Cada vez mais, as iniciativas em preservação do patrimônio cultural estão sendo elaboradas para promover a participação social na formulação e aplicação das políticas culturais. Foi pensando nesta questão que a superintendência do Iphan-MA passou a oferecer oficinas de restauro a jovens que, ao mesmo tempo em que recebem as aulas, fazem uma espécie de estágio nas obras de revitalização de edificações, igrejas e museus do estado, principalmente, na capital, São Luís.
Em duas pequenas salas que funcionam no Museu de Arte Sacra, anexado à Catedral da Sé de São Luís, estudantes e recém-formados em história, arquitetura e áreas afins se dividem entre aulas teóricas e práticas. São ensinadas técnicas de percepção, observação, sobre estilos artísticos, e, claro, o ensino de técnicas em suporte de madeira, metal e azulejo.
O especialista em patrimônio cultural e técnico em restauro, Melquisedeck Lira, responsável por ministrar as oficinas-escola, ressalta a importância de se investir na restauração para que a educação ande juntamente com as ações de preservação, além de suprir uma demanda de profissionais nessa área. “Tem que disseminar esse conhecimento para que eles tenham gosto pelo trabalho e apliquem esse trabalho onde eles já estão; é salutar que se tenha essa mão de obra em São Luís, porque quando acontece uma obra você já tem localmente”.
As oficinas, já em andamento, iniciaram-se durante a revitalização do retábulo mor e dos alteres laterais da Catedral. Essa foi uma boa oportunidade, segundo Melquisedeck, para ministrar os conteúdos e ténicas com os alunos.
Um dos participantes, Fábio Nunes Pereira, fala com empolgação sobre as possibilidades de trabalho que o aperfeiçoamento pode oferecer. Segundo ele, o “Maranhão possui um campo extenso, com objetos, museus, igrejas e peças que precisam do restauro. Capacitando as pessoas, pode-se empregar os especialistas locais, além de disseminar o conhecimento sobre o patrimônio”. Fonte: IPHAN
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