Nasceu em 8 de setembro de 1413 em Bolonha, Itália, sendo ela filha de um diplomata a serviço do marquês de Ferrara. Diz a tradição que seu pai recebera em visões o anúncio do nascimento da filha. Quando completou 11 anos de idade, foi escolhida para ser a dama de companhia da recém casada filha do marquês, compartilhando com ela o seu aprimoramento educacional. Isso durou até completar 14 anos, idade em que decidiu abandonar a corte para abraçar a vida religiosa.
Ingressou na Ordem Franciscana como Irmã das Clarissas Pobres, onde obteve sucessivos progressos espirituais e admiração por ser fiel cumpridora dos preceitos de Deus e da Igreja. Por sua conduta exemplaríssima tornou-se uma das grandes santas da Idade Média. Através da intercessão do Papa Nicolau V foi erigida uma clausura no convento das Clarissas em Ferrara, onde Catarina foi eleita Madre Superiora. Gozava de grande reputação pela vida austera e piedosa, não só diante da comunidade, mas do próprio Papa Nicolau V. Foi também responsável pelo estabelecimento de um convento de Clarissas Pobres em 1456, na cidade de Bolonha, onde assumiu o cargo de Abadessa. Mística, profetisa e visionária, glorificava a Deus operando grandes milagres em Seu nome. Também era pintora e decifrava manuscritos como que iluminada por um anjo.
Quadro pintado por Santa Catarina |
Santa Catarina pintando |
Nas últimas décadas, foram e ainda são realizadas a cada dois anos, radiografias da coluna vertebral e as análises até o momento comprovam que não houve deterioração ou desvio da coluna, que se mantém perfeitamente ereta como a de uma pessoa adulta, sustentando o corpo e a cabeça. O que se observa apenas é a mudança da coloração da pele, que hoje apresenta-se na cor marrom. A arte litúrgica a apresenta como uma Clarissa pobre carregando o Menino Jesus ou em um trono com um livro em uma das mãos e na outra uma cruz, aludindo a imagem que se vê em seu corpo incorrupto. Escreveu um livro intitulado: “Tratado em armas espirituais” e “Revelações”.
Foi canonizada em 22 de maio de 1712 pelo Papa Clemente XI.
É padroeira da Academia de Arte de Bolonha, dos pintores e das artes liberais.
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