Dentro do VIII Seminário Nacional do Centro de Memória da Unicamp, cuja o tem este ano é: “Memória e acervos documentais. O Arquivo como espaço produtor de conhecimento” , vai acontecer a Oficina de Arte Sacra: Princípios e documentação de acervos.
Segue abaixo breve explicação da Oficina e do Seminário e o link para mais informações!
VIII Seminário Nacional do Centro de Memória – Unicamp 2016, a ser realizado entre os dias 26, 27 e 28 de julho de 2016, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Entre as manifestações artísticas, a arte produzida e influenciada pelo catolicismo configura-se como uma das mais plurais e longevas ao longo da história, desenvolvida em um entrelaçamento dinâmico entre a ortodoxia da fé e a vivência dos fieis. Sempre com o desejo de servir ao culto ou mesmo às demandas devocionais das comunidades, compôs-se um vasto conjunto de bens culturais, testemunho vivo da capacidade da população civil de se organizar, neste caso para honrar um santo de devoção por meio de técnicas, aparatos simbólicos e produções culturais. Estes bens, presentes na forma de imaginária, alfaias litúrgicas, pratarias, têxteis, mobiliários, documentos manuscritos e impressos, fotografias, pinturas, jornais e periódicos, entre outros, dialogam não só com a história do catolicismo em um local ou região, mas com a história do Brasil de um modo geral, o que, por si só, justifica a sua preservação. Preservação esta que se mantém em suspensão delicada: criar uma memória da Igreja sem, no entanto, incorrer na tirania da ideia.
Com o objetivo de propor formas de valorização destes acervos localizados tanto em espaços de culto, tais como em igrejas, catedrais, santuários e capelas, quanto em outras instituições, como museus, esta oficina oferece uma abordagem inicial à leitura das obras de arte sacra e apresenta métodos de inventariação destes documentos.
Procura-se, desta forma, inserir os interessados nos seguintes tópicos:
– A arte sacra na história do catolicismo e suas formas de preservação, tanto pela própria Igreja quanto por outros órgãos gestores;
– Arte Sacra e Arte Religiosa: uma definição possível?;
– O culto católico e a identificação de seus objetos: imaginária, prataria e ourivesaria, têxtil e mobiliário;
– Temas e formas de leitura iconográfica das peças,
– Formas de registro do patrimônio cultural sacro.
Bibliografia
BARRANTES, Paula Elizabeth de M. Catalogação do acervo artístico da Catedral Metropolitana de Campinas: pinturas, esculturas, talha e detalhes arquitetônicos de 1840 a 1923. 2015. Mestrado (História da Arte) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
BERTO, João Paulo. “As especificidades das Bibliotecas e Arquivos eclesiásticos no Brasil: apontamentos históricos para uma política de gestão integrada”. História e-História, Campinas, SP: Revista Eletrônica do Grupo de Pesquisa e Arqueologia Histórica da UNICAMP, março de 2012. Acesso em http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=429#_ednref7.
CÂNDIDO, Maria Inês. “Documentação Museológica”. in Caderno de diretrizes museológicas. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Cultura / Superintendência de Museus, 2006.
COMISSÃO PONTIFÍCIA PARA OS BENS CULTURAIS DA IGREJA. Carta Circular sobre “Inventário dos Bens Culturais dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica: Algumas Orientações Práticas”. (15/09/2006).
____________________. Carta Circular ” Necessidade e urgência da inventariação e catalogação dos bens culturais da Igreja “. (08/12/1999).
FERREZ, Helena Dodd; BIANCHINI, Maria Helena S. Manual de catalogação: pintura, escultura, desenho, gravura. Rio de Janeiro: MinC/IPHAN/Museu Nacional de Belas-Artes, 1995.
LEMOS, Carlos. A Imaginária Paulista. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1999.
MARINO, João. Iconografia de Nossa Senhora e dos Santos. São Paulo: Banco Safra, 1996.
TAVARES, Jorge Campos. Dicionário de Santos: hagiológico, iconográfico, de atributos, de artes e profissões, de padroados, de compositores de música religiosa. Porto: Lello & Irmão, 2004.
NORA, Pierre. “Memória: da liberdade à tirania”. MUSAS – Revista Brasileira de Museus e Museologia, n. 4, 2009. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Museus, 2009.
Número de participantes: 20 vagas
Sobre o Seminário:
O VIII Seminário Nacional do Centro de Memória – Unicamp “Memória e acervos documentais. O Arquivo como espaço produtor de conhecimento” pretende acolher debates voltados às múltiplas dimensões da memória em suas relações com a cultura, a política, as instituições, os indivíduos, os modos de produção do conhecimento e de sensibilidades, dimensões tradicionalmente abordadas desde o primeiro Seminário do CMU. Nessa multiplicidade, propõe aproximar a memória de aspectos usualmente a ela associados, como o patrimônio, o espaço urbano em seus múltiplos aspectos, mas também busca relacioná-la a outras questões, como imagem, cultura material, formação de professores, instituições escolares, história pública, a temática das migrações, da história econômica e demográfica. A despeito de diferenças expressivas entre autores no modo de abordagem da memória, ressalta-se, nessas relações, o entendimento de que “a memória possui um primeiro e bem definido patamar espaço-temporal: a memória é desencadeada de um lugar, e este situa-se no presente. A memória do passado revela, assim, de imediato, sua incontornável inscrição original: o tempo presente.”1
Especificamente nesta edição privilegiaremos uma significativa aproximação, que acolhe de modo singular esses patamares espaço-temporais. Nas relações entre memória e arquivo, busca-se abordar discussões relativas ao entendimento das suas funções, usos e potencialidades.
