A "Oficina de Policromia", que faz parte do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana | Fórum das Artes 2016, é realizada a partir de parâmetros técnicos utilizados em obras do século XVIII e mescla teoria e prática em peças como querubins inspirados no barroco mineiro, confeccionados em resíduos de madeira. Cada participante executará o próprio trabalho e ao final poderá levar a peça.
As atividades possuem taxa individual por aluno com o valor de R$ 120,00 e acontecem em um ateliê artístico, localizado na Rua Dom Silvério, 418, Centro Histórico de Mariana | MG.
No dia 15 de julho, a oficina tem duração das 9h30 às 12h e das 14h às 16h30. Já no dia 16, somente das 9h30 às 12h. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (31) 99995-6106 ou pelo e-mail edneyescultor@yahoo.com.br.
Sobre Edney do Carmo, ministrante da oficina:
Edney do Carmo Silva, escultor e entalhador natural de Mariana/MG, filho de marceneiro e também escultor,iniciou sua carreira artistica em 1989 inspirado pelas obras dos grandes artistas do barroco mineiro. Sua formação teórica sobre o tema desenvolvido se deve aos cursos de extensão sobre História da Arte realizados na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto); sua formação prática é autodidata. Tem como principal fonte de inspiração as esculturas, entalhes e instalações do barroco mineiro, arte na qual se destacam os temas sacros e seus complementares (anjos, rocalhas, flores,etc).
Desenvolve trabalhos em Mariana e em Ouro Preto, participa de exposições em várias partes do Brasil e desenvolve trabalhos sob encomenda para interessados em arte de diversas partes do mundo. Buscando cada vez mais o desenvolvimento da sua técnica, apresenta um trabalho que é uma real releitura do Barroco Mineiro. Também oferece oficinas e cursos aos interessados sobre as técnicas de entalhe e escultura. Para ser fiel a proposta de "Releitura do Barroco Mineiro", utiliza técnicas e materiais que remetem á tecnologia setecentista.
Dos materiais, o principal é a madeira cedro, que é entalhada ou esculpida por formões,(goivas,ferro-canto,goicheves,etc). No acabamento são utilizadas tintas á base de água, pigmentos minerais coloridos, folhas de ouro, cera, betume, extrato de nougueira,goma laca,etc; podendo também ser realizado o trabalho em madeira ao natural, encerada, decapeada, patinada, policromada e envelhecida. Desenvolve também as técnicas de pastiglio, punção e esgrafito, tradicionais da época colonial. Dá ainda suporte técnico e prático a trabalhos de restauro e recuperação de peças antigas.
Em sua carreira, produziu mais de 5.000 peças que estão espalhadas por todo o Brasil e em todos os continentes. Eventualmente, promove exposições individuais e participa de coletivas,tendo-as realizado nas principais capitais brasileiras e oferecendo a "Oficina Viva". Atualmente desenvolve o projeto "Escola de Escultura".
Histórico do manufaturamento da Madeira
A Indústria da madeira v ista de maneira global usa os recursos naturais de maneira ineficiente, tanto na obtenção da matéria prima, quanto na fase de produção dos produtos, como também no descarte dos produtos no fim de sua vida útil, significando uma grande exploração dos recursos madeireiros principalmente das florestas nativas, levando a grande devastação desses recursos, e a grande geração de resíduos é a prova desta ineficiência. O aproveitamento de toda a árvore pelas indústrias madeireiras, está em torno de 30% a 60%, variando de empresa para empresa. Ou seja, apenas 1/3 da madeira extraída é transformada em produtos finais. Os resíduos desta produção, portanto, são uma grande quantidade de madeira e que não têm um destino correto. Tudo que não serve para o comércio regular, vai para o lixo ou é queimado.
Segundo a Ecologia Artística, o que é considerado resíduo em um processo produtivo é aproveitado como insumo em outro processo, formando, assim, um circuito fechado de aproveitamento de insumos, como acontece no meio natural, e fazendo com que a quantidade de material que transita na biosfera se mantenha constante. Isso resulta em redução tanto da demanda de recursos naturais quanto na redução de resíduos, minimizando a pressão sobre a natureza.
Um material deixa de ser resíduo pela sua valorização como matéria prima, para a obtenção de novos produtos. Neste caso, o resíduo passa a ser tratado como subproduto do processo. Do ponto de vista do produtor, esta pode ser uma excelente oportunidade de negócio, pois estará produzindo produtos a custos muito mais baixos, já que estará utilizando como matéria prima algo que era visto como descartável, além de usar de maneira quase completa toda madeira disponível, já que esta é uma matéria prima considerada nobre.
A oficina apresenta o resultado de uma pesquisa de uma tecnologia limpa, tendo como objetivo, demonstrar a aplicação de conceitos da Ecologia Artística, na produção de um material compósito ecológico, baseado no resíduo que o ministrante produz, e aponta formas eficientes de prevenção da poluição e defesa do meio ambiente para remediar os prejuízos ambientais do atual sistema. O objeto da pesquisa e do trabalho são os resíduos de madeira, na forma de pedaços cavacos e pó.
