texto de: Vivi Serpentini
Dois termos muito parecidos que podem gerar confusão, mas de extrema importância para o estudo dos interiores clássicos.
Rocaille é o termo que designa as curvas da decoração que se desenvolveu a partir do reinado de Louis XV na França. Na primeira metade do século XVIII os franceses desenvolveram um estilo próprio de ornamentação que passou a ditar as artes decorativas e também a decoração dos interiores chamado rocaille (decoração em concha). Guiado pelas linhas curvas e assimétricas inspiradas na natureza, sobretudo nas conchas de videiras cheias de nervuras, motivo principal que dá nome ao termo, também se utiliza das formas dos caules das plantas, dos ramos de flores, dos pergaminhos, máscaras, brasões de armas imaginários, buscando uma expressão artística muito mais leve e delicada em oposição ao classicismo extremamente regrado que ditou o estilo anterior, o Classicismo Barroco Francês. É possível observar o rocaille no mobiliário deste período, nos objetos de decoração, utensílios, louça, nas boiseries, estucaria, tapeçarias, etc.
Já o Rococó é a expressão máxima do rocaille expandido para a arquitetura e último estágio do Movimento Barroco. O Rococó se desenvolve na França e é absorvido pelo Centro Europeu que o explorou substancialmente após o término da Guerra dos Trinta Anos em 1648. Faz uso dos motivos rocaille e sustenta a delicadeza das formas e cores em uma arquitetura graciosa e curvilínea. Na França, se faz presente nos interiores, já no Centro-Europeu, inunda também os exteriores.
*Imagem em destaque acima: Detalhe da Igreja de Wies, Baviera, Alemanha.
Do Site: Arquitetura Clássica
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