Acaba de ser publicada, em Paris, uma obra de referência internacional sobre arte sacra: "Dictionnaire des arts liturgiques: du Moyen Âge à nos jours", de Bernard Berthod, Gaël Favier e Elisabeth Hardouin-Fugier.
Saído dos prelos da conceituada casa editora Fremur, este grosso livro torna-se consulta obrigatória para todos os que se interessam pelas artes litúrgicas, como justamente assinalou, no prefácio, uma autoridade na matéria: Alain Erlande Brandenburg, “conservateur général honoraire du Patrimoine” de França.
É de salientar que o património cultural da Diocese de Beja se encontra muitíssimo bem representado no volume, com a reprodução e referências a mais de meia centena de obras de arte das suas igrejas e museus.
O Dictionnaire des Arts Liturgiques" constitui já, com as suas 512 páginas, 1400 verbetes e 1000 fotografia,s um best seller para a História da Arte.
Bernard Berthod, o coordenador e principal autor, é actualmente presidente do conselho de administração de Europae Thesauri, a associação europeia dos tesouros e museus eclesiásticos, organismo internacional, com sede na catedral de Liège (Bélgica). Gaël Favier prepara o doutoramento na Universidade da Sorbonne e Elisabeth Hardouin-Fugier é professor jubilada da Universidade de Lyon.
A presença de um conjunto muito significativo de obras de arte do Baixo Alentejo nessa publicação, patrocinada pelo meio académico do país galo, projecta o nosso património à escala global e é, também, um reconhecimento do esforço feito, longe dos grandes meios, para a salvaguarda da arte sacra nacional.
Entra-se, assim, na “primeira divisão” do património religioso europeu. Gestos como este têm extraordinárias repercussões, do ponto de vista científico e divulgativo, mas igualmente do ponto de vista da valorização patrimonial e do desenvolvimento de um turismo cultural e religioso qualificado.
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