Restauração é uma das mais esperadas e deve ficar pronta em junho. Igreja de 200 anos desabou após forte enchente em janeiro de 2010.
Quatro anos após a forte enchente que atingiu São Luiz do Paraitinga, no interior de São Paulo, a Igreja de São Luís de Tolosa ainda não foi totalmente reconstruída. A restauração é uma das mais esperadas na cidade e a expectativa é para que a obra fique pronta em junho, para as celebrações da Festa do Divino.
A igreja com mais de 200 anos desabou em janeiro de 2010, após enchente que destruiu grande parte do centro histórico da cidade. Na época, as paredes do imóvel, feitas de barro, não resistiram à água e foram ao chão.
Técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) fazem um trabalho minucioso, com tudo o que foi recuperado da enchente. Em toda cidade, o que se encontra atualmente é um centro histórico bem diferente de quatro anos atrás.
Na época, 160 casas também foram danificadas e a reconstrução da cidade começou logo em seguida. “Mais de 80% já foi reconstruído e novas construções já foram realizadas. Tivemos no início a questão das estradas rurais que foram desobstruídas, as contenções e os prédios públicos foram todos refeitos. Agora é mais lento o processo, a questão dos critérios sociais para novas casas… É um trabalho lento que ainda não parou. A reconstrução de São Luiz continua”, afirmou o secretário de Turismo, Eduardo Coelho.
Ver a igreja em pé novamente é uma alegria indescritível especialmente para quem cresceu frequentando esse templo diariamente. “Eu casei nessa igreja e achei que não ia ver mais [a igreja em pé]. Para quem mora aqui e viu caindo tudo, está ficando bonita”, disse o motorista José Carlos Cipriano.
Reconstrução
A casa da aposentada Irene Ferreira também foi danificada pela enchente. Na sala, um buraco de dois metros de diâmetro foi aberto perto da parede e no corredor, uma rachadura se formou de ponta a ponta. A reforma da casa foi custeada pelo governo do Estado e Irene não teve nenhum gasto. Foram três anos de obras e paciência até a conclusão final.
“Foi uma luta muito grande, porque até então a gente não tinha uma moradia direta. Você entrava em um imóvel, mas ele também tinha sido atingido pela enchente e você tinha que ir para outro. Eu tive três alugueis, foi reconstrução total, mas voltar para casa foi a maior alegria que nós tivemos”, conta Irene.
Hoje tudo foi reconstruído, mas a cena da água invadindo o local não deve sair da cabeça tão cedo. “Foi um caos que dá até medo de ficar lembrando e ficar do jeito que fiquei. Nós entramos em pânico”, afirma.
Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região
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