texto de SHEILA ALMEIDA
Roubo aconteceu no último dia 3 de julho
(Foto: Silvio Luiz)
Após 15 dias do roubo no Museu de Arte Sacra de Santos (Mass), foi divulgada a lista de livros levados pelos criminosos no último dia 3. A perda foi de 422 títulos, entre eles, obras do século 19 com mais de mil páginas sobre história, religião, arte e arquitetura, além de missais escritos em latim.
O levantamento foi divulgado ontem pelo Sistema Estadual de Museus de São Paulo (Sisem-SP), para contribuir com as investigações e recuperação das peças. Sebos on-line e lojas físicas da Baixada Santista e do País estão sendo alertados sobre as obras roubadas, para que ninguém adquira os artigos, assim como as cerca de 20 esculturas e reproduções de imagens, também levadas na mesma data, cuja lista foi divulgadas previamente.
As investigações, por enquanto, apontam que o roubo deve ter sido encomendado ou realizado por uma quadrilha especializada. Afinal, o valor das peças é mais histórico que comercial.
A maioria dos títulos pertencia à Cúria Diocesana de Santos. Entre os livros, estão vários volumes da coleção Gênios da Pintura, por exemplo, vendidos em leilões e sites por até R$ 1 mil. Há na lista também obras com maior valor de pesquisa, como Introdução Geral e Especial aos Livros do Antigo Testamento III. A mais antiga peça roubada data de 1866: Missale Fratum. Roma.
Fernando de Gregório, ex-conselheiro do Mass e arquiteto da Diocese de Santos, explica a perda para a Cidade, para a religião e para a história. Segundo ele, entre as peças com maior valor estão os missais, livros utilizados na liturgia da igreja católica antes do Concílio Vaticano II – uma série de conferências que, entre outros marcos de mudança da Igreja, fez com que as missas fossem rezadas na língua de cada país.
“O missal tem todas as orações e leituras durante cada ano litúrgico. Por isso que é um volume bem grosso, tudo em latim. Nem tem tanto valor comercial, mas documental. Essas coisas desaparecendo, apagam nossa memória. E o valor histórico nem tem como precisar”, diz Gregório.
O Sisem também contatou o Conselho Internacional de Museus (Icom) Brasil para articulação junto à Interpol e orientou o Mass a inserir informações sobre as obras roubadas no Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Clique aqui para conferir quais livros raros de arquitetura, arte, dicionários, documentos históricos e língua estrangeira foram roubados. Quem tiver informações sobre as peças e livros roubados deve entrar em contato com o Disque Denúncia 181 e o Mass pelo telefone 3219-1111.
(Foto: Silvio Luiz)
Após 15 dias do roubo no Museu de Arte Sacra de Santos (Mass), foi divulgada a lista de livros levados pelos criminosos no último dia 3. A perda foi de 422 títulos, entre eles, obras do século 19 com mais de mil páginas sobre história, religião, arte e arquitetura, além de missais escritos em latim.
O levantamento foi divulgado ontem pelo Sistema Estadual de Museus de São Paulo (Sisem-SP), para contribuir com as investigações e recuperação das peças. Sebos on-line e lojas físicas da Baixada Santista e do País estão sendo alertados sobre as obras roubadas, para que ninguém adquira os artigos, assim como as cerca de 20 esculturas e reproduções de imagens, também levadas na mesma data, cuja lista foi divulgadas previamente.
As investigações, por enquanto, apontam que o roubo deve ter sido encomendado ou realizado por uma quadrilha especializada. Afinal, o valor das peças é mais histórico que comercial.
A maioria dos títulos pertencia à Cúria Diocesana de Santos. Entre os livros, estão vários volumes da coleção Gênios da Pintura, por exemplo, vendidos em leilões e sites por até R$ 1 mil. Há na lista também obras com maior valor de pesquisa, como Introdução Geral e Especial aos Livros do Antigo Testamento III. A mais antiga peça roubada data de 1866: Missale Fratum. Roma.
Fernando de Gregório, ex-conselheiro do Mass e arquiteto da Diocese de Santos, explica a perda para a Cidade, para a religião e para a história. Segundo ele, entre as peças com maior valor estão os missais, livros utilizados na liturgia da igreja católica antes do Concílio Vaticano II – uma série de conferências que, entre outros marcos de mudança da Igreja, fez com que as missas fossem rezadas na língua de cada país.
“O missal tem todas as orações e leituras durante cada ano litúrgico. Por isso que é um volume bem grosso, tudo em latim. Nem tem tanto valor comercial, mas documental. Essas coisas desaparecendo, apagam nossa memória. E o valor histórico nem tem como precisar”, diz Gregório.
O Sisem também contatou o Conselho Internacional de Museus (Icom) Brasil para articulação junto à Interpol e orientou o Mass a inserir informações sobre as obras roubadas no Cadastro de Bens Musealizados Desaparecidos do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Clique aqui para conferir quais livros raros de arquitetura, arte, dicionários, documentos históricos e língua estrangeira foram roubados. Quem tiver informações sobre as peças e livros roubados deve entrar em contato com o Disque Denúncia 181 e o Mass pelo telefone 3219-1111.
Fonte: A Tribuna
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