
Um momento de repouso, nunca!
Um momento de repouso, nunca!
Uma gota d'água que refresque, nunca!
Um lampejo de esperança, nunca! nunca! nunca!
Ó Sempre! Ó Jamais!
Ó Eternidade!
Mortal, que tens uma alma imortal, há uma ETERNIDADE: pensas nisso?... Não. E essa ETERNIDADE
é para ti.
Se não crês nela, que importa! Se
ela não existe, que arriscas na boa vida?... Mas se existir, que
consequências terá teu louco erro! Ora, ela existe e estás à beira dessa
ETERNIDADE; e em alguns dias não haverá mais nada
De todos esses PRAZERES que te divertem;
De todos esses NEGÓCIOS que te ocupam,
De toda essa VIDA que te engana,
Só haverá
A Eternidade!
A ETERNIDADE e as tuas OBRAS e seus FRUTOS:
Então o PRAZER do PECADOR terá passado,
Mas a PENA permanecerá.
E a PENA do JUSTO terá passado,
E a PENA do JUSTO terá passado,
mas o PRAZER lhe ficará:
Portanto, ou os PRAZERES do TEMPO
com as PENAS da ETERNIDADE,
Ou as PENAS do TEMPO
com os PRAZERES da ETERNIDADE.
Escolhe...
Ó Eternidade! Ó Eternidade!
Fonte: Christe eleison
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