A Irmandade dos Clérigos, no Porto, vai realizar um ciclo de conferências para "desvendar segredos" sobre o restauro do monumento, cujas obras duraram um ano e foram inauguradas a 12 de Dezembro de 2014. A iniciativaConversas nos Clérigos à Volta do Restauro, ciclo de conferências com 12 sessões, vai realizar-se na última quinta-feira de cada mês, às 18h30, será de entrada livre, apesar de ter lotação limitada, e uma duração de 60 minutos.
"A Irmandade dos Clérigos pretende, deste modo, contribuir para a divulgação do património artístico dos Clérigos, tendo por base a recente intervenção realizada no monumento, desvendando as técnicas utilizadas, os materiais das peças e as inúmeras curiosidades encontradas ao longo do processo", frisou em comunicado à Lusa. Os participantes poderão ficar a conhecer "informações" sobre o ex-líbris da cidade do Porto, só agora desvendadas com as obras, como a "misteriosa" assinatura encontrada no mobiliário de couro, a cripta de Nicolau Nasoni, a revelação de que o tecto da sacristia é uma tela gigante ou o que se descobre nas pinturas quando analisadas com um sistema multiespectral.
É "uma oportunidade única para quem quiser conhecer, em pormenor, alguns dos segredos do ícone da Cidade Invicta", insiste a irmandade responsável pelo monumento, que convidou os conservadores-restauradores da empresa envolvidos na intervenção para as sessões, nas quais apresentarão os procedimentos utilizados na recuperação, acompanhados pelos sistemas de exame e análise que permitiram conhecer os objectos de uma perspectiva completamente diferente.
Após um ano em obras de remodelação, a Igreja dos Clérigos reabriu ao público a 12 de dezembro de 2014, 235 anos depois da sua primeira inauguração, com novas valências, nomeadamente nova entrada, acesso a pessoas com mobilidade reduzida, elevador, museu e concertos de órgãos de tubo. Os trabalhos puseram a descoberto uma cripta do século XVIII com mais de 20 sepulturas e o presidente da Irmandade, Américo Aguiar, acredita que uma delas seja do arquitecto Nicolau Nasoni, que projectou a igreja e a torre anexa.
O investimento total foi de 2,6 milhões de euros, comparticipados em 1,7 milhões pelo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), cabendo os restantes 800 mil euros à Irmandade dos Clérigos, com recurso a financiamento do programa Jessica.
Fonte: Publico.pt
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