Pretende-se extrapolar a concepção de arquivo como depósito de provas do passado, lançando prerrogativas para refletir esse legado como parte integrante de um processo mais amplo e que consiste numa construção, e legitimação, de determinados corpus documentais e como estes atingem a condição de “provas” históricas. Sendo assim, o Seminário abrigará reflexões que lancem luz à produção de conhecimento dentro dos arquivos abrangendo eixos temáticos que perpassem procedimentos de curadoria, práticas de conservação, produção de conhecimento e políticas de digitalização.
Em suma, trata-se de redimensionar o potencial de pesquisa dos arquivos documentais, trazendo à luz a perspectiva histórica de seus fundos e coleções.
Pretendemos que o VIII Seminário Nacional do CMU dê continuidade às edições anteriores, contribuindo, decisivamente, para um aprofundamento do conceito de memória, eixo catalizador do debate em curso desde a primeira edição do nosso seminário. Convidamos, portanto, a comunidade acadêmica a participar ativamente, seja por meio das conferências e mesas redondas, seja nos grupos de trabalho ora propostos. Que o VIII Seminário Nacional do CMU promova um debate profícuo!
SEIXAS, J. Tempo e espaço eu confundo…tropeços de memórias e histórias. In: SEIXAS, J.; CERASOLI, J. (org). UFU, ano 30 – tropeçando universos (artes, humanidades, ciências). Uberlândia: UDUFU, 2008, p. 20.
CRONOGRAMA
1 – Inscrição de comunicações para os Grupos de Trabalho e de pôsteres de IC de 30 de outubro de 2015 a 31 de janeiro de 2016
2 – Divulgação dos aceites das comunicações e pôsteres de IC – até 29 de fevereiro de 2016
3- Inscrição para participar de Oficina – entre 15 de janeiro de 2016 a 15 de março de 2016
4- Inscrição de ouvintes – a partir de 15 de janeiro de 2016 até o esgotamento das vagas
5 – Envio de texto completo (trabalhos apresentados em Grupos de Trabalho) para publicação em anais eletrônicos – Entre 15 de março a 15 de junho de 2016
Entre as manifestações artísticas, a arte produzida e influenciada pelo catolicismo configura-se como uma das mais plurais e longevas ao longo da história, desenvolvida em um entrelaçamento dinâmico entre a ortodoxia da fé e a vivência dos fieis. Sempre com o desejo de servir ao culto ou mesmo às demandas devocionais das comunidades, compôs-se um vasto conjunto de bens culturais, testemunho vivo da capacidade da população civil de se organizar, neste caso para honrar um santo de devoção por meio de técnicas, aparatos simbólicos e produções culturais. Estes bens, presentes na forma de imaginária, alfaias litúrgicas, pratarias, têxteis, mobiliários, documentos manuscritos e impressos, fotografias, pinturas, jornais e periódicos, entre outros, dialogam não só com a história do catolicismo em um local ou região, mas com a história do Brasil de um modo geral, o que, por si só, justifica a sua preservação. Preservação esta que se mantém em suspensão delicada: criar uma memória da Igreja sem, no entanto, incorrer na tirania da ideia.
Com o objetivo de propor formas de valorização destes acervos localizados tanto em espaços de culto, tais como em igrejas, catedrais, santuários e capelas, quanto em outras instituições, como museus, esta oficina oferece uma abordagem inicial à leitura das obras de arte sacra e apresenta métodos de inventariação destes documentos.
Procura-se, desta forma, inserir os interessados nos seguintes tópicos:
– A arte sacra na história do catolicismo e suas formas de preservação, tanto pela própria Igreja quanto por outros órgãos gestores;
– Arte Sacra e Arte Religiosa: uma definição possível?;
– O culto católico e a identificação de seus objetos: imaginária, prataria e ourivesaria, têxtil e mobiliário;
– Temas e formas de leitura iconográfica das peças,
– Formas de registro do patrimônio cultural sacro.
Bibliografia
BARRANTES, Paula Elizabeth de M. Catalogação do acervo artístico da Catedral Metropolitana de Campinas: pinturas, esculturas, talha e detalhes arquitetônicos de 1840 a 1923. 2015. Mestrado (História da Arte) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
BERTO, João Paulo. “As especificidades das Bibliotecas e Arquivos eclesiásticos no Brasil: apontamentos históricos para uma política de gestão integrada”. História e-História, Campinas, SP: Revista Eletrônica do Grupo de Pesquisa e Arqueologia Histórica da UNICAMP, março de 2012. Acesso em http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=alunos&id=429#_ednref7.
