Orçamento foi passado por engenheiro responsável pela obra emergencial. Provincial enviou documento para a Defesa Civil.
O orçamento para as obras de restauro das duas torres sineiras da Basílica de Nossa Senhora da Penha, erguida em 1872 na área central do Recife, no Bairro de São José, foi estimado em torno de R$ 2,7 milhões, informou nesta quinta-feira (2) o Reitor do local, o frei Luís França.
O valor do projeto foi passado pelo engenheiro Eduardo Tinôco, técnico responsável pela obra emergencial, para o ministro provincial, o Frei Francisco de Assis Barreto.
“Ainda hoje, o provincial vai encaminhar o orçamento aos órgãos competentes, como a Fundarpe, a Defesa Civil, para análise”, explica o frei Luís França. Ele informou que o orçamento ainda é estimativo. “Todos os laudos apontam um caráter de urgência no restauro das duas torres [da igreja]. O orçamento é estimativo porque os técnicos não podem dizer com muita precisão o que precisa realmente ser feito, tem coisas que surgem durante a obra”, detalha.
Também de acordo com o frei, ainda não está definido quem vai custear a instalação dos andaimes, nem a consolidação das torres. Segundo ele, a secretaria estadual de Cultura alegou que o governo estadual e a prefeitura estavam preocupados com a situação e estudam uma forma legal de auxiliar na recuperação das torres sineiras.
O problema
Pedaços de reboco e folhas de cobre têm caído das torres desde o dia 12 de dezembro do ano passado, segundo o frei. No dia 15 de dezembro, o religioso entrou em contato com o Corpo de Bombeiros, que isolou a área, e as defesas civis do estado e município realizaram a primeira inspeção.
A Basílica da Penha é uma das mais tradicionais da capital pernambucana. Construída em 1872, com traços neoclássicos, é inspirada na igreja de São Jorge Maior, em Veneza, na Itália. Segundo frei França, o monumento já é tombado pelo estado e passa atualmente pelo processo final de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A basílica passou por reforma em setembro de 2007, que só foi finalizada em julho de 2012. A obra definitiva de restauro é esperada até hoje. A segunda etapa do projeto, que estava orçada em R$ 3,2 milhões, ultrapassou o prazo em dezembro de 2013, porque os capuchinhos, que administram a basílica, não conseguiram captar recursos. Essa intervenção faria o restauro da igreja toda, incluindo as torres.
Fonte: G1 PE
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