Após roubo, Museu de Arte Sacra reforça segurança e substitui itens em exposição

Local foi alvo de assalto em julho deste ano; mais de 20 imagens do acervo e 422 livros foram furtados

Museu, localizado no Morro São Bento, funciona de
terça a domingo (Foto: Silvio Luiz)


Cinco meses após ter sido alvo de roubo, o Museu de Arte Sacra de Santos (Mass), localizado no sopé do Morro São Bento, ainda não recuperou nenhum dos artigos religiosos furtados no início de julho deste ano. Na ocasião, criminosos se passaram por clientes e renderam os funcionários que trabalhavam no local. Além de 20 imagens do acervo, os bandidos também roubaram 422 livros, entre eles obras do século 19.

De acordo com a educadora do museu, Bárbara Higa, os itens levados não foram repostos, mas, para que o museu não ficasse desfalcado, outras peças do acervo foram colocadas em exposição após o episódio. Uma outra medida adotada pelo Museu de Arte Sacra foi implementar ações que pudessem coibir novos assaltos.

“Agora, quando um visitante vem ao espaço, além do cadastro com seus dados pessoais, são tiradas fotos. Também reforçamos o sistema de monitoramento do espaço e passamos a contar com rondas constantes da Guarda Municipal”, comenta.

Mensalmente, o espaço recebe entre 200 e 300 visitas. Segundo Bárbara, em razão do público ser formado em sua maioria por estudantes, mesmo após o roubo, não houve redução no número de visitantes ao espaço, que funciona de terça a domingo, sempre das 10h às 17 horas. O ingresso para conhecer o museu custa R$ 5,00.

A relação com as peças, livros raros de arquitetura, arte, dicionários, documentos históricos em língua estrangeira roubados está disponível na internet. Quem tiver informações deve entrar em contato com o Disque Denúncia 181 e com o Mass, pelo telefone 3219-1111.

As investigações, conduzidas pelo 1º DP, por enquanto, apontam que o roubo deve ter sido encomendado ou realizado por uma quadrilha especializada.

O museu

A construção branca, semelhante à de uma fortaleza, fica na Rua Santa Joana D’Arc, nº 795. O acesso é feito pela Avenida Getúlio Vargas, atrás da Rodoviária de Santos, onde há uma escadaria para chegada ao museu.

O prédio foi erguido no século 16. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1948, já funcionou como um internato para refugiados russos entre 1958 e 1968, antes de receber a coleção de esculturas e pinturas sacras.

Junto ao museu está a capela de Nossa Senhora do Desterro, mais antiga do que o Mass e com altar de bela arquitetura.

Fonte: A Tribuna on -line