H. Sergio Mora - ROMA, (ZENIT.org)
Domingo (11) na Capela Sistina, foi realizado o concerto "Missa do Ano Santo" composta pelo irmão de Bento XVI, monsenhor Georg Ratzinger.
Mons. Georg Ratzinger |
"Missa", porque as composições musicais do irmão do papa são parte fundamental da liturgia eucarística: Kyrie, Glória, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei, enquanto o Credo foi da Missa Papae Marcelli. O concerto foi cantado pelo coro da Capela Sistina, que acompanha as celebrações litúrgicas do Santo Padre.
Atualmente composta por 22 adultos e cerca de 35 crianças, sob a direção de Massimo Palombella padre salesiano, a Cappella Musicale Pontificia Sistina tem suas origens na Schola Cantorum Romana que foi fundada por Gregório Magno no século VI e em 1471 com Sisto IV volta a ser pessoal do papa e introduz a polifonia.
O evento, reservado para membros e mantenedores da Fundação Pró Música e Arte Sacra, especialmente os amigos da “categoria ouro", marca o XI Festival Internacional de Música e Arte Sacra que aconteceu em Roma de 2 a13 de novembro.
Além do evento citado, o festival contou com um concerto na Basílica de Santo Ignácio de Loyola, um coral na Basílica Aracoeli, e um coroem Santa Maria Maggiore; hoje foi encerrado na Basílica de São Pedro, com o Coro da Catedral de Westminster eem São Paulo Forados Muros, com um concerto da Orquestra Filarmónica de Viena.
Dois anos atrás, a Fundação que organiza o festival concedeu ao maestro emérito da capela, monsenhor Georg Ratzinger, o "Prêmio Fundação Pró Música e Arte Sacra" por ter como cristão, sacerdote, e maestro nos coros da catedral de Ratisbona, colocado a sua vida, arte e atividade a serviço do anúncio da fé através da música sacra.
O senador Hans-Albert Courtial, presidente da Fundação Pró Música e Arte Sacra, considerou emblemático a missa composta pelo irmão do papa cantada pelo coro papal diante do afresco do Juízo Final pintado por Michelangelo.
Ele acrescentou que o concerto “Missa do Ano Santo” interpretado num “lugar sacro de beleza dramática e extraordinária, torna palpável a verdade que a música sacra expressa: levar Deus ao nosso mundo humano, e ao mesmo tempo nos leva ao infinito de Deus".
Monsenhor Wolfgang Bretschneider, presidente da Associação Santa Cecília da Alemanha, disse que "o maestro Georg Ratzinger teve uma dupla Graça que o plasmou como homem e como artista”. Um carisma duplo na "sua vocação para o sacerdócio e para a música, fato que em Ratisbona fui capaz de vivenciar com o Domspatzen", coro oficial da Catedral de Ratisbona. "Sua música se caracteriza por um empenho pelo essencial: tem um tom harmônico belo, profundo, certamente influenciado pela música coral da Idade Média (o gregoriano), pelo renascimento e pelo barroco”.
(Trad.MEM)
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