Erguida em 1713, igreja Nossa Senhora do Rosário foi fechada preventivamente para obra no telhado.
O município de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, se destaca por sua arquitetura barroca e igrejas históricas. Mas um dos principais monumentos da cidade está interditado preventivamente, por tempo indeterminado, para uma obra em seu telhado. A estrutura da igreja Nossa Senhora do Rosário foi comprometida com a chegada do período de chuvas, e a paróquia e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) optaram por fechar a capela e o museu durante as intervenções. O local está isolado desde o dia 11 deste mês, e as obras começaram na última segunda-feira.
Os imponentes muros de pedras que cercam o templo, como contam os moradores, foram construídos por escravos e ainda se mantêm intactos, mas a capela de taipa (barro), erguida em 1713, está se sustentando por escoras até que a reforma seja realizada. A equipe contratada pela própria paróquia está fazendo a retirada do telhado para que, após esse processo, uma nova avaliação seja feita.
De acordo com o Iphan, os técnicos do órgão retornarão a Sabará no próximo dia 21 para a vistoria. O pedreiro Welton Silva, 25, explica que a madeira que sustentava o telhado do local está toda apodrecida e possivelmente será trocada. Ele conta que os operários farão a retirada de todas as telhas e aguardarão as orientações do Iphan para continuar a obra. Não há previsão para a conclusão dos trabalhos.
Custos. A intervenção está sendo realizada pela paróquia, e, de acordo com a Arquidiocese de Belo Horizonte, ainda não é possível calcular os custos da obra, já que a nova vistoria do Iphan ainda é aguardada. Segundo moradores, os padres têm pedido que os fiéis colaborem com a reforma.
“Essa igreja é o nosso cartão-postal e não pode ser deixada de lado. Tenho muito orgulho disso”, diz a aposentada Marly Dornelas, 81.
Além da igreja, o museu do Rosário também está fechado. No local, há mais de 20 obras sacras feitas de madeira e que também são do século XVIII. A atendente do local, Regina Maia, afirma que gostaria que pelo menos o museu continuasse funcionando. “Queria que eles colocassem um tapume entre a parte afetada e o resto do prédio. Assim poderíamos continuar aqui”, afirmou.
No entanto, o Iphan e o memorial da arquidiocese afirmam que o fechamento é uma medida de segurança devido à quantidade de chuvas.
Por Bárbara Ferreira
Fonte original da notícia: O Tempo / Defender
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