CÂNDIDO, Maria Inês. “Documentação Museológica”. in Caderno de diretrizes museológicas. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Cultura / Superintendência de Museus, 2006.
COMISSÃO PONTIFÍCIA PARA OS BENS CULTURAIS DA IGREJA. Carta Circular sobre “Inventário dos Bens Culturais dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica: Algumas Orientações Práticas”. (15/09/2006).
____________________. Carta Circular ” Necessidade e urgência da inventariação e catalogação dos bens culturais da Igreja “. (08/12/1999).
FERREZ, Helena Dodd; BIANCHINI, Maria Helena S. Manual de catalogação: pintura, escultura, desenho, gravura. Rio de Janeiro: MinC/IPHAN/Museu Nacional de Belas-Artes, 1995.
LEMOS, Carlos. A Imaginária Paulista. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1999.
MARINO, João. Iconografia de Nossa Senhora e dos Santos. São Paulo: Banco Safra, 1996.
TAVARES, Jorge Campos. Dicionário de Santos: hagiológico, iconográfico, de atributos, de artes e profissões, de padroados, de compositores de música religiosa. Porto: Lello & Irmão, 2004.
NORA, Pierre. “Memória: da liberdade à tirania”. MUSAS – Revista Brasileira de Museus e Museologia, n. 4, 2009. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Museus, 2009.
Número de participantes: 20 vagas
Sobre o Seminário:
O VIII Seminário Nacional do Centro de Memória – Unicamp “Memória e acervos documentais. O Arquivo como espaço produtor de conhecimento” pretende acolher debates voltados às múltiplas dimensões da memória em suas relações com a cultura, a política, as instituições, os indivíduos, os modos de produção do conhecimento e de sensibilidades, dimensões tradicionalmente abordadas desde o primeiro Seminário do CMU. Nessa multiplicidade, propõe aproximar a memória de aspectos usualmente a ela associados, como o patrimônio, o espaço urbano em seus múltiplos aspectos, mas também busca relacioná-la a outras questões, como imagem, cultura material, formação de professores, instituições escolares, história pública, a temática das migrações, da história econômica e demográfica. A despeito de diferenças expressivas entre autores no modo de abordagem da memória, ressalta-se, nessas relações, o entendimento de que “a memória possui um primeiro e bem definido patamar espaço-temporal: a memória é desencadeada de um lugar, e este situa-se no presente. A memória do passado revela, assim, de imediato, sua incontornável inscrição original: o tempo presente.”1
Especificamente nesta edição privilegiaremos uma significativa aproximação, que acolhe de modo singular esses patamares espaço-temporais. Nas relações entre memória e arquivo, busca-se abordar discussões relativas ao entendimento das suas funções, usos e potencialidades.
Pretende-se extrapolar a concepção de arquivo como depósito de provas do passado, lançando prerrogativas para refletir esse legado como parte integrante de um processo mais amplo e que consiste numa construção, e legitimação, de determinados corpus documentais e como estes atingem a condição de “provas” históricas. Sendo assim, o Seminário abrigará reflexões que lancem luz à produção de conhecimento dentro dos arquivos abrangendo eixos temáticos que perpassem procedimentos de curadoria, práticas de conservação, produção de conhecimento e políticas de digitalização.
Em suma, trata-se de redimensionar o potencial de pesquisa dos arquivos documentais, trazendo à luz a perspectiva histórica de seus fundos e coleções.
Pretendemos que o VIII Seminário Nacional do CMU dê continuidade às edições anteriores, contribuindo, decisivamente, para um aprofundamento do conceito de memória, eixo catalizador do debate em curso desde a primeira edição do nosso seminário. Convidamos, portanto, a comunidade acadêmica a participar ativamente, seja por meio das conferências e mesas redondas, seja nos grupos de trabalho ora propostos. Que o VIII Seminário Nacional do CMU promova um debate profícuo!
SEIXAS, J. Tempo e espaço eu confundo…tropeços de memórias e histórias. In: SEIXAS, J.; CERASOLI, J. (org). UFU, ano 30 – tropeçando universos (artes, humanidades, ciências). Uberlândia: UDUFU, 2008, p. 20.
CRONOGRAMA
1 – Inscrição de comunicações para os Grupos de Trabalho e de pôsteres de IC de 30 de outubro de 2015 a 31 de janeiro de 2016
2 – Divulgação dos aceites das comunicações e pôsteres de IC – até 29 de fevereiro de 2016
3- Inscrição para participar de Oficina – entre 15 de janeiro de 2016 a 15 de março de 2016
4- Inscrição de ouvintes – a partir de 15 de janeiro de 2016 até o esgotamento das vagas
5 – Envio de texto completo (trabalhos apresentados em Grupos de Trabalho) para publicação em anais eletrônicos – Entre 15 de março a 15 de junho de 2016
Fonte: CMU.Unicamp
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