Apresentação da OBA em Manaus, na Igreja de São Sebastião
A Orquestra Barroca do Amazonas (OBA), especializada no repertório lírico luso-brasileiro do período colonial, abre na terça-feira (11/3), às 20h, na capela do Convento do Carmo, no Museu de Arte Sacra da Bahia, em Salvador (BA), a turnê nacional do projeto “Ópera no Brasil Colonial”. Com patrocínio da Petrobras, por meio da seleção pública do Programa Petrobras Cultural, a OBA irá percorrer 25 cidades brasileiras ao longo de dois anos.
Serão árias a solo ou em duos, trios e quartetos, com acompanhamento orquestral, extraídas das óperas Capitão Belizário, A Mulher Amoroza, As Variedades de Proteu, Precipício de Faetonte, Dido Desamparada, Guerras do Alecrim e Mangerona e Demetrio, com música de diversos autores do século XVIII, sendo obras relacionadas ao Brasil daquela época.
A OBA dispõe de fontes musicais, provenientes de diversos acervos de Brasil e Portugal. Como grupo artístico integrado por cantores e instrumentistas, do Brasil e do exterior, irá se apresentará em média com 10 pessoas e fará 27 concertos em dois anos. Neste primeiro ano serão visitadas as cidades de Salvador (BA), Recife e Olinda (PE), João Pessoa (PB), Fortaleza (CE) e Belém (PA). No segundo ano, serão 15 concertos em 5 estados brasileiros, incluindo o Norte, o Sul e o Sudeste do Brasil.
As apresentações serão realizadas em espaços históricos (teatros, igrejas, paços) de acesso público gratuito, componentes fundamentais para o conceito do projeto. Os concertos serão de 75 minutos, semi-encenados, em formato didático, com apoio de material impresso que será distribuído ao público.
A OBA conta com o apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Secretaria de Cultura do Pará (Secult-PA), Fundação Carlos Gomes (PA) e Departamento de Música da Universidade Federal da Bahia.
Educação Musical
Em cada concerto o grupo contará com artistas convidados, do local visitado, ou trazidos do exterior, de modo a diversificar cada espetáculo, tecer teias de relacionamentos musicais, estabelecendo rede de intérpretes em volta do projeto. Na apresentação em Salvador, o convidado é o músico José Maurício Brandão (Cravo).
Cada concerto será precedido de explicação didática sobre o repertório e seu contexto, em local histórico ou instituição educativa, de forma aberta e gratuita.
No primeiro ano o trajeto se denominará "Do Nordeste litorâneo ao sertão da Amazônia", enquanto no segundo ano será "O caminho do ouro e das especiarias: do Rio ao planalto". Um CD registrará o trabalho inédito, sendo que metade da tiragem será distribuída gratuitamente no país às instituições de apoio à cultura, e a outra metade distribuída comercialmente pela Amazon.com em âmbito internacional.
Estados onde serão realizadas as apresentações.
Ano 1: Amazonas, Pará, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Bahia.
Ano 2: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Amazonas.
A Orquestra Barroca do Amazonas (OBA) foi criada em 2009 por professores e alunos de graduação e pós-graduação em Música da Universidade do Estado do Amazonas, interessados no imenso patrimônio brasileiro do período colonial, especialmente dos séculos XVIII e começo do XIX. O grupo usa cópias fieis de instrumentos de época e leitura historicamente inspirada das fontes musicais.
Desde sua criação, a OBA já esteve em diversas cidades do Brasil (todas as capitais da Amazônia Legal) e do exterior (Lisboa, Turim, Salamanca etc), em festivais de ópera e música sacra, se apresentando em igrejas e teatros históricos, assim como em modernas salas de concerto.
Em 2013 lançou o CD Dei Due Mondi, com obras de autores italianos e ibéricos, que influenciaram a formação do contexto lusófono em que se insere o Brasil.
Fonte: Tribuna da Bahia
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