A depredação do patrimônio histórico do Norte de Minas, em avançado estado de degradação, provocou a intervenção do Ministério Público para assegurar a restauração destes bens.
Entre eles estão a capela de Nossa Senhora do Rosário, que seria a mais antiga de Minas e localizada em Brejo dos Amparo, na zona rural de Januária; a igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Matias Cardoso, tida como a mais antiga de Minas, além de vários imóveis do centro histórico de Grão Mogol.
Os problemas foram apontados pelo Hoje em Dia e também discutidos no Seminário do Patrimônio Histórico, realizado em março, em Pirapora, por meio de parceria com o jornal.
O coordenador da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda, salientou que foram assinados Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), sempre executados em conjunto com as promotorias das comarcas. “Muitos pensam que a história de Minas começa com a descoberta de ouro no final do século 16, na região de Ouro Preto.
Entretanto, antes disso, bandeirantes paulistas já haviam chegado ao norte da região do nosso Estado, na época pertencente ao bispado de Pernambuco, dando início a povoações que ainda hoje guardam vestígios dos primeiros tempos da ocupação do território mineiro”.
Em Grão Mogol, foram instaurados 14 inquéritos civis, um deles enfocando a demolição do prédio da Intendência, criada no Brasil Império. A fachada do imóvel foi restaurada.
O promotor Eduardo Fantinati Menezes impediu a continuação de intervenções numa edificação da rua Cristiano Rego, inserida no entorno de três bens tombados, que estavam comprometendo a preservação do patrimônio cultural.
Por Girleno Alencar
Fonte: Defender
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