O produto final, são as esculturas e os entalhes, aplicados à decoração, à imaginária, ao mobiliário e à arquitetura. Para a sociedade contemporânea, a utilização deste legado cultural imaterial constituído por uma ampla gama de conhecimentos técnicos acerca dos trabalhos em madeira, passa a transmitir às obras o caráter de arte, e ao seu produtor o de artista. Tais técnicas hoje, são preservadas, não apenas como forma de trabalho, mas principalmente com sua importância, enquanto expressão cultural do homem em sociedade.
Sobre Edney do Carmo, ministrante da oficina:
Edney do Carmo Silva, escultor e entalhador natural de Mariana/MG, filho de marceneiro e também escultor,iniciou sua carreira artistica em 1989 inspirado pelas obras dos grandes artistas do barroco mineiro. Sua formação teórica sobre o tema desenvolvido se deve aos cursos de extensão sobre História da Arte realizados na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto); sua formação prática é autodidata. Tem como principal fonte de inspiração as esculturas, entalhes e instalações do barroco mineiro, arte na qual se destacam os temas sacros e seus complementares (anjos, rocalhas, flores,etc).
Desenvolve trabalhos em Mariana e em Ouro Preto, participa de exposições em várias partes do Brasil e desenvolve trabalhos sob encomenda para interessados em arte de diversas partes do mundo. Buscando cada vez mais o desenvolvimento da sua técnica, apresenta um trabalho que é uma real releitura do Barroco Mineiro. Também oferece oficinas e cursos aos interessados sobre as técnicas de entalhe e escultura. Para ser fiel a proposta de "Releitura do Barroco Mineiro", utiliza técnicas e materiais que remetem á tecnologia setecentista.
Dos materiais, o principal é a madeira cedro, que é entalhada ou esculpida por formões,(goivas,ferro-canto,goicheves,etc). No acabamento são utilizadas tintas á base de água, pigmentos minerais coloridos, folhas de ouro, cera, betume, extrato de nougueira,goma laca,etc; podendo também ser realizado o trabalho em madeira ao natural, encerada, decapeada, patinada, policromada e envelhecida. Desenvolve também as técnicas de pastiglio, punção e esgrafito, tradicionais da época colonial. Dá ainda suporte técnico e prático a trabalhos de restauro e recuperação de peças antigas.
Em sua carreira, produziu mais de 5.000 peças que estão espalhadas por todo o Brasil e em todos os continentes. Eventualmente, promove exposições individuais e participa de coletivas,tendo-as realizado nas principais capitais brasileiras e oferecendo a "Oficina Viva". Atualmente desenvolve o projeto "Escola de Escultura".
Histórico do manufaturamento da Madeira
A Indústria da madeira v ista de maneira global usa os recursos naturais de maneira ineficiente, tanto na obtenção da matéria prima, quanto na fase de produção dos produtos, como também no descarte dos produtos no fim de sua vida útil, significando uma grande exploração dos recursos madeireiros principalmente das florestas nativas, levando a grande devastação desses recursos, e a grande geração de resíduos é a prova desta ineficiência. O aproveitamento de toda a árvore pelas indústrias madeireiras, está em torno de 30% a 60%, variando de empresa para empresa. Ou seja, apenas 1/3 da madeira extraída é transformada em produtos finais. Os resíduos desta produção, portanto, são uma grande quantidade de madeira e que não têm um destino correto. Tudo que não serve para o comércio regular, vai para o lixo ou é queimado.
Segundo a Ecologia Artística, o que é considerado resíduo em um processo produtivo é aproveitado como insumo em outro processo, formando, assim, um circuito fechado de aproveitamento de insumos, como acontece no meio natural, e fazendo com que a quantidade de material que transita na biosfera se mantenha constante. Isso resulta em redução tanto da demanda de recursos naturais quanto na redução de resíduos, minimizando a pressão sobre a natureza.
Um material deixa de ser resíduo pela sua valorização como matéria prima, para a obtenção de novos produtos. Neste caso, o resíduo passa a ser tratado como subproduto do processo. Do ponto de vista do produtor, esta pode ser uma excelente oportunidade de negócio, pois estará produzindo produtos a custos muito mais baixos, já que estará utilizando como matéria prima algo que era visto como descartável, além de usar de maneira quase completa toda madeira disponível, já que esta é uma matéria prima considerada nobre.
A oficina apresenta o resultado de uma pesquisa de uma tecnologia limpa, tendo como objetivo, demonstrar a aplicação de conceitos da Ecologia Artística, na produção de um material compósito ecológico, baseado no resíduo que o ministrante produz, e aponta formas eficientes de prevenção da poluição e defesa do meio ambiente para remediar os prejuízos ambientais do atual sistema. O objeto da pesquisa e do trabalho são os resíduos de madeira, na forma de pedaços cavacos e pó.
O produto final, são as esculturas e os entalhes, aplicados à decoração, à imaginária, ao mobiliário e à arquitetura. Para a sociedade contemporânea, a utilização deste legado cultural imaterial constituído por uma ampla gama de conhecimentos técnicos acerca dos trabalhos em madeira, passa a transmitir às obras o caráter de arte, e ao seu produtor o de artista. Tais técnicas hoje, são preservadas, não apenas como forma de trabalho, mas principalmente com sua importância, enquanto expressão cultural do homem em sociedade.
Fonte: FAOP
Nenhum comentário:
Postar um comentário