sexta-feira, 9 de março de 2012

SANTA CATARINA DE BOLONHA (1413-1463)



Santa Catarina Bolonha é também conhecida como Catarina de Virgi ou Vigni. 


Nasceu em 8 de setembro de 1413 em Bolonha, Itália, sendo ela filha de um diplomata a serviço do marquês de Ferrara. Diz a tradição que seu pai recebera em visões o anúncio do nascimento da filha. Quando completou 11 anos de idade, foi escolhida para ser a dama de companhia da recém casada filha do marquês, compartilhando com ela o seu aprimoramento educacional. Isso durou até completar 14 anos, idade em que decidiu abandonar a corte para abraçar a vida religiosa. 

Ingressou na Ordem Franciscana como Irmã das Clarissas Pobres, onde obteve sucessivos progressos espirituais e admiração por ser fiel cumpridora dos preceitos de Deus e da Igreja. Por sua conduta exemplaríssima tornou-se uma das grandes santas da Idade Média. Através da intercessão do Papa Nicolau V foi erigida uma clausura no convento das Clarissas em Ferrara, onde Catarina foi eleita Madre Superiora. Gozava de grande reputação pela vida austera e piedosa, não só diante da comunidade, mas do próprio Papa Nicolau V. Foi também responsável pelo estabelecimento de um convento de Clarissas Pobres em 1456, na cidade de Bolonha, onde assumiu o cargo de Abadessa. Mística, profetisa e visionária, glorificava a Deus operando grandes milagres em Seu nome. Também era pintora e decifrava manuscritos como que iluminada por um anjo. 
Quadro pintado por Santa Catarina
Santa Catarina pintando
Conta-se que num dia de Natal recebeu uma visão de Jesus nos braços de Maria. Desta visão que teve, Catarina pintou em um quadro que se encontra atualmente no Museu do Vaticano. Faleceu em 9 de março de 1463 em Bolonha, Itália e foi enterrada sem caixão e não foi embalsamada. Após dezoito dias depois, decidiram exumar seu corpo devido a inúmeros milagres que ocorriam junto de sua tumba, bem como pelo odor de perfume que exalava constantemente de seu túmulo, ocasião em que seu corpo foi encontrado incorrupto. Diante disso foi chamado o doutor Maestro Giovanni Marcanova, que examinou o corpo e não pode explicar o fato. Assim, decidiram vestir seu corpo com novo hábito e o colocaram em uma cadeira, sentado, junto a uma capela especial, mantendo-se incorrupto até hoje, portanto, por mais de 540 anos. 


Nas últimas décadas, foram e ainda são realizadas a cada dois anos, radiografias da coluna vertebral e as análises até o momento comprovam que não houve deterioração ou desvio da coluna, que se mantém perfeitamente ereta como a de uma pessoa adulta, sustentando o corpo e a cabeça. O que se observa apenas é a mudança da coloração da pele, que hoje apresenta-se na cor marrom. A arte litúrgica a apresenta como uma Clarissa pobre carregando o Menino Jesus ou em um trono com um livro em uma das mãos e na outra uma cruz, aludindo a imagem que se vê em seu corpo incorrupto. Escreveu um livro intitulado: “Tratado em armas espirituais” e “Revelações”. 

Foi canonizada em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente XI.

 É padroeira da Academia de Arte de Bolonha, dos pintores e das artes liberais. 

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