Pe. Olimar Rodrigues diz que aparatos de segurança como a redoma de vidro são importantes |
Tanto cuidado é devido ao furto da tiara de ouro que a santa tinha cabeça, quando foi feita a transferência da imagem da igreja de Nossa Senhora do Carmo de São Pedro de Uberabinha, em Uberlândia, até o distrito de Miraporanga, antes de 1943.
Entre aquele ano e o início dos anos 2000, a santa ficou guardada na antiga Capela de Nossa Senhora do Rosário, em Miraporanga, sendo exposta apenas em eventos festivos da Igreja. No início da década passada, a capela passou por reforma e obra de arte foi trazida de volta para Uberlândia. Por falta de um lugar adequado para sua exposição, foi deixada guardada por cerca de 7 anos, passando pela Igreja do Divino Espírito Santo, no bairro Jaraguá, e pela Cúria Paroquial, no bairro Aparecida. Até que em 2007, voltou a ser exposta ao público na Catedral Santa Terezinha.
A imagem feita em resina com técnicas de modelagem em pasta de madeira é historicamente valiosa, com data de criação estimada em 1846, segundo estudiosos da própria Arquidiocese de Uberlândia, sendo tombada como Patrimônio Histórico Municipal. O pároco da Catedral, padre Olimar Rodrigues, diz que a obra de arte não tem valor financeiro estimado, mas afirma que tratá-la como qualquer outra imagem poderia haver o risco de ser furtada. “É importante que ela seja exposta, mas com segurança. A catedral é o lugar mais adequado por ser a continuidade por matriz de Nossa Senhora do Carmo e oferecer aparatos de segurança”, afirmou.
1ª restauração foi em 2001
A imagem de Nossa Senhora do Carmo foi fabricada em Portugal e trazida para Uberlândia a pedido do fazendeiro Francisco Pereira da Rocha. Essa é a história contada pelos pesquisadores da Catedral Santa Terezinha, os quais ainda dão conta de que a imagem é originária de Portugal, ainda que a Secretaria de Cultura informe que a peça pode ter origem espanhola.Apesar de centenária, a imagem passou pela primeira restauração em 2001. No ano seguinte, ela recebeu outra intervenção, desta vez por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG), que levou em consideração a técnica de fabricação original, a qual usava resina de cartilagem de peixe com breu.
Fonte: Correio de Uberlândia
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